Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

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domingo, 18 de setembro de 2016

Redação

Leia as orientações com atenção
Prova deve ser feita com caneta azul ou preta.
Não deve conter rasuras. Use um rascunho se necessário e passe a limpo.
Os rascunhos devem ser entregues juntos.
Serão avaliados os seguintes itens: ortografia, concordância verbal e nominal, acentuação, parágrafo, letra maiúscula quando necessário e uso da língua padrão (sem uso de gírias ou linguagem de internet).

1) Escreva um resumo do primeiro capítulo do livro que você leu, citando qual o nome do livro, o que acontece com o personagem logo no início, o que ele fala ou pensa ou agi. ( 12 linhas)

2) REDAÇÃO TEMA: O PERIGO DO LIXO PARA O MEIO AMBIENTE
Leia o texto abaixo.
                                         Qual é o problema do lixo?

      Todos temos ouvido falar muito que o lixo é um problema. Mas ao cidadão comum parece que o problema do lixo só existe quando há interrupção na coleta do lixo e os lixeiros deixam de passar na sua porta.
      O que é preciso entender é que, mesmo quando o lixo é recolhido pelos lixeiros, ele não desaparece, apenas é levado para outro lugar. E é preciso muito cuidado para que ele não cause os problemas que estava causando na porta de sua casa e em outro lugar. Afinal, a cidade também é nossa casa, assim como o país, o continente e... o Planeta.
       O lixo, como os demais problemas ambientais, tornou-se uma questão que excede à capacidade dos órgãos governamentais e necessita da participação da sociedade para sua solução. Disponível em: http.www.institutogea.org.br|oproblemadolixo.html. Acesso em: 1junho2012. Fragmento.                                                                                                                                                                                       Com base no texto apresentado e nos conhecimentos individuais, redija um texto, na modalidade culta da Língua Portuguesa, com aproximadamente (20 linhas), sobre o seguinte tema:  O PERIGO DO LIXO PARA O MEIO AMBIENTE.
Fale sobre a responsabilidade de cada pessoa em relação ao lixo, mostrando quais problemas ele pode trazer futuramente para a sociedade e o que precisa ser feito para que o lixo não provoque estragos ainda maiores ao meio ambiente e, conseqüentemente, à vida no planeta.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Trupe ‘Doutores de Esperança’ leva alegria a pacientes do Sul do Rio .



Leia o texto para responder as questões.



1 O Dia Mundial da Saúde é comemorado nesta terça-feira (7). Para celebrar a data, o G1 acompanhou o trabalho de um grupo do Sul do Rio que, voluntariamente, dedica parte do tempo para levar alegria à pacientes de hospitais da região. É a trupe Doutores de Esperança. Vestidos com jaleco e fantasiados de palhaços, eles percorrem as unidades de saúde há cerca de dois anos.
2  “Para entrar no grupo, os voluntários passam por uma espécie de treinamento para estarem aptos às intervenções nos hospitais. Todos os doutores fazem oficinas de palhaçaria e curso de interpretação. Temos também voluntários que fazem a interseção — orações depois que a gente realiza as brincadeiras”, explicou o músico e um dos mentores do projeto, Leandro Santos, ressaltando que atualmente 60 pessoas estão envolvidas no projeto.
 3 Conhecido com Dr. Petit Poá, Leandro reforça que o principal objetivo do grupo é dar uma injeção de alegria aos pacientes. “Quando estamos vestidos com o personagem, somos os médicos da alegria. Sabemos que o paciente está doente, mas a gente brinca com a parte boa dele. Fazemos com que ele esqueça um pouco do problema e só lembre de coisas boas”, disse.
4  Internado há quase dois meses no Hospital Municipal Prefeito Aurelino Gonçalves Barbosa de Pinheiral, o aposentado Jorge Teixeira da Silva ficou surpreso com a visita. Segundo ele, apesar das dores físicas, a atitude do grupo fez renascer uma vontade maior de viver.
 [...]
Cada visita uma nova história.
5 Os doutores palhaços, chamados de besteirologistas, não fazem simples visitas, mas intervenções, segundo a voluntária Cristiane Ribeiro, conhecida como a palhaça Drª Krika Risadinha.
6 “Chegamos, brincamos de examinar... Mas nosso principal objetivo é levar momentos de descontração para os internados. Queremos que eles esqueçam um pouquinho daquele momento difícil para sorrir, pensar que podem seguir em frente”, explicou.
7 Segundo ela, a cada visita o grupo sai renovado, com uma história boa para contar.“Esse projeto também faz bem para a gente. Não somos profissionais da saúde, mas levamos alegria para as pessoas. Às vezes a gente acha que está indo até o hospital levar um pouco de ânimo para os pacientes, mas no final somos nós que saímos renovados”, acrescentou.
8  Além do hospital de Pinheiral, a trupe dos Doutores de Esperança também faz plantão periódico no Hospital Vita em Volta Redonda, no Hospital Santa Maria e na Santa Casa de Barra Mansa .
https://www..globo sul-do-rio-costa-verde%2Fnoticia%2F2015%2F04%2F+trupe-doutores-de-esperanca-leva-alegria-pacientes)


1) Releia o lide da reportagem e sublinhe os segmentos de frase que respondem à pergunta:
 a) quem? — com linha dupla;
 b) o quê? — com linha simples
 c) quando? — Com linha tracejada

2) Releia os segmentos de frase que você sublinhou com linha simples
 a) qual fato é uma ação pontual e qual é uma ação frequente?
b) qual desses segmentos tem uma função descritiva, embora se refira a uma ação?

3) Na transcrição foram retirados os dois subtítulos (olhos) que a reportagem possuía.
 a) Crie um subtítulo (olho) que ressalte uma informação contida no segundo parágrafo do texto.
 b)Crie um subtítulo a partir do depoimento de Jorge Teixeira da Silva .

sábado, 10 de setembro de 2016

REDAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Leia com atenção e responda as questões abaixo

Coisas que pegamos no quintal…
DE MARICÁ PARA MARICOLÁ

Bruxa bonita não tem vez!
Vejam vocês que Maricolá se jogou no mar porque suas irmãs, Maricá, e Marilá, a transformaram numa pessoa horrorosa. Ela estava pensando como recuperar sua vassoura para se locomover com mais facilidade, no fundo do mar ou quem sabe, até, voltar para o penhasco, quando...
Nesse instante bateram na porta. Marcelina, a sereia-secretária, veio nadando apressadinha, murmurou um “com licença” e foi atender.
Era o Peixe-Serra, o correio do fundo do mar, trazendo uma carta presa ao serrote.
- Diga pra dona da casa botar luz na entrada da gruta. Custei pra achar o número e isso não está certo! – queixou-se ele.
- Deve ter acontecido alguma coisa com os peixes de iluminação. Mas também, por que não trabalha de dia? São horas de entregar cartas?
- Aí no envelope está escrito “urgente”, o que quer dizer “o mais depressa possível”. Pode ser até uma questão de vida ou morte. Ande, menina! Corra pra dentro e entregue a carta. Se tiver resposta eu levo.
Marcelina obedeceu resmungando:
- Não é urgente coisa nenhuma! Está amarrada com uma pedrinha e isso quer dizer que é mais uma carta cheia de desaforos das bruxas do alto do penhasco. Dona Guiomar vai ler e jogar no lixo.
Mas depois viu que a carta estava endereçada a Maricolá. Estava escrito no envelope:

Exma. Srta.
Maricolá Alvissareira da Penha
Aos cuidados da Dona Guiomar Marazul
Alameda das Esponjas Vermelhas nº 25
URGENTE

- Aquela bruxa esquisita mal chegou e já está recebendo cartas, e ainda por cima, carta urgente – pensou Marcelina desconfiada. Entregou a carta a Maricolá e ficou parada diante dela olhando-a com grande curiosidade.
Era uma carta de Maricá. A bruxinha leu e fez a cara mais espantada do mundo. Nunca pensou que a irmã pudesse escrever uma coisa assim tão carinhosa. A carta dizia:
“Querida Franguinha Gorducha, como vai? Não se resfriou ainda na água fria? Estamos muito preocupadas e achamos que está na hora de você voltar. Sabe que se ficar mais tempo pode virar um marisco, um tubarão ou uma água-viva! Estamos mais do que preocupadas, estamos APAVORADAS.
Por favor, irmãzinha, pegue lápis e papel e escreva à sua vassoura, pedindo para ela ir buscar você. E depressa ouviu? A carta tem que ser enviada para a Praia do Mar-Virado. Eu e a Marilá vamos passar a noite lá, esperando.
Sete beijinhos para você.”
E depois vinha a assinatura:
“Maricá”
Maria Heloisa Penteado (Adaptado de Maricá, Marilá e Maricolá.







Questão 01- Procure no texto as palavras que significam:
a) mais que preocupadas                            b) morro alto de pedra
c) o mais depressa possível                        d) carta destinada a Maricolá

Questão 02 – Responda as questões, de acordo com o texto:
a) Por que o Peixe-Serra pediu para botar luz na entrada da gruta?
b) Que motivo levou o Peixe- Serra a não esperar o dia para entregar a carta?
c) O que fez Marcelina pensar que a carta havia vindo do penhasco?
d) Por que Maricolá ficou espantada ao perceber que a carta era carinhosa e vinda de Maricá?

