Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

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segunda-feira, 9 de maio de 2022

Dia das Mães



Como dizem, dia das mães é todo o dia. Afinal, ela não deixa de ser mãe após ter um filho, seja qual for o modo que ela ou ele surgiu em sua vida. Todavia, fizeram um dia para homenagear. Então, ser lembrada é maravilhoso.

Quando penso no que é ser mãe, questiono o que é ser uma filha boa ou não. Penso que talvez seja um eterno aprender. Agora, ser filha de uma mulher incrível é gratificante, e me conforta em minhas dores a história dela e o que ela me ensinou. Tenho a certeza da sua influência no meu caráter e sua parte do que sou e como vejo o mundo. 

Agradeço ter me permitido ser a filha da Sirlei e ter ficado ao seu lado nos últimos dias dela na terra. Agradeço os momentos compartilhados; as lágrimas e sorrisos, os abraços e os segredos; o cheiro inconfundível do seu corpo. Ah, seu corpo que me abrigou e pude me aninhar inúmeras vezes. A saudade que me dói por não lhe ver, me dilacera. Mas me sinto feliz ao mesmo tempo. Cria uma dicotomia. Pois, é um alívio  ela não ter mais dor e poderes continuar sua jornada junto com Deus e um sofrimento por que seu tempo acabou.

O tempo que a vi sofrer, me rasgava o coração. Eu me deitava no chão de uma sala vazia e chorava por saber que era um processo e seu corpo estava morrendo. Não tinha o que fazer. 

Sofri o luto antes dele acontecer. Hoje, fica a espera, que se for possível, se o Senhor do Universo permitir, um dia vou lhe encontrar e lhe abraçar, nem que seja por um instante.

Revendo as nossas fotos, vejo como tivemos momentos gostosos. 

Olhando-me no espelho, a reconheço em mim. 

Trabalhando a vejo em mim. 

Não sou minha mãe, nem jamais serei. Era linda, delicada, risonha e fina. Eu sou extrovertida, desastrada e nada fina. Mas sou parte dela. E, honro minha mãe.

Acompanhou o instante que me tornei mãe. 

Sou mãe e há 31 anos compreendo o quanto difícil e gratificante é ser uma. 

Tenho uma filha fantástica e um ser humano empático, batalhador, forte e determinado. Alguém que todos os dias me orgulho.

Com minha mãe e minha filha tenho muita coisa compartilhada.  Temos segredos, carinhos, amor, amizade e cumplicidade nos liga. Embora, cada uma tenha personalidades totalmente diferentes, nos respeitamos. Aliás, eu e a Sirlei também éramos opostas em muitas coisas, mas no que se refere ao ver o mundo e as pessoas as semelhanças surgiam.

Minha concha, minha Giovanna, meu grande motivo de existir é o meu amor maior e será assim até o fim do meu tempo aqui. Um segundo que estou ao seu lado e sinto seu cheiro me basta e acalenta meu coração. Eu a amo.

Ser mãe não tem receita, não tem fórmula, não tem certo ou errado. Ser mãe é proteger alguém, amar incondicionalmente, errar ao educar e acertar. É também, pedir perdão pelas falhas e perdoar o rebento. 

A glória, benção, graça, o nome que quiser dar ao ser filha e ser mãe, não importa porque a grandiosidade é imensurável.

Obrigada por ser tua mãe, Giovanna.

Obrigada por ser tua filha, Sirlei.

Obrigada minhas avós Iolanda Leda Pimentel e Eva Rodrigues Tavares, minha bisa Horaides Rodrigues por terem sido/ser essas grandes mulheres. Vocês ensinaram muitas coisas. Essa neta primogênita e sempre será grata ao que me deram. Feliz dia das mães.

Volte sempre!

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