Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

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domingo, 27 de setembro de 2015

OS PENSADORES DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO “Skinner"

Adriana Tavares Pimentel

Este teórico da psicologia da educação foi adepto do BEHAVORISMO, teoria que diz: “Behaviorismo é um termo genérico para agrupar diversas e contraditórias correntes de pensamento na Psicologia que tem como unidade conceitual o comportamento seja na concepção de Watson ou das diferentes concepções de outros teóricos”. (UFBA)  
Existem confusões ao compararem Skinner a Watson. Watson refere-se a estímulos e Skinner vai além do estímulo citando o homem como modificador e modificável. (Coleção Grandes Filósofos)


Contribuição para a Educação

“Ensinar é arranjar contingências de reforçamento”. (Skinner)

Skinner diz que a educação é a chave da sociedade. Através dela que se encontra as formas e habilidades capazes de tornarem os alunos independentes depois da escola e consequentemente, alcançar o sucesso profissional.
A força da educação a torna o Quarto Poder, Quarta Força ou Quarto Estado, diz ele.  Sendo os três primeiros: a Religião, a Economia e a Política. Portanto, a sobrevivência e a manutenção da espécie estão também condicionadas à forma como este poder é conduzido. Por conseguinte, a principal contribuição de Skinner para a Psicologia foi o conceito de Comportamento Operante que descreve um tipo de relação entre as respostas dos organismos e o ambiente, ou seja, analisável e aplicável a Escola.
O princípio do reforçamento positivo é outra contribuição valiosa de Skinner. Através de seu estudo, inicial, com ratos, percebe-se que os seres vivos são sensíveis às conseqüências dos comportamentos. Por usar ratos foi rejeitado, mas ele reitera sua opinião dizendo que o ser humano é complexo, não é igual a um rato e sim, tem seu comportamento condicionado ao reflexo da ação e conseqüência como outros seres. Todavia, nem tudo que é reforçamento positivo é prazeroso, visto que, há ações positivas como trabalhar mas que no final do mês seu salário venha em atraso ou ainda em valor menor que o esperado.
A punição é prejudicial, ou seja, ela é o inverso do reforçamento positivo, por ser geradora de respostas emocionais e físicas prejudiciais ao desenvolvimento do homem. O extremo da punição pode desencadear a “supressão do responder” como a evasão escolar ou a depressão. O erro pode ser importante para o educador, mas para o aprendiz é punitivo.

“O behaviorista skinneriano vai olhar sempre as respostas, os contextos em que elas estavam e as conseqüências geradoras, ou seja, as conseqüências tríplices”. (Coleção Grandes Filósofos da Educação)

Outra contribuição de Skinner é a modelagem, aproximações sucessivas ao comportamento final desejado. Teoria expressada no livro “Tecnologia do Ensino” que aborda a descoberta dos princípios da aprendizagem, podendo explicar o comportamento do aprender. Afirma: “dada às condições para aprender, todo o ser aprende”. Não existe aluno ou professor problema e sim, uma relação envolvida com condições físicas, ambientais e psicológicas que podem não estar adequadas à aprendizagem.
O aprender tem que ser agradável e gradual para que o aluno consiga se apropriar de um conhecimento. Sendo assim, o professor propõe sem verdades eternas e observa. Se o ser que aprende não consegue no ritmo proposto ou da forma proposta, muda-se. O aluno não é o único responsável pelo seu aprender, ou seja, rejeição ao mentalismo. O aprender depende da interface entre a filogênese e o meio de ensino propiciado pelo professor e pela escola.
O modelo de seleção pelas conseqüências é uma contribuição que parte da afirmação de que o homem é determinado pela sua: FILOGÊNESE, o que somos como espécie, ou seja, não adianta nos ensinarem a voar como pássaros porque não seremos capazes disto visto que não temos o corpo para tal ação. A OUTOGENESE, é como construímos nossa vida, ou seja, minhas relações pessoais com familiares, amigos ou sociedade. E, a CULTURA, as práticas de linguagem e comportamento verbais que são transmitidas a cada um.
Retira da educação o julgamento onipotente da avaliação feito pelo professor. A avaliação é para Skinner uma etapa do aprender através da verificação do que foi ensinado. Se realmente aconteceu ou não. Sendo que a avaliação continua é a mais adequada a ser usada, pois cada indivíduo tem seu tempo e deve ser priorizada pela avaliação individual. As escolas precisam ser agradáveis com beleza, cheiros bons.
No sistema individualizado, cada aluno tem seu ritmo e deve ser respeitado o 100% da aprendizagem de cada uma das partes do que será aprendido. O aprender acontecerá respeitando, necessariamente, as condições ambientais, físicas e mentais em que o aprendiz está inserido. No entanto, é importante ressaltar que o aluno precisa sempre ser informado o que é esperado dele.

Exemplificando a Teoria de Skinner

Ao longo dos estudos de comportamento, Skinner mostrou a relevância das Ações no desenvolvimento cognitivo e a importância do professor como mediador na sala de aula. Referiu-se a um quarto poder como sendo o do professor por acreditar na interferência positiva e/ou negativa que este pode ter sobre o ser humano em formação. Exemplificando:

 1. Estímulo e respostas – O ser humano reage sobre o mundo. Modifica-o e é modificado por ele. Está em constante crescimento.
a)    Alunos que recebem elogios sentem-se valorizados e demonstram aumento da auto-estima e melhora no rendimento escolar.
b)    Alunos que recebem punições tendem a evasão escolar.

2. Punição - Causa decréscimo no rendimento escolar.
a) Experiências aversivas são adicionadas: aluno com nota baixa e professor o expõe ao grupo.
b) Experiências de subtração dos facilitadores de comportamento: aluno com  nota baixa cumpre o “castigo”, sem o intervalo.

3. Comportamento do aprender – deve ser prazeroso, ou seja, consequências naturais sejam priorizadas no ensino.
a) Para um aluno aprender a ler ele precisa ter contingências ambientais e pessoais para que isto ocorra.

4. Avaliação ideal – cada indivíduo tem seu tempo e deve ser priorizada pela avaliação individual.
a) O aluno é considerado em seu todo dentro e fora da escola. Analisa os eventos encobertos (as emoções, os pensamentos) diante do teste/prova.
Pergunta ao aluno o porquê o aluno errou e o que estava pensando e a partir disto verifica o “erro”. Considerando sempre o diário do aluno.


Bibliografia


Coleção Grandes Filósofos da educação: Skinner https://www.youtube.com/watch?v=E_C5Yzpb8yQ






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