Fruto
da imaginação de Lucy ela diz: Vasculhando minhas gavetas encontro
meu passado em uma carta de meu bem. Ele intitulou: "CARTA AO
MEU BEM"
Eis
a carta:
Din-don,
din-don. São minhas linhas chegando a ti cheias de curiosidades pelo
teu dia-a-dia e loucas para te contar tudo que vejo. Num envelope
lacrado com teu nome desenhado, pelas mãos deste homem de roupas
amarelas, te é entregue.
Sinto
uma saudade tão forte que meu corpo teima em mostrar em minha face.
Todavia, aqui estou embriagado com as belezas que meus dedos teimam
em te relatar nestas linhas.
Tu
não tens ideia como meus olhos se empolgam quando veem tão lindas
mulheres. Mais parecem deusas que jogam seus feitiços, mas não me
sinto a altura de tocá-las e acabo por me esquivar de qualquer
aproximação. Assim, ando por caminhos os quais não correrei riscos
de ser atingido por essa magia. E quando, meu coração e mente se
unem na dor da saudade, procuro evitar qualquer aproximação de
sincretismos religiosos do povo. Afinal, corro risco de acreditar na
onipotência de algo superior a mim. Algo com poder de controlar meu
destino e não mais, ser eu, o único detentor de meu amanhã.
Às
vezes, acabo por me contradizer sobre minhas concepções quando vejo
algumas situações inacreditáveis acontecerem. Torno-me menos razão
e mais emoção.
A
situação é tão confusa em mim que outro dia, pensei ter visto a
onipotência em pessoa. Tu nem imaginas. Corri pra cumprimentá-lo
pela sua grandiosidade da criação, mas tudo foi um engano e minha
descrença nele voltou a se estabelecer.
Ah,
tu sim, tens uma importância tão grande que meu mundo está a
querer aqui, te sentir, te ver, te falar de pertinho. Meu corpo te
suplica e propõe a troca de teus lindos presentes que aqui te
aguardam por um só toque teu. Verás que és única quando teus pés
tocarem esse solo e sentires o mundo a fazer-te honras por tua
chegada.
Teu
voo aterrissa que horas? Não irei a tua terra, mas porque tenho
certeza que devo preparar tua chegada.
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Beijo da Nana Pimentel