QUESTÃO 03 – Responda
a) Por que o texto se chama “De Maricá para Maricolá”?
b) Que outro título você daria para esse texto? Justifique sua resposta.

QUESTÃO 04 – Leia os fatos e complete com as causas que levaram cada um a acontecer.
b) Maricolá se jogou no mar.
Causa –
b) Maricá enviou uma carta a Maricolá.
Causa –

QUESTÃO 05 – A saudação da carta é “Querida Franguinha Gorducha...”
a) Por que será que Maricá saudou Maricolá dessa forma?
b) O que você pensa que Maricolá achou desse fato? Justifique sua resposta.

II – Faça uma redação como se você fosse uma bruxa ou um bruxo e estivesse em uma cidade longe da sua. Como suas poções mágicas terminaram e você precisa mais, você escreverá uma carta para alguém que possa lhe enviar novas poções. Você deve justificar a está pessoa do porquê precisa que seja enviado urgentemente. Sua missão no mundo é melhorar a vida das pessoas. (sua redação precisa ter mais de 20 linhas)

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

“NO TEMPO DAS CAVERNAS”


___ Nas escavações feitas em muitos lugares, continuou Dona Benta, acharam-se pontas de flechas e de lanças e também machados. (Pedrinho piscou para o Visconde.) Não de ferro, como os de hoje, mas de pedra. Poderiam esses objetos provar a existência , naqueles tempos, de leões,jacarés ou de avestruzes?
___ Não, vovó ___ gritaram os dois meninos. Só podiam provar a existência de homens, porque só os homens usam tais objetos.
___ Muito bem ___ aprovou dona Benta. E o fato desse objetos serem de pedra prova que o ferro ainda não se achava descoberto. E o fato de estarem enterrados muito fundo, com espessíssimas e velhíssimas camadas de terra em cima, prova que isso foi muitos anos séculos antes da descoberta do ferro. Também foram encontrados ossos de homens dessa era, os quais morreram milhares de anos antes que a humanidade principiasse a ter história. Guiados por tudo isso, nós hoje sabemos que  vida levavam esses nossos antepassados da Idade da Pedra, como dizem os sábios.
Eram puros animais selvagens, dos mais ferozes e brutos. Diferença única: andavam sobre dois pés. Fora daí, pelados como os lobos e cruéis como todas as feras. Não dormiam em casas. Quando a noite vinha, o chão lhes servia de cama. Mais tarde o frio os obrigou a morarem em cavernas de pedra, onde estavam mais abrigados dos rigores do tempo e da sanha dos outros animais. Homens, mulheres e crianças eram, pois, simples bichos de caverna.
Passavam o tempo caçando viventes mais fracos ou fugindo de outros mais fortes. Na caça usavam o mundéu, isto é, um buraco feito no chão, disfarçados com galhos secos, folhas e terra em cima. Ou então empregavam flechas de ponta de pedra e machados também de pedra. Em certas cavernas por eles habitadas foram encontrados desenhos de animais que costumavam caçar, desenhos feitos na pedra.
___ Com que lápis, vovó? ___ perguntou Narizinho.
___ Tais desenhos eram evidentemente feitos com pontas de pedras lascadas. Por mais que a gente dê tratos à bola não consegue descobrir outro lápis possível em tal época. Esses homens alimentavam-se do que podiam apanhar ___ de caça, de castanhas, de mel, de frutas, de ovos furtados aos ninhos. E tudo comiam cru, pois o fogo ainda não fora descoberto. Deviam ser de uma ferocidade sem- par.
___ E que língua falavam, vovó? ___ perguntou Pedrinho.
___ Expressavam-se por meio de grunhidos. No entanto, foi desses bárbaros grunhidos que provieram todas as línguas modernas. Como roupas usavam sobre o corpo a pele dos animais caçados ___ não peles curtidas e macias como as que temos hoje, mas cruas e com mau cheiro. Horríveis e desagradabilíssimos esses nossos antepassados! O meio de conseguir mulher não era namorar uma rapariga e pedi-la em casamento. Nada disso. O pretendente marcava na caverna próxima uma que lhe agradasse e de repente entrava lá de cacete em punho, amassava a cabeça da menina, ou dos pais, caso a defendessem, e a levava sem sentidos, arrastada pelos cabelos. Uma pura caçada.
Eram homens de luta permanente. Atacar, roubar, matar o mais fraco, bem como fugir do mais forte,constitui a regra de vida que vem da primeira lei da natureza: ___ cada qual por si. Ou mata ou é matado; ou rouba ou é roubado. Nós somos descendentes dessas bárbaras criaturas e por isso temos no sangue muita de sua selvageria. Apesar da educação que o progresso geral trouxe, inúmeros homens hoje ainda agem como os da Idade da Pedra. Por isso é que existem tantas cadeias e forcas e cadeiras elétricas.
___ Você queria ser nascida na Idade da Pedra, Emília? ___ perguntou Narizinho à boneca.
___ Queria, sim, só para ter o gosto de ver uma noiva arrastada pelos cabelos.
___ Boba! Não valia a pena. Uma menina daquele tempo não tinha banheiro para tomar banho de manhã, não tinha escova para escovar os dentes, nem pente para pentear os cabelos. Um horror de vida...
___ Além disso ___ continuou Dona Benta ___, por falta de talheres tinha de comer com os dedos numa grande e feia panela de barro, única para toda a caverna. Nada de cadeiras e camas ou redes. Para sentar e dormir, chão duro. Nada de livros, lápis e papel para escrever. Os dias sempre iguais e completamente vazios. Uma menina como você teria de passar as horas brincando com os irmãos de fazer pelotas de barro, ou coisa semelhante. As cavernas eram escuríssimas e úmidas, cheias de morcegos e aranhas. Vestuário, quando havia, era a pele de uma onça morta pelo pai ___ pele que só abrigava parte do corpo. Nos dias de inverno, como não houvesse fogo, era aguentar-se encolhidinha dentro de tal pele. E comida, então? Algumas frutas do mato e um naco de carne crua, isso para o almoço. Para o jantar, a mesma coisa. Amanhã, depois de amanhã e sempre ___ a mesma coisa, a mesma coisa! Nada que fazer durante o dia senão estar permanentemente de guarda contra os tigres e ursos. Não havendo portas nem cercas, os tigres perseguiam os homens até o fundo da caverna. Que tal essa vida, Emília? Ainda desejava ter nascido na Idade da Pedra?
                           ( Monteiro Lobato)
VOCABULÁRIO: NACO- pedaço  /    SANHA- ira, fúria    /   PROVIR- ter origem,proceder

1- Observe: “... pois que o fogo não fora descoberto.”, nessa frase, fogo está em seu sentido próprio. Assinale as frases em que essa palavra foi usada em sentido figurado.
a- (  ) O fogo de seus olhos inspira-me versos de amor.  
b- (  ) O fogo destruiu toda a fábrica.                
c- (  ) O fogo da juventude permanece em meu coração.
d- (  ) Quem bebe, fica de fogo.
e- (  ) Estou fervendo o leite em fogo brando.
2- Nas escavações feitas em muitos lugares foram encontrados pontas de flechas e de lanças e machados de pedra. O que isso prova? Por quê?
3- Escreva duas evidências de que o ferro ainda não fora descoberto.
1ª evidência:___________________________________________
2ª evidência:___________________________________________
4- Em que época esses homens morreram?___________________________
5- Falando da forma de vida de nossos antepassados, que comparações Dona Benta faz? Responda com a frase do texto.
6- No final do 4º parágrafo, a que conclusão Dona Benta chega a respeito de nossos antepassados?
7- Através de qual registro ficamos sabendo que tipos de bichos os homens das cavernas caçavam?
8- Leia as frases e escreva nos parênteses se elas expressam:
F- um fato (aquilo que realmente aconteceu)
O- uma opinião (modo de ver do narrador)
(   ) “Passavam o tempo caçando viventes mais fracos...)
(   ) “Deviam ser de uma ferocidade sem-par.”
(   ) “... o fogo ainda não fora descoberto.”
(   ) “... inúmeros homens hoje ainda agem como os da Idade da Pedra.”
9- Levantam-se hipóteses acerca da origem das línguas. Que hipótese Dona Benta levantou?
10- Por que Emília gostaria de ter nascido na Idade da Pedra?
11- Separe o sujeito e o predicado das frases abaixo, classifique-os e aponte o núcleo dos mesmos..
A-“... gritaram os dois meninos.”         B-“ As cavernas eram escuríssimas e úmidas....

Redação

Produção textual
Leia atentamente o fragmento do texto e dê uma continuidade a ele.
Você deverá dar ênfase ao clímax e ao desfecho.
Poderá colocar mais personagens, criar o ambiente,dar falas aos personagens, ou seja, poderá usar a criatividade e desenvolver um texto interessante. Use linguagem formal e não rasure!! Em folha separada
Bom trabalho!!!

