Sério!
Tem coisas que se contar ninguém acredita. No entanto, a situação
foi tão inusitada e como dizer, infeliz, que é impossível não
escrevê-la.
Nesses
meus dias de caos financeiro e profissional encontrei uma forma de
aliviar meu corpo do stress. Saio para andar de bicicleta todos os
dias, sem hora certa.
Essa
semana peguei minha magrela rosinha e fui passear. Logo que sai de
casa, encontrei um senhor muito distinto, embora humilde, mais ou
menos nos seus 60 anos também de bicicleta que me cutucou no braço.
A cena no mínimo foi engraçada.
Olhei
e cumprimentei amistosamente. Nossa relação nunca foi além de um
alô e tchau. Todavia, fui abordada com essa fala: Fiquei sabendo que
você é maravilhosa na arte do amor.
Na
hora fiquei tão chocada com as palavras e sem acreditar no que
estava ouvindo. Isso que não sou puritana. Olhei o indivíduo e
falei um sonoro: Quê?
Ele
repetiu e incrédula, perplexa vi que ele estava acreditando
fielmente em suas palavras e o pior, não estava nem bêbado.
Olhei
e respondi: Obrigada. Depois a gente se fala.
Imaginem,
se obrigada é resposta que se dê?
O
susto foi tão grande que “me caiu os butiás dos bolsos moro
abaixo”
Mais
tarde contei para minha filha e suas amigas a história, elas deram
muitas risadas. Brincaram que agora era só montar um clube da noite
como o da “tia Carmem”, famoso em Porto Alegre. Claro, todas elas
brincando do ridículo acontecimento.
Obviamente,
ainda não entendi o que se passou na cabeça daquele senhor.
Fiquei
pensando o que lhe fez dizer essas coisas e não encontrei resposta
plausível para tal.
Se
eu tivesse dinheiro até poderia ser um “dama da noite”. Se eu
tivesse um namorado, caso ou alguém nesses 18 meses na pequena
cidade em que moro, também seria possível.
Contudo,
não tenho emprego, dinheiro, nem alguém. Estou só a muito tempo.
O
que será que aconteceu?
Não
sei se terei a resposta até porque dificilmente eu o abordarei com a
questão mas fica o registro da poderosa, maravilhosa. Adriana na
arte do amor.
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Beijo da Nana Pimentel