A
língua é viva e se modifica constantemente, portanto, trabalhar com
a gramatica e a norma-culta na escola respeitando-se as variações
linguísticas dos alunos é possível. Afinal, ambas são necessárias
em uma comunicação eficaz.
O
professor que pensa ser as variações linguísticas a única forma
de expressão correta, desconsiderando o uso culto e gramatical das
normas, esta equivocado. Entretanto, só o uso oral da língua padrão
em sala de aula poderá causar o constrangimento a alguns devido a
incompreensão da falta de adequação da língua ao meio. Deste
modo, este também esta equivocado.
É
preciso lembrar: um dos objetivos do ensino da língua portuguesa, no
PCN, é levar o aluno a produzir seu conhecimento, ou seja, se
expressar criativamente durante a comunicação com o outro, o que
não ocorrerá se não houver o equilibrio no uso oral da gramática
e das variações linguísticas. Pois, as diferenças linguísticas
não podem ser vistas como acertos e erros. São formas de expressões
adequadas ou não ao meio em que o falante ou escritor está e/ou
deseja atingir.
Cabe
ao professor, o ensino escolar, ensinar que a diversidade linguística
e a norma-culta são importantes. Sendo na aplicação de planos de
ensino que levem para sala de aula textos de leituras diversificadas
(variadas em suas autorias, regionalidades, historicidade, grupos
humanos) a prática da questão. Desta forma os alunos começarão
a perceber as linguagens existentes, inclusive, induzirá à
comparações com textos orais, escritos e propiciando novas
abordagens como a reescrita de textos, aproximando a língua culta
com a diversidade linguística.
O
linguista Travaglia (2003) diz que ensinar a língua com aquisição
da competência comunicativa e ensinar sobre ela através da
norma-culta e gramática com analise dela é um objetivo do ensino da
língua; e, Callou (2007) afirma que qualquer falante possui uma
gramática internalizada e deve desenvolver seu aprimoramento. Ambos
mostram a importância do equilíbrio do uso da norma e diversidade.
Enfim,
o aluno ao usar a escrita ou a fala respeitando a diversidade e
aplicando a língua culta se faz entender, deste modo, a língua
atinge seu fim, a compreensão do texto, a comunicação.
Autoria: Adriana Tavares Pimentel
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