Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Climatério

Acredito ser extremamento importante sabermos as transformações de cada etapa da vida. Por isso, estou postando um artigo maravilhoso da Istoé Online - http://www.terra.com.br/istoe/biblioteca/saudemulher/climaterio.htm



Artigo: Em busca de um sexo bem melhor

A revolução hormonal que precede o fim do ciclo reprodutivo provoca angústias e desconfortos, mas a mulher já consegue passar por esse período sem perder a beleza e a vitalidade

Nos últimos 40 anos, as mulheres passaram por revoluções surpreendentes. Depois de séculos vivendo a ditadura do sexo para procriação, experimentaram as loucuras do amor livre na década de 70. Dez anos depois, foram obrigadas a repensar seu comportamento e partir para a política do sexo seguro em tempos de Aids. Agora, as mulheres estão aprendendo a conviver melhor com uma fase natural da vida, mas até há pouco tempo cercada de mistérios, mitos e considerada uma espécie de melancólico ponto final: o climatério - fase que antecede a última menstruação (menopausa). É verdade que muitas mulheres ainda sofrem efeitos desagradáveis típicos deste período, como o folclórico calor, mas, com a ajuda de novos medicamentos - e principalmente mais informação -, as mulheres estão demonstrando como é possível passar pelo climatério e chegar à menopausa sem perder a energia, a vitalidade e a beleza.

Ovulação
Na verdade, o climatério é mais uma das revoluções hormonais pelas quais as mulheres passam ao longo da vida. Nesse período, que em geral acontece a partir dos 40 anos, o corpo diminui gradativamente a produção dos principais hormônios femininos (estrógeno e progesterona), caracterizando o fim da ovulação e, portanto, do ciclo fértil. Tudo isso faz parte de um caminho normal da natureza feminina. As mulheres nascem, em média, com 200 mil a 400 mil folículos ovarianos. A partir do estímulo dado pelo hormônio folículo-estimulante (FSH), produzido por uma glândula no cérebro (hipófise), os folículos crescem e amadurecem. Dentro deles é que se encontra o óvulo.

Os principais sinais

Cerca de 80% das mulheres no climatério apresentam algum sintoma clínico. Destas, 20% sentem manifestações intensas, 50% médias e 20% de baixa intensidade

- Menstruações com intervalos ou volume irregular
- Ondas de calor (fogachos)
- Suores noturnos
- Diminuição da lubrificação vaginal
- Diminuição do desejo sexual
- Ressecamento da pele
- Insônia
- Desânimo
- Irritabilidade
- Perda de energia
- Aumento de peso
- Aumento nas taxas de colesterol

Quando o folículo atinge um certo tamanho, começa a produzir o estrógeno - hormônio feminino - que é liberado para a circulação. Ao mesmo tempo, o folículo maior cresce tanto que "estoura" e libera um óvulo para ser fertilizado (ovulação). Com o passar do tempo, no entanto, vão restando apenas os folículos que respondem menos à ação estimulante do FSH. Além de serem folículos mais velhos, também estão em muito menor número. Dessa forma, os poucos folículos que restaram nessa fase não crescem e não produzem mais estrógeno. A ovulação começa a se tornar cada vez mais irregular até acabar definitivamente. E como a progesterona só é produzida se ocorre a ovulação - é este hormônio que promoverá alterações no útero para que o óvulo se fixe, dando início à gravidez, na hipótese de fecundação -, não haverá produção suficiente deste hormônio, deixando as menstruações irregulares até que elas também terminem. Essa revolução, natural e esperada, acaba deixando, no entanto, o organismo da mulher mais vulnerável. Por causa do fim da produção do estrógeno, por exemplo, aumentam as chances de doenças cardiovasculares. Isso porque o estrógeno é um dos protetores da mulher contra esses males. Ele aumenta a produção do colesterol bom (HDL), que ajuda a evitar o depósito de gordura nas artérias e também diminui o colesterol ruim (LDL), que faz a ação inversa. É também nesta época que se elevam os riscos de desenvolver a osteoporose, doença caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos. A perda de cálcio, que começa logo depois que a mulher atinge o seu pico de massa óssea (por volta dos 25 anos), tende a crescer à medida que a quantidade de estrógeno no organismo vai diminuindo. "Nos primeiros cinco anos depois da última menstruação, essa perda pode chegar a 1% a 4% de massa óssea por ano", diz a ginecologista Suelly Coltro, de São Paulo. O estrógeno, nesse caso, tem a função de melhorar a absorção de cálcio pelos ossos e pelo intestino.