Primeira aventura de Alexandre

Naquela noite de lua cheia estavam acocorados os vizinhos na sala pequena de Alexandre: seu Libório, cantador de emboladas, o cego preto Firmino e Mestre Gaudêncio curandeiro, que rezava contra mordedura de cobras. Das Dores, benzedeira de quebranto e afilhada do casal, agachava-se na esteira cochichando com Cesária.
– Vou contar aos senhores… principiou Alexandre, amarrando o cigarro de palha.
Os amigos abriram os ouvidos e Das Dores interrompeu o cochicho:
– Conte, meu padrinho.
Alexandre acendeu o cigarro ao candeeiro de folha, escanchou-se na rede e perguntou:
– Os senhores já sabem por que é que eu tenho um olho torto?
Mestre Gaudêncio respondeu que não sabia e acomodou-se num cepo que servia de cadeira.
– Pois eu digo, continuou Alexandre. Mas talvez nem possa escorrer tudo hoje, porque essa história nasce de outra,
Então , tudo começou....

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Pirata do Mar, Corsário do Rei

Leia-o para responder às questões em seu caderno.
 Pirata do Mar, Corsário do Rei
 Quando a gente ouve falar em piratas e corsários, logo vem à lembrança a bandeira da caveira com fundo preto e o personagem do Capitão Gancho, da história do Peter Pan. São imagens do mundo da fantasia que têm uma relação com uma época em que o corsário e o pirata eram figuras de destaque. Na verdade, a pirataria é tão antiga quanto a capacidade humana de navegar!
 1 Na Antiguidade, os gregos já enfrentavam problemas com os ataques de piratas e corsários. O mar Mediterrâneo era importante para o contato entre os povos daquele tempo. Através desse mar faziam-se trocas de vários tipos. Os navios que singravam o Mediterrâneo, na maior parte das vezes tinham uma única vela central: triangular, entre os romanos, e quadrada, entre os fenícios.
 2 Durante os conflitos militares, essas embarcações serviam para o transporte de guerreiros e armamentos. E aí as coisas se confundiam: enquanto se faziam trocas culturais e comerciais, dominava-se militarmente as regiões exploradas.
3 Os gregos chamavam habitualmente os fenícios e os cretenses de piratas. Isso quer dizer que, naquela época, eram piratas todos os povos rivais dos gregos que habitavam as regiões costeiras. Esses navegantes eram apoiados e sustentados por suas comunidades de origem e promoviam as disputas pelas rotas mediterrâneas.
4 Na Europa da Idade Média, depois dos séculos VIII e IX, a pirataria confundia-se com a rivalidade religiosa entre os cristãos e os muçulmanos. Os inimigos dos europeus católicos eram sobretudo os berberes, árabes da África no Norte. Eles dominaram a navegação no mar Mediterrâneo, atacando sucessivamente o sul da Europa, em particular a Itália. Chegaram a construir fortificações e portos, que serviam de ponto de apoio para as ações comerciais e militares. Tudo indica que nesse período da história europeia falava-se mais em corsários e em corso.
 5 Assim, a palavra pirata era usada pelos gregos e romanos antigos, enquanto a expressão corsário vem do italiano. A diferença entre as palavras revela uma outra distinção: a pirataria era uma atividade ilegal, era o “roubo” e aplicava-se ao “ladrão do mar”. Já o corsá- rio e o corso cumpriam um serviço oficial, autorizado; o corsário estava a serviço do governo. Por isso, o pirata era uma ameaça e um inimigo da sociedade, enquanto o corsário era um servidor do rei, um defensor da ordem.
6 Os corsários eram, por isso mesmo, incentivados e financiados por um rei que assegurava as forças navais. Naquele tempo não havia marinha como hoje. Por isso, os marujos eram recrutados nos portos, trabalhando em troca de um salário e em troca de uma parte do saque aos inimigos. Uma empresa de corsários contava com uma frota de navios, em geral composta de dois a quatro barcos, como os galeões, abastecidos de armas, como canhões e munição de pólvora. A tripulação era organizada de modo militar, com uma rígida distribuição de tarefas, com oficiais e subordinados.
7 Já os piratas, na maior parte das vezes, só contavam com o apoio pessoal. Por isso, tinham uma organização com maior igualdade de obrigações e direitos, assim como de ganhos. Também havia casos de capitães que conseguiam ser tão bem-sucedidos que armavam uma nau por conta própria e contratavam serviços de marinheiros. Eram grandes empresários ilegais. De qualquer maneira, para os inimigos dos corsários, para os que sofriam seus ataques, todos eram piratas.
8 Seria na América, sobretudo entre os séculos XVI e XIX que os piratas e os corsá- rios iriam ganhar a fama que têm até hoje. Eles saqueavam em toda a parte do continente americano, inclusive no Brasil. Mas foi especialmente no Caribe e nas Antilhas, na região do Golfo do México, na América Central, que eles iriam atuar. Essa era uma região de disputa de território entre espanhóis, ingleses, franceses e holandeses. Essas nações procuravam controlar territórios e mares, de maneira a aumentar o domínio colonial.
9 Ali encontravam-se verdadeiros “ladrões do mar”, ao lado de “corsários do rei”, circulando entre as inúmeras baías e ilhas da área, que favoreciam o esconderijo e a ação disfarçada de contrabando e roubo.
 10 As disputas entre as coroas europeias fizeram com que certos piratas ganhassem “cartas de marca”, a autorização para agir em nome do rei, o que os transformava em corsários. No Caribe e nas Antilhas, esses piratas transformados em corsários iriam receber o nome de flibusteiros — no caso de franceses e holandeses — e bucaneiros — no caso de ingleses. Muitos ficaram famosos como Francis Drake, o Capitão Kid e o Barba-Negra, todos ingleses, e o francês Jean Lafitte.
 11 A atividade de corso e piratas sempre esteve associada à navegação e ao comércio praticado em portos e cidades costeiras. Para manter as aparências e assegurar a proteção, os pontos de apoio e de esconderijo dos piratas ficavam nas pequenas baías ou bocas de rios, nas proximidades dos mercados e portos das cidades.
Questões:
1)Os historiadores costumam dividir a História Ocidental em quatro grandes períodos: Antiguidade (até o século V d.C). — Idade Média (do século V ao século XV) — Idade Moderna (do século XVI ao XVIII) — Idade Contemporânea (do século XVIII até hoje).
 a) A que povos ou civilizações da Antiguidade o texto se refere?
b) Em que mar se desenvolveu a pirataria na Antiguidade e na Idade Média?
 c) Com a colonização das Américas a partir do século XVI, as rotas comerciais se expandem e, por isso, a pirataria se desloca para outros mares. Em qual oceano se concentram as principais atividades dos piratas e corsários nessa época?
2) Quem eram os piratas para os gregos?
3) Qual a diferença entre piratas e corsários?


domingo, 4 de setembro de 2016

EM MAUS LENÇÓIS


    Eu tinha apenas quatorze anos quando fugi de casa pela primeira vez. Não suportando a tensão que me aniquilava, efeito das perseguições e xingamentos incessantes, tratei de escapulir. Frequentava o ginásio, mas, entre os meus colegas, considerava-me perseguido e humilhado. No meu lar não tinha liberdade para nada, vivia confinado, aguentando ameaças e descomposturas; na escola sempre preterido, por este ou aquele pretexto, rejeitado até nas atividades esportivas de que tanto gostava. Sempre o pior trajado, o uniforme sovadíssimo, de um amarelo desbotado, horrível, e os sapatos estropiados, desmanchando-se. Era tempo de guerra, havia crise. Mas eu não compreendia isso: meus colegas vestiam-se bem. O pior mesmo eram as xingações, as invectivas.
    Ela bradava com frequência:
    ___ Você anda jogando buzo com os botões da calça! Não é capaz de andar arrumado, limpo, moleque sem-vergonha!O seu fim vai ser triste, bruaco!...
    Ele corroborava, mesmo à mesa das refeições:
    ___ Você não merece o feijão que come, pedaço de asno, ignorante!...      
    Não aguentei. Meti algumas peças de roupa dentro da bolsa escolar e, ao invés de dirigir-me ao ginásio, emboquei num ônibus estacionado na rodoviária. Vazio, aguardava horário de partida e, também, os passageiros que dia a dia minguavam. Não me foi difícil, pois, passar despercebido. Encaracolado atrás do encosto do último assento, esperei ansiosa e nervosamente a partida: minha independência. Apesar de ter sido bem-sucedido naquela estratégia comum de fuga, não driblei por muito tempo o fracasso. Na madrugada imediata, enquanto eu dormia no banco de uma jardineira carunchenta, abandonada nas proximidades de um posto de gasolina, fui descoberto por um bate-pau e prontamente conduzido ao xadrez. Sem mais cerimônias, cortaram-se as asas e meteram-me na gaiola. Permaneci várias semanas ali esquecido, sem jamais ser interrogado, e sem ninguém dar-se pela presença de uma criança na cadeia pública. Tinha, aliás, por companheiro, um outro garoto, mais ou menos de minha idade, que já se achava preso há mais tempo.Também fora encontrado a sós e metido a ferros. Era necessário limpar as ruas da progressista comarca, dar segurança e tranquilidade aos seus moradores ordeiros e pacatos. Ao reclamar da situação, o carcereiro, bocejando de tédio, respondeu-me:
    ___ Quando vier o novo delegado, ele resolve...
    ___ E eu? Perguntou Giba.
    ___ Está na mesma... Dependo do delegado que vier. Às vezes vem logo, às vezes não...
    Em tal expectativa passamos tempo considerável.
                                                                                    ( Antônio Machetti )

ESTUDO DO VOCABULÁRIO
  1-  Substitua as palavras destacadas por outras com o mesmo significado, de acordo com o contexto do texto.
a- “Não suportei a tensão que me aniquilava.”
b- “Eu vivia confinado, aguentando ameaças e descomposturas.”
c- “O pior mesmo eram as xingações, as invectivas.”
d- “Os sapatos estropiados desmanchavam-se.”

