Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O olho da carroça


Christofer





Lá estava eu descansando, quando de repente uma fada madrinha me transformou em uma carroça.
Depois, dois ratos viraram cavalos brancos e mais dois viraram um mordomo e um cocheiro.
Eu, também, tinha criado rodas.
Ai, vi um mulherão. Bonita. Ela entrou em mim.
Verifiquei se eu não estava com cheiro de podre para não ficar mau. Ela sentou e fomos embora.
Paramos em frente a um castelo.
Desceu e fiquei esperando.
Vi um monte de gente saindo e entrando no lugar. Algumas brigando e até um velho bêbado na frente. Depois, um enorme relógio da praça em frente começou a bater. Virei abóbora de novo. A mulher que eu levei continuava bonita, mas muito mal vestida. Ela me pegou e me levou para casa. Eu dormi durante o caminho. Quando eu acordei estava na pia pronto para ser cozinhado. Vi pela fresta da porta o príncipe, dono da festa no castelo, e a mulher que virou princesa. Eles se casaram pelo que me contaram. Ah, quanto a mim? A minha sorte foi que eu não virei sopa.            

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