Sinais
A irregularidade menstrual (aumento ou diminuição dos intervalos entre uma menstruação e outra no volume de sangue) pode ser o primeiro sinal de que as modificações hormonais do climatério estão em curso no corpo da mulher. Fora isso, cerca de 80% das mulheres apresentam outros sintomas de intensidade variável durante o período, como as ondas de calor, conhecidas como fogachos, que se manifestam principalmente à noite, fazendo subir pelo rosto e pelo tórax uma forte sensação de calor e provocando suores. A mulher também pode sentir fadiga, irritabilidade e depressão. A origem dos fogachos ainda não está completamente esclarecida pelos médicos. Felizmente, porém, sintomas como esses não fazem sofrer todas as mulheres que passam pelo climatério. "Apenas 30% das mulheres sentem sinais intensos", alerta o ginecologista Cesar Eduardo Fernandes, professor da Santa Casa de São Paulo e presidente da Sociedade Brasileira do Climatério (Sobrac).

Combinação - Os motivos para a desconfiança estão baseados em uma longa história. Quando a TRH começou a ser usada, utilizava-se apenas estrógeno, exatamente pelo fato de ele ser o hormônio que mais traz benefícios. O problema é que o estrógeno utilizado sozinho por muito tempo pode levar ao aparecimento de câncer de endométrio (revestimento interno do útero). Mas se descobriu, depois, que bastava usar a TRH combinada (estrógeno mais progesterona) que esse risco desaparecia. O que existe hoje, na verdade, é uma preocupação em torno da TRH e sua relação com câncer de mama. Ainda não se tem consenso científico sobre a existência dessa relação, embora grande parte dos trabalhos mostre que a terapia de reposição não causa esse tipo de tumor. Ao contrário, já se sabe, por exemplo, que uma mulher que venha a desenvolver câncer de mama terá uma sobrevida maior aos tratamentos - viverá mais após uma cirurgia, quimioterapia ou radioterapia - se tiver feito TRH em relação àquela que não fez simplesmente porque estará em melhores condições cardiovasculares e gerais de saúde.

Os benefícios da reposição hormonal

O que o estrógeno e a progesterona podem fazer pela sua saúde

- Alívio dos sintomas do climatério (ondas de calor, insônia, suores)
- Melhora a absorção de cálcio e previne a osteoporose
- Melhora a lubrificação vaginal
- Ajuda a reduzir os níveis de colesterol
- Protege o coração, diminuindo a incidência de infartos
- Impede o ressecamento da pele e favorece a elasticidade cutânea

Há ainda outra lista de benefícios da TRH. Estudos já comprovam a redução na incidência do mal de Alzheimer (doença degenerativa que tem a demência como uma de suas principais características) com o uso de estrógeno. Outra pesquisa, publicada recentemente pela revista The Lancet, uma das mais conceituadas publicações científicas do mundo, mostra que, comparando-se mulheres de uma mesma faixa etária, aquelas que faziam uso da TRH aparentavam oito anos menos que as do grupo sem tratamento. Isto porque o estrógeno - ele de novo - também aumenta o teor de colágeno da pele (o colágeno é a substância que dá sustentação à pele). Existem ainda outras opções para reduzir os riscos de osteoporose e doenças cardiovasculares, além da TRH. Um exemplo é a droga raloxifeno. Disponível no Brasil desde 1997, o raloxifeno atua de forma seletiva, liberando a entrada do hormônio estrógeno nas células dos ossos, coração e outros tecidos ao mesmo tempo que bloqueia sua ação nos tecidos da mama ou do útero. Como se vê, com a ajuda da ciência - e também a partir de uma nova maneira de ver a vida - a mulher vai aprendendo que o climatério nem de longe marca o começo do fim. É apenas mais uma revolução.

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