2- Dê o significado das expressões em destaques.
a- “Você não merece o feijão que come”.
b- “Fui descoberto por um bate-pau e metido a ferros.”
3- Reescreva as frases, substituindo as palavras em destaque pelo sinônimo que aparece no texto.
a-“ Entrei num ônibus estacionado ...”
b- “Os passageiros dia a dia escasseavam.”
c- “Enrolado atrás do último ...”
d- “Ele confirmava, mesmo à mesa das refeições.”

COMPREENSÃO DO TEXTO
1- Quem é o narrador do texto?
2- O que ele nos conta?
3- O que a personagem central fazia antes de abandonar o lar?
4- Por que resolveu fugir?
5- Por que era perseguido e humilhado pelos colegas?
6- O que aconteceu ao rapaz, quando fugiu de casa?
7- Por que fracassou na sua tentativa de fuga?
8- Sua situação se resolveu de imediato? Por quê?
9- O garoto voltou para casa? Se voltou tentou fugir novamente? Justifique sua resposta com um trecho do texto.

10- Assinale, a fuga é consequência:
a- do fato de ele ser mal compreendido e humilhado em casa?
b- de ele não ter liberdade?
c- de ele ser um menino rebelde?

11- Quem é Giba?
12- Onde o rapaz estava e o que fazia, quando foi trancafiado na cadeia?
13- Retire do texto expressões que mostrem o tempo da narrativa.
14- “Você não merece o feijão que come, pedaço de asno, ignorante!..”. Quem dizia isso ao rapaz?
15- Explique o título do texto.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

OS SEMEADORES DA VIA LÁCTEA


              Os alienígenas humanóides
     Nove estranhos seres o fitavam. Não eram humanos. Nem robôs. Alex presumiu que se tratava de alienígenas humanóides.
     (...) Alguns eram branco-pálidos, outros esverdeados. Todos pareciam ter recebido banhos de bílis, cujos pigmentos amarelados haviam aderido ao corpo, como sardas.
     Possuíam cabeça, tronco e membros. Inteiramente carecas, tinham apenas um olho no meio da testa. Esse detalhe abalou Alex; mais chocado ficou quando descobriu que possuíam um segundo olho na parte traseira da cabeça. Deviam ter cérebros privilegiados para captar e interpretar sinais em um círculo de 360 graus.
     Não contavam com sobrancelhas nem barbas. Os narizes eram finíssimos e alongados. Das narinas saiam chumaços de pelos arruivados. Era a única parte visível dos seus corpos com pelos.
           Revelações sobre viagens dos discos voadores
     Grins dissera extra ordinária, separando a palavra, dando à frase um sentido duplo e contraditório. Seria um ET irônico, trocadilhista e gozador. Mas Alex precisava de informações e fora ele o escolhido para responder.
     ___ Quantas vezes os skissianos visitaram a Terra? ___ perguntou Alex.
     ___ Três ___ disse Grins. ___ A primeira, pelo calendário de vocês, em 1789.
     ___ Esse ano foi fundamental para a História da Humanidade. A partir daí tudo mudou. So-
brevoaram Paris?
     ___ Sobrevoamos.
     ___ Notaram algo de anormal?
     ___ Morticínios. Pancadarias. Tiroteios. Sangue. Cabeças guilhotinadas. Arruaças. Bandeiras desfraldadas.. Nada sério. Briguinhas internas, sem importância. Como nosso critério de avaliar o adiantamento de uma civilização é a tecnologia espacial e o sentimento de integração dos seres vivos ao cosmos, nada do que observamos nos interessou. A matança parisiense provou que o homem se encontrava numa idade mental primitiva. Marcamos em nossa agenda para retornar à Terra após 3000 anos... Pelos nossos cálculos era um tempo suficiente para o homem civilizar-se.
     ___ Por que se anteciparam?
     ___  Uma das nossas sondas de observação astronômica que percorre a Via Láctea incessantemente registrou grande luminosidade na Terra em 1945. ao analisar as imagens, nossos cientistas se surpreenderam com essa novidade cósmica. Mandamos à Terra a espaçonave Scanfs Digs ___ cujo nome significa cidade voadora ___ com 99 pesquisadores. Em 1960 sobrevoamos o planeta com seis discos voadores, enquanto a nave mãe permanecia em órbita terrestre. Filmamos campos e cidades. Ficamos impressionados com o progresso da Terra! Em menos de dois séculos vocês haviam inventado artigos de grande utilidade, como cachorro-quente, margarina, café solúvel, batata frita...
     ___ Pera lá! ___ interrompeu Alex. ___ Não cuidamos apenas da culinária.
     ___ Não quis dizer isso ___ continuou Grins. ___ Vocês também inventaram metralhadoras, granadas de mão, bomba atômica...
     ___ Não fabricamos apenas armas de guerra ___ protestou Alex. ___ Houve quem se preocupasse por outras coisas... Que me diz do avião?
     ___ Seu patrício Santos Dumont goza de muito prestígio entre nós ___ continuou Grins. ___ Se ele tivesse se submetido a intervenções cirúrgicas de amputações de dedos, transferência da posição dos olhos, implantação de novo sexo, teria se transformado num skissiano autêntico! Seria um dos nossos heróis espaciais!
     ___ E quanto à luminosidade de 1945? Não vai dizer que foi a bomba atômica! ___ falou Alex, sem dar importância ao nonsense de Grins.
     ___ Tenho a desagradável obrigação de dizer que foi. Os terrestres não têm ideia da radiação nefasta que viaja pelo espaço sideral, devido a esse terrível artefato... Se continuarem com essa fúria de destruição, vão infectar a Via Láctea... O Universo inteiro...
     Os dois ficaram em silêncio. Com ironia e galhofa, Grins apresentara temas muito sérios para meditação.
     ___ E aí? O que fizeram?
     ___ Deixamos ao redor da Terra sondas de captação de rádio e televisão e voltamos para Skiss. No trajeto entre o seu e o meu planeta colocamos no interespaço uma rede com nove estações retransmissoras de imagens e sons. Durante anos gravamos e estudamos programas de vários países da Terra. Trinta e três especialistas decodificaram, traduziram e catalogaram tudo o que havíamos recebido.
     ___ O que aconteceu com esse material?
     ___ Depois de detalhada análise, o grupo recomendou a imediata destruição de 100% dos programas de rádio. E a incinerarão de 99% dos programas de televisão. Mesmo assim sobrou 1% de natureza educativa, o suficiente para entendermos a evolução da Terra, desde o começo até hoje.
     ___ E onde está esse material? ___ interessou-se o terráqueo.
     Grins dirigiu-se à parede escamoteável. Abriu-a e dela tirou uma latinha semelhante à conhecida de Alex.
     ___ Aí está ___ disse Grins, abrindo o objeto.
     Alex contou 37 cigarrinhos brancos, presos a encaixes, parecidos com os carretéis  de linha que sua mãe guardava na caixa de costura.
     ___ Toda a cultura e a história da Terra encontra-se aí? ___ duvidou Alex, entre incrédulo e decepcionado.
     ___ Toda... ___ confirmou Grins.
                                                            ( Paulo Rangel – “Os semeadores da Via Láctea”)
VOCABULÁRIO
BÍLIS –líquido esverdeado e amargo segregado pelo fígado / CONTRADITÓRIO-oposto, ambíguo  / NONSENSE- expressão inglesa que significa não ter sentido / TROCADILHISTA- pessoa que faz trocadilho, jogo de palavras parecidas no som e diferentes no significado.

 1- Relacione as palavras destacadas aos seus significados.
a- zombaria, gracejo  b- que causa desgraça    c- descrente   d- genuíno
(   ) “Os terrestres não têm ideia  da radiação nefasta...”
(   ) “... teria se transformado num skissiano autêntico!”
(   )... duvidou Alex, entre incrédulo e decepcionado.”
(   ) “Com ironia e galhofa, Grins apresentara temas muito sérios para meditação.”

2- Relacione as palavras a seus significados, escrevendo-as nos parênteses.
ARTEFATO – INCINERAÇÃO- ESCAMOTÁVEL- CÓSMICA
a-(                  ) ... nossos cientistas se surpreenderam com essa novidade que pertence ao Universo.
b- (                 ) ... devido a esse terrível objeto.
c- (              ) Grins dirigiu-se à parede que podia desaparecer sem que ninguém percebesse.
d- (               ) E a queima até reduzir a cinzas de 99% dos programas de televisão.

3- O texto começa com a descrição dos extraterrestres. Descreva:
a- sua aparência:__________________________________________________
b- seus olhos:____________________________________________________
c- seu rosto:______________________________________________________
d- seus narizes:___________________________________________________

4- Qual a hipótese levantada pelo narrador quanto à localização dos olhos dos alienígenas e sua influência no cérebro?

