Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

Páginas

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Pirata do Mar, Corsário do Rei

Leia-o para responder às questões em seu caderno.
 Pirata do Mar, Corsário do Rei
 Quando a gente ouve falar em piratas e corsários, logo vem à lembrança a bandeira da caveira com fundo preto e o personagem do Capitão Gancho, da história do Peter Pan. São imagens do mundo da fantasia que têm uma relação com uma época em que o corsário e o pirata eram figuras de destaque. Na verdade, a pirataria é tão antiga quanto a capacidade humana de navegar!
 1 Na Antiguidade, os gregos já enfrentavam problemas com os ataques de piratas e corsários. O mar Mediterrâneo era importante para o contato entre os povos daquele tempo. Através desse mar faziam-se trocas de vários tipos. Os navios que singravam o Mediterrâneo, na maior parte das vezes tinham uma única vela central: triangular, entre os romanos, e quadrada, entre os fenícios.
 2 Durante os conflitos militares, essas embarcações serviam para o transporte de guerreiros e armamentos. E aí as coisas se confundiam: enquanto se faziam trocas culturais e comerciais, dominava-se militarmente as regiões exploradas.
3 Os gregos chamavam habitualmente os fenícios e os cretenses de piratas. Isso quer dizer que, naquela época, eram piratas todos os povos rivais dos gregos que habitavam as regiões costeiras. Esses navegantes eram apoiados e sustentados por suas comunidades de origem e promoviam as disputas pelas rotas mediterrâneas.
4 Na Europa da Idade Média, depois dos séculos VIII e IX, a pirataria confundia-se com a rivalidade religiosa entre os cristãos e os muçulmanos. Os inimigos dos europeus católicos eram sobretudo os berberes, árabes da África no Norte. Eles dominaram a navegação no mar Mediterrâneo, atacando sucessivamente o sul da Europa, em particular a Itália. Chegaram a construir fortificações e portos, que serviam de ponto de apoio para as ações comerciais e militares. Tudo indica que nesse período da história europeia falava-se mais em corsários e em corso.
 5 Assim, a palavra pirata era usada pelos gregos e romanos antigos, enquanto a expressão corsário vem do italiano. A diferença entre as palavras revela uma outra distinção: a pirataria era uma atividade ilegal, era o “roubo” e aplicava-se ao “ladrão do mar”. Já o corsá- rio e o corso cumpriam um serviço oficial, autorizado; o corsário estava a serviço do governo. Por isso, o pirata era uma ameaça e um inimigo da sociedade, enquanto o corsário era um servidor do rei, um defensor da ordem.
6 Os corsários eram, por isso mesmo, incentivados e financiados por um rei que assegurava as forças navais. Naquele tempo não havia marinha como hoje. Por isso, os marujos eram recrutados nos portos, trabalhando em troca de um salário e em troca de uma parte do saque aos inimigos. Uma empresa de corsários contava com uma frota de navios, em geral composta de dois a quatro barcos, como os galeões, abastecidos de armas, como canhões e munição de pólvora. A tripulação era organizada de modo militar, com uma rígida distribuição de tarefas, com oficiais e subordinados.
7 Já os piratas, na maior parte das vezes, só contavam com o apoio pessoal. Por isso, tinham uma organização com maior igualdade de obrigações e direitos, assim como de ganhos. Também havia casos de capitães que conseguiam ser tão bem-sucedidos que armavam uma nau por conta própria e contratavam serviços de marinheiros. Eram grandes empresários ilegais. De qualquer maneira, para os inimigos dos corsários, para os que sofriam seus ataques, todos eram piratas.
8 Seria na América, sobretudo entre os séculos XVI e XIX que os piratas e os corsá- rios iriam ganhar a fama que têm até hoje. Eles saqueavam em toda a parte do continente americano, inclusive no Brasil. Mas foi especialmente no Caribe e nas Antilhas, na região do Golfo do México, na América Central, que eles iriam atuar. Essa era uma região de disputa de território entre espanhóis, ingleses, franceses e holandeses. Essas nações procuravam controlar territórios e mares, de maneira a aumentar o domínio colonial.
9 Ali encontravam-se verdadeiros “ladrões do mar”, ao lado de “corsários do rei”, circulando entre as inúmeras baías e ilhas da área, que favoreciam o esconderijo e a ação disfarçada de contrabando e roubo.
 10 As disputas entre as coroas europeias fizeram com que certos piratas ganhassem “cartas de marca”, a autorização para agir em nome do rei, o que os transformava em corsários. No Caribe e nas Antilhas, esses piratas transformados em corsários iriam receber o nome de flibusteiros — no caso de franceses e holandeses — e bucaneiros — no caso de ingleses. Muitos ficaram famosos como Francis Drake, o Capitão Kid e o Barba-Negra, todos ingleses, e o francês Jean Lafitte.
 11 A atividade de corso e piratas sempre esteve associada à navegação e ao comércio praticado em portos e cidades costeiras. Para manter as aparências e assegurar a proteção, os pontos de apoio e de esconderijo dos piratas ficavam nas pequenas baías ou bocas de rios, nas proximidades dos mercados e portos das cidades.
Questões:
1)Os historiadores costumam dividir a História Ocidental em quatro grandes períodos: Antiguidade (até o século V d.C). — Idade Média (do século V ao século XV) — Idade Moderna (do século XVI ao XVIII) — Idade Contemporânea (do século XVIII até hoje).
 a) A que povos ou civilizações da Antiguidade o texto se refere?
b) Em que mar se desenvolveu a pirataria na Antiguidade e na Idade Média?
 c) Com a colonização das Américas a partir do século XVI, as rotas comerciais se expandem e, por isso, a pirataria se desloca para outros mares. Em qual oceano se concentram as principais atividades dos piratas e corsários nessa época?
2) Quem eram os piratas para os gregos?
3) Qual a diferença entre piratas e corsários?


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Oi! Seja bem-vindo e bem-vinda para ler ou comentar.
Obrigada pela sua visita.
Beijo da Nana Pimentel

Volte sempre!

Volte sempre!

Pesquisar este blog

Minha estante de livros!