Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Interpretação de texto

O médico-fantasma
Esta história tem sido contada de pai para filho na cidade de Belém do Pará. Tudo começou numa noite de lua cheia de um sábado de verão. Dois garotos conversavam sentados na varanda da casa de um deles.
- Você acredita em fantasma?- perguntou o mais novo.
- Eu não!- disse o outro.
- Acredita sim!- insistiu o mais novo.
- Pode apostar que não - replicou o outro.
- Tudo bem. Aposto minha bola de futebol que você não tem coragem de entrar no cemitério à noite.
- Ah, é?- disse o garoto que fora desafiado. - Pois então vamos já para o cemitério, que vou provar minha coragem.
Assim, os dois garotos foram até a rua do cemitério. O portão estava fechado. O silêncio era profundo. Estava tão escuro... Eles começaram a sentir medo.
Para ganhar a aposta, era preciso atravessar a rua e bater a mão no portão do cemitério. O garoto que tinha topado o desafio correu. Parou na frente do portão e começou a fazer caretas para o amigo. Depois se encostou no portão e tentou bater a mão nele. Foi quando percebeu que a camiseta estava presa.
- Socorro! Alguém me ajude!- ele gritou, desmaiando em seguida.
Nisso, apareceu um velhinho vindo do fundo do cemitério, abriu o portão e chamou o outro menino.
- Seu amigo prendeu a manga da camisa no portão e desmaiou de medo. Coitadinho pensou que algum fantasma o estivesse segurando.
O garoto reparou que o velhinho era muito magro, quase transparente.
- Obrigado. Como é que o senhor se chama?
- Eu sou o médico daqui. Vou acordar seu amigo.
O velhinho passou a mão na cabeça do menino desmaiado e ele despertou no mesmo instante.
- Vão para casa meus filhos- ele disse. - Já passou da hora de dormir.
No dia seguinte, os meninos foram procurar o velhinho para agradecer-lhe a ajuda. Mas não o encontraram, nem no cemitério, nem em lugar nenhum.E foi assim que ambos perderam o medo de fantasma,quando perceberam que nem todos os seres misteriosos fazem o mal. Pelo contrário, podem até ajudar. Como aquele médico, que nunca mais apareceu.

PRIETO, Heloisa. Lá vem história outra vez - Contos do folclore mundial. São Paulo: Companhia das letrinhas, 1997.

1) Qual é o título do texto? E qual é o tema?
2) Quantos e quais são os personagens do texto?
4) Quem é o autor do texto?
5) Quantos parágrafos tem o texto?
6) Se algum amigo seu te desafiasse assim como no texto, você aceitaria?

7) Reescreva o ultimo parágrafo do texto, criando um final diferente. (8 linhas)

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