5- Quando os skissianos visitaram a Terra em 1789, viram morticínios, pancadarias, tiroteios, sangue, arruaças. Por que nada disso foi considerado importante para eles?

6- Responda às perguntas relacionadas ao tempo em que a ação se desenrolou.
a- Os skissianos visitaram a Terra pela primeira vez em 1789. Por que marcaram para retornar após 3000 anos?
b- Por que anteciparam a volta para 1945  ____________________
c- O que fizeram em 1960?______________________________________

7- O que Alex achou das considerações de Grins a respeito de Santos Dumont?
8- Identifique nas falas das personagens o que é uma hipótese e o que é a narração de um fato.
a- ( ___________________) “___ Uma das nossas sondas de observação astronômica...
registrou grande luminosidade na Terra em 1945.”
b- ( __________________) “Se continuarem com essa fúria de destruição, vão infectar a Via Láctea...”

9- O que aconteceu com o material que eles coletaram na Terra? Por quê?
10- Qual o problema abordado no texto?

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

ROBINSON CRUSOÉ

LEIA O TEXTO ABAIXO E RESPONDA ÀS QUESTÕES.
                                                         
    Meu nome é Robinson Crusoé. Nasci na velha cidade de Iorque, onde há um rio pequeno, muito largo, cheio de navios que entram e saem.
    Quando criança, passava a maior parte do meu tempo a olhar aquele rio de águas tão quietas, caminhando sem pressa para o mar lá longe. Como gostava de ver os navios em movimento, com velas branquinhas enfunadas pelas brisas! Isso me fazia sonhar as terras estranhas donde eles vinham e as maravilhosas aventuras acontecidas em mar alto.
    Eu queria ser marinheiro. Nenhuma vida me parecia melhor que a vida do marinheiro, sempre navegando, sempre vendo terras novas, sempre lidando com tempestades e monstros marinhos.
    Meu pai não concordava com isso. Queria que eu tivesse um ofício qualquer, na cidade, ideia que eu não podia suportar. Trabalhar o dia inteiro em oficinas cheias de pó era coisa que não ia comigo.
    Também não suportava a ideia de viver  toda a vida naquela cidade de Iorque. O mundo me chamava. Eu queria ver o mundo.
    Minha mãe ficou muito triste quando declarei que ou seria marinheiro ou não seria nada.
    ---- A vida do marinheiro ---- disse ela ---- é uma vida bem dura. Há tantos perigos no mar, tanta tempestade que grande número de navios acabam naufragando.
    Disse também que havia no mar terríveis peixes de dentes de serra, que me comeriam vivo se eu caísse na água. Depois me deu um bolo e me beijou: “É muito mais feliz quem fica na sua casa”.
    Mas não ouvi seus conselhos. Estava resolvido a ser marinheiro e havia de ser.
    ---- Já fiz dezoito anos ---- disse um dia a mim mesmo ---- é tempo de começar ---- e, fugindo de casa, engajei-me num navio.
                                                ( Daniel Defoe )

VOCABULÁRIO:  Enfunadas: cheias              Brisa: vento leve                 Lidar: enfrentar, combater
Ofício: profissão                          Engajar-se: entrar para, alistar-se

1-    Sobre a personagem principal do texto identifique:
*o nome: _____________________________*local de nascimento: _______________
*vocação: ______________________________*idade quando fugiu: _____________
2- A visão dos navios provoca um sonho no menino. Qual era esse sonho?________  
3- No ofício de marinheiro, o que atraía o menino?
4- Retire do texto o trecho que mostra o inconformismo e a grande inquietação de Robinson Crusoé.
5- Os pais do menino concordavam com sua escolha? Por quê?
6- Por que Robinson não queria ter um ofício qualquer, como desejava seu pai?
7- Quem procurava amedrontá-lo e com que finalidade fazia isso?
8- Como Robinson resolveu o conflito com seus pais?
9- Os pais de Robinson valorizavam a segurança,  o que valorizava Robinson  Crusoé? Quem você acha que estava certo? Por quê?
10- Qual o foco narrativo utilizado no texto? Justifique sua resposta com um trecho do texto
11- Há no texto uso do discurso direto? Justifique sua resposta, comprovando-a com um trecho do texto.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Água: a crônica da falta de bom senso

Água: a crônica da falta de bom senso
Os problemas de abastecimento são reflexos do mau uso e desperdícios generalizados
Um calor acima do previsto e chuvas que não caem como em anos anteriores. Além disso, um consumo em alta e os reservatórios em baixa atingindo marcas históricas negativas. Todos esses fatores somados resultam na séria e concreta ameaça de racionamento de água na região Sudeste, a mais populosa do país.
É claro que esse estado de coisas deve ser considerado atípico, mas diante da crise anunciada e um iminente “apagão” no fornecimento desse líquido precioso, lá vamos nós caçar os culpados da hora!!
A mídia responsabiliza governos pela ausência de investimentos no setor. Os partidos pró e contra defendem ou atacam conforme a conveniência e a população reclama de todos afirmando que pagam suas contas em dia e, portanto, não aceitam abrir mão do direito de ter água nas torneiras e chuveiros sempre que quiserem fazer uso dela.
Afinal, foi o fenômeno climático, como consequência do aquecimento global, o maior responsável pelas altas temperaturas e pela ausência de chuvas?
Em parte podemos até afirmar que sim. Mas depender totalmente dos ciclos de chuva do bom comportamento climático, apenas revela um despreparo muito grande e que deve realmente assustar a todos nós.
Então, a quem cabe a maior responsabilidade? Acredito que seja da visão limítrofe generalizada que ainda é capaz de dar pouca importância a esse insumo fundamental para a vida de todos.
Façamos um exercício bastante simples. Imagine a falta de muitos serviços que temos à disposição dentro das nossas casas. Pense que durante um período você ficará totalmente sem energia elétrica, sem telefone ou mesmo sem dispor da internet e da televisão a cabo. Muito ruim sem dúvida e que podem trazer prejuízos diversos. Agora reflita sobre a total ausência de água. Sem entrar na individualização dos problemas acarretados por cada um desses serviços, o que naturalmente o obrigaria a sair de casa para buscar uma solução é exatamente a água. Ela não é apenas vital para o nosso dia a dia, pessoal ou profissionalmente como tantos outros, é basicamente uma questão de sobrevivência.
Agora, com raras exceções, o mais essencial é, invariavelmente, o mais barato de todos. É ao final das contas uma impressionante inversão de valores, o que é mais importante custa menos que o supérfluo... e vice-versa. Nessa hora prevalece a lógica do famigerado mercado tão pouco afeito a enxergar além do curto prazo.
Esse olhar distorcido é o primeiro responsável pela nossa crise de abastecimento de água. Depois dele tudo vai se complicando numa espiral de problemas sobrepostos.

por Reinaldo Canto — publicado 16/02/2014 12h44

PENSE SOBRE O ASSUNTO E FAÇA UMA RESENHA DE 20 A 25 LINHAS

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Verbo transitivo, intransitivo - sujeito e predicado

Sublinhe o predicado e diga quem é o sujeito das frases.

a) O garoto reclamou novamente.
b) Já acabamos de arrumar as malas.
c) Está nevando em Santa Catarina.
d) Ar-refrigerado, vitrines vistosas, liquidações, ofertas, descontos, descontos e muita gente
chamavam a atenção.
e) Está um calor insuportável.
f) O pai de Rafael ficou emocionado com a homenagem.
g) Chamaram a sua atenção.
h) Havia muita gente no aeroporto.
i) Foram me chamar.
j) Antônio e eu éramos grandes amigos.


2. Assinale as orações sem sujeito.
a) Havia dois carros velhos na garagem.
b) Existiam dois carros velhos na garagem.
c) A noite está muito quente.
d) Anoiteceu cedo hoje.
e) Chuviscou durante o dia.
f) Choveram pétalas de rosas durante o casamento.


3. Circule o sujeito. Sublinhe o predicado e classifique-o.

a) As araras de cores vistosas posavam para os turistas.
b) No inverno, as noites são mais longas.
c) Ao longo da praia, sucediam-se hotéis, restaurantes, casas luxuosas.
d) As geadas e as secas deixam os lavradores preocupados.
e) À noite, Anselmo voltou para casa exausto.
f) A voz do orador era bonita, mas suas palavras soavam ocas.
g) Furioso, o pasteleiro chinês correu atrás do ladrão


4. Faça a correspondência correta de acordo com a predicação verbal dizendo se o verbo é transitivo ou
intransitivo. (1)Intransitivo (2)Transitivo

( ) Encontraram uma mala de dinheiro no banheiro da rodoviária.
( ) As crianças gritavam ( ) Chamei um técnico.
( ) Daremos o prêmio ao vencedor. ( ) O animal obedece a seus instintos.
( ) Os turistas chegaram à praia do Nordeste. ( ) O mar carregou os barcos.
( ) Os hospitais precisam de bolsas de sangue. ( ) As férias já estão aí.
( ) O gerente do banco recebeu um grande aumento de salário. ( ) Os dias passaram rapidamente.

( ) Os trabalhadores necessitam de aumento. ( ) Os alunos não tiveram dúvidas.

Arte da Grécia

Fale como era a escultura e pintura gregas? ( 3 linhas no mínimo)
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
O que os atores gregos usavam em suas encenações?
_______________________________________________________________
Em que eram usados o barro, madeira e cortiça?
_______________________________________________________________
Como era o povo egípcio?
_______________________________________________________________
Qual o nome das 3 principais pirâmides do Egito?
_______________________________________________________________
O que trata as obras de arte egípcia?
_______________________________________________________________
Como são desenhadas as figuras humanas dos egípcios?
_______________________________________________________________
O que é lei de frontalidade?
_______________________________________________________________
Coloque verdadeiro V ou falso F
( ) O tamanho das pessoas representadas varia em função da posição social de cada uma delas.
( ) O tamanho das pessoas representadas varia em função da posição religiosa de cada uma delas.
( ) O Faraó é representado igual a sua esposa.
( ) O Faraó é representado bem maior que sua esposa.
( ) As figuras masculinas são pintadas de vermelho e as femininas de ocre.
( ) As figuras masculinas são pintadas de azul e as femininas de ocre.
Relacione as questões:
( 1 ) As formas são ( ) grandes templos e das tumbas
(2 ) Na arquitetura destacam-se ( )piramidais e simétricas.
(3) Tumba real ( )chamada de escrita dos escribas ( 4) pictográfica ( )ficavam dentro das pirâmides

Desenhe uma figura egípcia e pinte-a com as cores usadas pelos egípcios.

Ortografia e pontuação

Pontue o texto abaixo: "PARA QUEM É O PRESENTE?"

Dona Sara saíra de viagem. Sua ausência duraria aproximadamente dois meses, pois visitaria na Itália seus parentes, os quais não viam há 20 anos. Mas antes de viajar, dona Sara deixou um presente. Não disse para quem era, mas, no pacote havia um cartãozinho em que ela havia escrito quem era o destinatário do presente.
Após a partida, reuniram-se o filho, a nora, os netos e Renata, sua melhor amiga, para ler o cartão e saber de quem era esse pacote enorme e tentador.
O filho leu a mensagem, e era evidente que sua mãe havia deixado o presente para ele. Todos iam saindo preocupados, quando Renata gritou:
- Um momento! Eu sabia que Sara não ia fazer isso comigo, afinal, sou sua melhor amiga.
E acrescentou com um sorriso de triunfo:
- Escutem isto.
Então leu o cartão em voz alta, e ninguém pode duvidar: o presente era para ela.
A esta altura dos acontecimentos, todos quiseram ler o cartão e viram que os dois não estavam mentindo. Vamos ver se você descobre o mistério.
O cartão era este:
1) Pontue o bilhete de modo que o presente vá para o filho:
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA

SARA
2) Pontue o texto como Renata imaginou :
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA

SARA
3) Coloque os pontos como o neto imaginou :
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA

SARA


4) Pontue de modo que o presente vá para a neta :
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA

SARA

5) Coloque os pontos como a nora leu :
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA

SARA

Querem saber como terminou esta história ?
Como não puderam chegar a um acordo, tiveram que esperar que a vovó voltasse, para saber quem era o afortunado. Por sorte, ela estava arrependida de haver deixado só um presente e trouxe mais quatro surpresas. Desta forma, ninguém ficou de mãos vazias e todos ficaram contentes. E assim, a história do presente chegou ao fim.


Exercício ortográfico:
Descubra os erros da anedota abaixo, grife-os e depois faça as alterações necessárias reescrevendo o texto.

Dona zélia chama os filios Emília, Túlio e Julinho, o cacula.
- Queridos, vocês precizam colaborar mas na arrumação da casa. Tenho encontrado toalhas molhada em cima da cama, moxilas jogadas no sofá... Se todos da famílha fizerem um pouquinho, o resultado vai ser uma casa arrumada.
Vejamos agumas coisinhas que vocês podem fazer: sapatos e sandálhas devem ser guardados na sapateira.
- tudo bem – falou Emília.
- Essas pilhas de revistinhas espalhadas por toda a casa é bom guardar na estante.
- Deixa que eu guardo – disse Túlio.
O pó da mobília...
Julinho, que só tem trez anos, interrompe, querendo tanbém participar:
- O pó da mobília eu tiro. E quardo onde mãe?
Dona Zélia, Emília e Túlio caiem na gargalhada.

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Redação

  • REDAÇÃO: Escolha qualquer uma das frases das ODS – 17 OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL e faça uma poesia com 8 versos rimados sobre o assunto da frase que você escolheu.
1. Erradicação da pobreza
2. Fome zero e agricultura sustentável
3. Saúde e bem estar
4. Educação de qualidade
5. Igualdade de gênero
6. Água potável e saneamento
7. Energia limpa e acessível
8. trabalho decente e crescimento econômico
9. Indústria, Inovação e infraestrutura
10. redução das desigualdades
11. cidades e comunidades sustentáveis
12. consumo e produção responsáveis
13. ação contra a mudança global do clima
14. vida na água
15. vida terrestre
16. paz, justiça e instituições eficazes
17. parcerias e meios de implementação

Sujeito e Predicado

Sujeito: É o termo da oração do qual informamos alguma coisa.
Ex: A Maria foi comprar livros.

Nucleo do sujeito:É a palavra mais importante do sujeito. Em "A Maria foi comprar livros." O sujeito é : "A Maria" e o núcleo do sujeito é: "Maria", pois entre o artigo a e o substantivo Maria a palavra mais importante é Maria.

Classificação do Sujeito
O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado. Existem ainda as orações sem sujeito.
1 - Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal. Pode ser:
a) Simples
Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo.

Por Exemplo:
A rua estava deserta.
Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Diz-se que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento, seja ele um substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva.

Por Exemplo:
Os meninos estão gripados.
Todos cantaram durante o passeio.
b) Composto

Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo.
Tênis e natação são ótimos exercícios físicos.

c) Implícito
Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas pode ser identificado.
Por Exemplo:
Dispensamos todos os funcionários.
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, pois está indicado pela desinência verbal -mos.

Observação: o sujeito implícito também é chamado de sujeito elíptico, subentendido ou desinencial. Antigamente era denominado sujeito oculto.

2 - Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:

a) Com verbo na 3ª pessoa do plural:

O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração):

Por Exemplo:

Procuraram você por todos os lugares.
Estão pedindo seu documento na entrada da festa.
b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se:

O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.

Exemplos:

Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)
No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)
Entendendo a Partícula Se

As construções em que ocorre a partícula se podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito.

Veja:
a) Aprovou-se o novo candidato.

Sujeito

Aprovaram-se os novos candidatos.

Sujeito

b) Precisa-se de professor. (Sujeito Indeterminado)

Precisa-se de professores. (Sujeito Indeterminado)

No caso a, o se é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica:

O novo candidato foi aprovado.

Sujeito

Os novos candidatos foram aprovados.

Sujeito

No caso b, se é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas construções, o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.

c) Com o verbo no infinitivo impessoal:

Por Exemplo:

Era penoso estudar todo aquele conteúdo.
É triste assistir a estas cenas tão trágicas.
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado.

Por Exemplo:
Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras.
Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto.

3 - Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura destas orações:
Sujeito Predicado
- Havia formigas na casa.
- Nevou muito este ano em Nova Iorque.
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com:

a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc.
Por Exemplo:
Choveu muito no inverno passado.
Amanheceu antes do horário previsto.
Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado.

Por Exemplo:
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito)
Já amanheci cansado. (eu=sujeito)
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos:
Ser:
É noite. (Período do dia)
Eram duas horas da manhã. (Hora)
Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha. (É uma hora/ São nove horas)

Hoje é (ou são) 15 de março. (Data)
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de dias.

Estar:
Está tarde. (Tempo)
Está muito quente.(Temperatura)
Fazer:

Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)
Haver:

Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)
Atenção:
Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais devem ser usados SEMPRE NA TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR. Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados impessoalmente: não é possível usá-los no plural.

Por Exemplo:

Faz muitos anos que nos conhecemos.
Deve fazer dias quentes na Bahia.
Veja outros exemplos:

Há muitas pessoas interessadas na reunião.
Houve muitas pessoas interessadas na reunião.
Havia muitas pessoas interessadas na reunião.
Haverá muitas pessoas interessadas na reunião.
Deve ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.
Pode ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.

Predicado

Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença de um verbo ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração, identifica-se também o predicado. Em termos, tudo o que difere do sujeito (e do vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu predicado. Veja alguns exemplos:

As mulheres compraram roupas novas.
Predicado

Durante o ano, muitos alunos desistem do curso.
Predicado Predicado

A natureza é bela.
Predicado


OS VERBOS NO PREDICADO

Em todo predicado existe necessariamente um verbo ou uma locução verbal. Para analisar a importância do verbo no predicado, devemos considerar dois grupos distintos: os verbos nocionais e os não nocionais.

Os verbos nocionais são os que exprimem processos; em outras palavras, indicam ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental:

Acontecer – considerar – desejar – julgar – pensar – querer – suceder – chover – correr fazer – nascer – pretender – raciocinar
Esses verbos são sempre núcleos dos predicados em que aparecem.

Os verbos não nocionais exprimem estado; são mais conhecidos como verbos de ligação.
Fazem parte desse grupo, entre outros:

Ser – estar – permanecer – continuar – andar – persistir – virar – ficar – achar-se - acabar – tornar-se – passar (a)
Os verbos não nocionais sempre fazem parte do predicado, mas não atuam como núcleos.

Para perceber se um verbo é nocional ou não nocional, é necessário considerar o contexto em que é usado. Assim, na oração:

Ela anda muito rápido.
O verbo andar exprime uma ação, atuando como um verbo nocional. Já na oração:

Ela anda triste.
O verbo exprime um estado, atuando como verbo não nocional.

Predicação Verbal

Chama-se predicação verbal o resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito e o verbo e entre os verbos e os complementos. Quanto à predicação, os verbos podem ser intransitivos, transitivos ou de ligação.

1) Verbo Intransitivo

É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar, portanto, de um outro termo para completar o seu sentido. Sua ação não transita.

Por Exemplo:

O avião caiu.
O verbo cair é intransitivo, pois encerra um significado completo. Se desejar, o falante pode acrescentar outras informações, como:

local: O avião caiu sobre as casas da periferia.

modo: O avião caiu lentamente.

tempo: O avião caiu no mês passado.

Essas informações ampliam o significado do verbo, mas não são necessárias para que se compreenda a informação básica.

2) Verbo Transitivo

É o verbo que vem acompanhado por complemento: quem sente, sente algo; quem revela, revela algo a alguém. O sentido desse verbo transita, isto é, segue adiante, integrando-se aos complementos, para adquirir sentido completo. Veja:

S. Simples Predicado
As crianças precisam de carinho.
1 2
1= Verbo Transitivo
2= Complemento Verbal (Objeto)

O verbo transitivo pode ser:

a) Transitivo Direto: é quando o complemento vem ligado ao verbo diretamente, sem preposição obrigatória.

Por Exemplo:

Nós escutamos nossa música favorita.
1
1= Verbo Transitivo Direto

b) Transitivo Indireto: é quando o complemento vem ligado ao verbo indiretamente, com preposição obrigatória.

Por Exemplo:

Eu gosto de sorvete.
2
2 = Verbo Transitivo Indireto

de= preposição

c) Transitivo Direto e Indireto: é quando a ação contida no verbo transita para o complemento direta e indiretamente, ao mesmo tempo.

Por Exemplo:

Ela contou tudo ao namorado.
3
3= Verbo Transitivo Direto e Indireto

a= preposição

3) Verbo de Ligação

É aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entre eles (sujeito e características) certos tipos de relações.

O verbo de ligação pode expressar:

a) estado permanente: ser, viver.

Por Exemplo:

Sandra é alegre.
Sandra vive alegre.
b) estado transitório: estar, andar, achar-se, encontrar-se

Por Exemplo:

Mamãe está bem.
Mamãe encontra-se bem.
c) estado mutatório: ficar, virar, tornar-se, fazer-se

Por Exemplo:

Júlia ficou brava.
Júlia fez-se brava.
d) continuidade de estado: continuar, permanecer

Por Exemplo:

Renato continua mal.
Renato permanece mal.
e) estado aparente: parecer

Por Exemplo:

Marta parece melhor.
Observação: a classificação do verbo quanto à predicação deve ser feita de acordo com o contexto e não isoladamente. Um mesmo verbo pode aparecer ora como intransitivo, ora como de ligação. Veja:

1 - O jovem anda devagar.

anda = verbo intransitivo, expressa uma ação.

2 - O jovem anda preocupado.

anda= verbo de ligação, expressa um estado.

Classificação do Predicado

Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo significativo está num nome ou num verbo. Além disso, devemos considerar se as palavras que formam o predicado referem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. Veja o exemplo abaixo:

Os animais necessitam de cuidados especiais.
Sujeito Predicado

O predicado, apesar de ser formado por muitas palavras, apresenta apenas uma que se refere ao sujeito: necessitam. As demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao verbo (necessitar é, no caso, de algo), que assume, assim, o papel de núcleo significativo do predicado. Já em:

A natureza é bela.
Sujeito Predicado

No exemplo acima, o nome bela se refere, por intermédio do verbo, ao sujeito da oração. O verbo agora atua como elemento de ligação entre sujeito e a palavra a ele relacionada. O núcleo do predicado é bela. Veja o próximo exemplo:

O dia amanheceu ensolarado.
Sujeito Predicado

Percebemos que as duas palavras que formam o predicado estão diretamente relacionadas ao sujeito: amanheceu (verbo significativo) e ensolarado (nome que se refere ao sujeito). O predicado apresenta, portanto, dois núcleos: amanheceu e ensolarado.

Tomando por base o núcleo do que está sendo declarado, podemos reconhecer três tipos de predicado: verbal, nominal e verbo-nominal.

Predicado Verbal
Apresenta as seguintes características:

a) Tem um verbo como núcleo;

b) Não possui predicativo do sujeito;

c) Indica ação.

Por exemplo:

Eles revelaram toda a verdade para a filha.

Predicado Verbal

Para ser núcleo do predicado verbal, é necessário que o verbo seja significativo, isto é, que traga uma ideia de ação. Veja os exemplos abaixo:

O dia clareou. (núcleo do predicado verbal = clareou)

Chove muito nos estados do sul do país. (núcleo do predicado verbal = Chove)

Ocorreu um acidente naquela rua. (núcleo do predicado verbal = Ocorreu)

A antiga casa foi demolida. (núcleo do predicado verbal = demolida)

Obs.: no último exemplo há uma locução verbal de voz passiva, o que não impede o verbo demolir de ser o núcleo do predicado.


Predicado Nominal

Apresenta as seguintes características:

a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo;

b) É formado por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito;

c) Indica estado ou qualidade.

Por Exemplo:

Leonardo é competente.
Predicado Nominal
No predicado nominal, o núcleo é sempre um nome, que desempenha a função de predicativo do sujeito. O predicativo do sujeito é um termo que caracteriza o sujeito, tendo como intermediário um verbo de ligação. Os exemplos abaixo mostram como esses verbos exprimem diferentes circunstâncias relativas ao estado do sujeito, ao mesmo tempo que o ligam ao predicativo.Veja:

Ele está triste. (triste = predicativo do sujeito, está = verbo de ligação)

A natureza é bela. (bela = predicativo do sujeito, é = verbo de ligação)

O homem parecia nervoso. (nervoso = predicativo do sujeito, parecia = verbo de ligação)

Nosso herói acabou derrotado. (derrotado = predicativo do sujeito, acabou = verbo de ligação)

Uma simples funcionária virou diretora da empresa. (diretora = predicativo do sujeito, virou = verbo de ligação)


Predicativo do Sujeito

É o termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Todo predicado construído com verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito. Pode ser representado por:

a) Adjetivo ou locução adjetiva:

Por Exemplo:

O seu telefonema foi especial. (especial = adjetivo)
Este bolo está sem sabor. (sem sabor = locução adjetiva)
b) Substantivo ou palavra substantivada:

Por Exemplo:

Esta figura parece um peixe. (peixe = substantivo)
Amar é um eterno recomeçar. (recomeçar = verbo substantivado)
c) Pronome Substantivo:

Por Exemplo:

Meu boletim não é esse. (esse = pronome substantivo)
d) Numeral:

Por Exemplo:

Nós somos dez ao todo. (dez = numeral)

Predicado Verbo-Nominal

Apresenta as seguintes características:

a) Possui dois núcleos: um verbo e um nome;

b) Possui predicativo do sujeito ou do objeto;

c) Indica ação ou atividade do sujeito e uma qualidade.

Por Exemplo:

Os alunos saíram da aula alegres.
Predicado Verbo-Nominal
O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo (saíram - verbo intransitivo), que indica uma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito (alegres), que indica o estado do sujeito no momento em que se desenvolve o processo verbal. É importante observar que o predicado dessa oração poderia ser desdobrado em dois outros, um verbal e um nominal. Veja:

Os alunos saíram da aula. Eles estavam alegres.


Estrutura do Predicado Verbo-Nominal

O predicado verbo-nominal pode ser formado de:

1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito

Por Exemplo:

Joana saiu contente.
Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito
2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto

Por Exemplo:

A despedida deixou a mãe aflita.
Sujeito Verbo Transitivo Objeto Direto Predicativo do Objeto
3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Sujeito

Por Exemplo:

Os pais observaram emocionados aquela cena.
Sujeito Verbo Transitivo Predicativo do Sujeito Objeto Direto
Saiba que:

Uma maneira de reconhecer o predicativo do objeto numa oração é transformá-la na voz passiva. Na permutação, o predicativo do objeto passa a ser predicativo do sujeito. Veja:

Voz Ativa:

As mulheres julgam os homens insensíveis.
Sujeito Verbo Significativo Objeto Direto Predicativo do Objeto
Voz Passiva:

Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres.
Verbo Significativo Predicativo do Sujeito
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia quando passamos a oração para a voz passiva.


Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre predicativo do objeto indireto com o verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição.

Por Exemplo:

Todos o chamam de irresponsável.
Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.)


3 - TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem sentido completo em si mesmos. Sua significação só se completa com a presença de outros termos, chamados integrantes. São eles:

complementos verbais (objeto direto e objeto indireto);

complemento nominal;

agente da passiva.

Complementos Verbais

Completam o sentido de verbos transitivos diretos e transitivos indiretos. São eles:

1) Objeto Direto

É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição.

Por Exemplo:

Abri os braços ao vê-lo.
Objeto Direto
O objeto direto pode ser constituído:

a) Por um substantivo ou expressão substantivada.

Exemplos:

O agricultor cultiva a terra./ Unimos o útil ao agradável.
b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos.

Exemplos:

Espero-o na minha festa. / Ela me ama.
c) Por qualquer pronome substantivo.

Por Exemplo:

O menino que conheci está lá fora.
Atenção:

Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de preposição facultativa. Isso pode ocorrer:

- quando o objeto é um substantivo próprio: Adoremos a Deus.

- quando o objeto é representado por um pronome pessoal oblíquo tônico: Ofenderam a mim, não a ele.

- quando o objeto é representado por um pronome substantivo indefinido: O diretor elogiou a todos.

- para evitar ambiguidade: Venceu ao inimigo o nosso colega.

Obs.: caso o objeto direto não viesse preposicionado, o sentido da oração ficaria ambíguo, pois não poderíamos apontar com precisão o sujeito (o nosso colega).

Saiba que:

Frequentemente, verbos intransitivos, podem aparecer como verbos transitivos diretos.

Por Exemplo:

A criança chorou lágrimas doídas pela perda da mãe.
Objeto Direto

2) Objeto Indireto

É o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Vem sempre regido de preposição clara ou subentendida. Atuam como objeto indireto os pronomes: lhe, lhes, me te, se, nos, vos.

Exemplos:

Não desobedeço a meus pais.
Objeto Indireto

Preciso de ajuda. (Preposição clara "de")
Objeto Indireto

Enviei-lhe um recado. (Enviei a ele - a preposição a está subentendida)
Objeto Indireto
Obs.: muitas vezes o objeto indireto inicia-se com crase (à, àquele, àquela, àquilo). Isso ocorre quando o verbo exige a preposição "a", que acaba se contraindo com a palavra seguinte.

Por Exemplo:
Entregaram à mãe o presente. (à = "a" preposição + "a" artigo definido)


Observações Gerais:

a) Pode ocorrer ainda o (objeto direto ou indireto) pleonástico, que consiste na retomada do objeto por um pronome pessoal, geralmente com a intenção de colocá-lo em destaque.

Por Exemplo: As mulheres, eu as vi na cozinha. (Objeto Direto)
A todas vocês, eu já lhes forneci o pagamento mensal. (Objeto Indireto)
b) Os pronomes oblíquos o, a, os, as (e as variantes lo, la, los, las, no, na, nos, nas) são sempre objeto direto. Os pronomes lhe, lhes são sempre objeto indireto.

Exemplos:
Eu a encontrei no quarto. (OD)
Vou avisá-lo.(OD)
Eu lhe pagarei um sorvete.(OI)
c) Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem ser objeto direto ou indireto. Para determinar sua função sintática, podemos substituir esses pronomes por um substantivo: se o uso da preposição for obrigatório, então se trata de um objeto indireto; caso contrário, de objeto direto.

Por Exemplo:

Roberto me viu na escola.(OD)
Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "Roberto viu o amigo na escola." Veja que a preposição não foi usada. Portanto, "me" é objeto direto.

Observe o próximo exemplo:

João me telefonou.(OI)
Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "João telefonou ao amigo". A preposição foi usada. Portanto, "me" é objeto indireto.

3) Complemento Nominal

É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição.

Exemplos:

Cecília tem orgulho da filha.
substantivo complemento nominal

Ricardo estava consciente de tudo.
adjetivo complemento nominal

A professora agiu favoravelmente aos alunos.
advérbio complemento nominal

Saiba que:

O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É regido pelas mesmas preposições do objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa nomes (substantivos, adjetivos) e alguns advérbios em -mente.

4) Agente da Passiva

É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz passiva. Vem regido comumente da preposição "por" e eventualmente da preposição "de".

Por Exemplo:

A vencedora foi escolhida pelos jurados.
Sujeito Verbo Agente da
Paciente Voz Passiva Passiva

Ao passar a frase da voz passiva para a voz ativa, o agente da passiva recebe o nome de sujeito. Veja:

Os jurados escolheram a vencedora.

Sujeito Verbo Objeto Direto

Voz Ativa

Outros exemplos:

Joana é amada de muitos.

Sujeito Paciente Agente da Passiva


Essa situação já era conhecida de todos.

Sujeito Paciente Agente da Passiva


Observações:

a) O agente da passiva pode ser expresso por substantivos ou pronomes.

Por Exemplo:

O solo foi umedecido pela chuva. (substantivo)
Este livro foi escrito por mim. (pronome)
b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo integrante, pode muitas vezes ser omitido.

Por Exemplo:

O público não foi bem recebido. (pelos anfitriões)


4 - TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

Sobre os Termos Acessórios

Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a compreensão do enunciado. Ao acrescentar informações novas, esses termos:

- caracterizam o ser;

- determinam os substantivos;

- exprimem circunstância.

São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial, o adjunto adnominal e o aposto.

Vamos observar o exemplo:

Anoiteceu.
No exemplo acima, temos uma oração de predicado verbal formado por um verbo impessoal. Trata-se de uma oração sem sujeito. O verbo anoiteceu é suficiente para transmitir a mensagem enunciada. Poderíamos, no entanto, ampliar a gama de informações contidas nessa frase:

Por Exemplo:

Suavemente anoiteceu na cidade.
A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos, agora, duas noções acessórias, circunstanciais, ligadas ao processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o lugar onde anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios que indicam circunstâncias relativas ao processo verbal damos o nome de adjuntos adverbiais.

Agora, observe o que ocorre ao expandirmos um pouco mais a oração acima:

Por Exemplo:

Suavemente anoiteceu na deserta cidade do planalto.
Surgiram termos que ser referem ao substantivo cidade, caracterizando-o, delimitando-lhe o sentido. Trata-se de termos acessórios que se ligam a um nome, determinando-lhe o sentido. São chamados adjuntos adnominais.

Por último, analise a frase abaixo:

Fernando Pessoa era português.
Nessa oração, o sujeito é determinado e simples: Fernando Pessoa. Há ainda um predicativo do sujeito (português) relacionado ao sujeito pelo verbo de ligação (era). Trata-se, pois, de uma oração com predicado nominal. Note que a frase é capaz de comunicar eficientemente uma informação. Nada nos impede, no entanto, de enriquecer mais um pouco o conteúdo informativo. Veja:

Fernando Pessoa, o criador de poetas, era português.
Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um termo que explica, que enfatiza esse núcleo: o criador de poetas. Esse termo é chamado de aposto.
































EXERCÍCIOS- Termos da oração – tipos de sujeito
A. Escreva nos parênteses – OSS para oração sem sujeito; SC para sujeito composto; SS para sujeito simples; SI para sujeito indeterminado; SO para sujeito oculto.
1. ( ) Todos nós acordamos.
2. ( ) Alguém almoçou?
3. ( ) Aquele carro azul anda?
4. ( ) Você e eu sairemos já.
5. ( ) O cavalo e a égua relincham.
6. ( ) Ensaiaste bastante?
7. ( ) Ana e a irmã dela viajaram.
8. ( ) Não partiremos hoje.
9. ( ) Uns garotos sujaram a calçada.
10. ( ) Quebraram a vidraça.
11. ( ) Ana e Ari viajaram cedo.
12. ( ) Puseram sal na sopa?
13. ( ) Come-se mal aqui, gente!
14. ( ) Não vendemos jornais velhos.
15. ( ) Essa garota e aquele rapaz falam muito.
16. ( ) Riscaram meu livro, professor.
17. ( ) Viajamos nesse ônibus.
18. ( ) São seis horas da manhã.
19. ( ) Tu e ela ficam aqui.
20. ( ) Sujaram meu paletó.
21. ( ) Fala-se muito desse caso.
22. ( ) Trovejou a noite inteira.
23. ( ) Estava frio em Londres?
24. ( ) Ninguém resolve nada!
25. ( ) Leo e Lia perderam o ônibus.
B. Identifique o sujeito e seu núcleo e classifique-o, nas orações abaixo:
1) Aquele jovem alto joga bem.
Sujeito ___________: ________________________
Núcleo do sujeito: ___________________________
2) Um ônibus e um caminhão colidiram.
Sujeito ___________: ________________________
Núcleo do sujeito: ___________________________
3) Demoliram o prédio inteiro.
Sujeito ___________: ________________________
Núcleo do sujeito: ___________________________
4) Faz frio lá fora.
Sujeito ___________: ________________________
Núcleo do sujeito: ___________________________
5) Um belo cão pequinês desapareceu.
Sujeito ___________: ________________________
Núcleo do sujeito: ___________________________
6) Fala-se muito nesta casa.
Sujeito ___________: ________________________
Núcleo do sujeito: ___________________________
7) O lápis e a caneta caíram da mesa.
Sujeito ___________: ________________________
Núcleo do sujeito: ___________________________
8) Amanheceu.
Sujeito ___________: ________________________
Núcleo do sujeito: ___________________________
9) Enganaram o Luís.
Sujeito ___________: ________________________
Núcleo do sujeito: ___________________________
10) Está frio hoje.
Sujeito ___________: ________________________
Núcleo do sujeito: ___________________________

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