Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

Páginas

terça-feira, 22 de julho de 2014

Corpo cultural e religioso



Um valor importante: O amor
Um símbolo: o sol
Um rito religioso: o agradecimento

Uma oração: Deus obrigada pela teu amor por mim, misericórdia pelos meus erros e te peço a luz pra minha caminhada.

Uma frase: Deus está dentro de mim e em tudo que existe no mundo.

Um texto significativo: “Oração de São Francisco adaptada”
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofenssa, que eu leve o perdão
Onde houver a discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero que eu leve a esperança
Onde houver a tristeza, que eu leve alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz
Ó mestre, fazei-me que eu procure mais, consolar que ser consolado
Compreender que ser compreendido
Amar, que ser amado
Pois é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado
E, é vivendo com respeito ao diferente que se cria um amanhã melhor.



Nome: ADRIANA TAVARES PIMENTEL

Um adjetivo qualitativo para esse nome: Aprendizagem

Território tradicional dessa família:
Nos primórdios da trisavó paterna da Alemanha, da trisavó materna da França e Espanha.

Gerações posteriores: PASSO FUNDO/RS (mistiçados com índios, brasileiros e portugueses em um laldo da família), área rural de MARATÁ E SÃO GABRIEL ( mistiçãdos com negros, espanhois e portugueses).

Em resumo, uma família tipicamente brasileira.

Uma perspectiva: Maior valorização da sociedade ao respeito às diferenças de raças e religiões.

Sua tradição religiosa: Quando criança em um fim de semana frequentava com meus avós maternos o salão das Testemunhas de Jeová, e no outro, com meus avós paternos frequentava a Igreja Católica Apostólica Romana.

Durante a vida: sempre respeitei todas as tradições religiosas e também, fui prestigiar quando convidada.

Hoje: Minha religiosidade é professada nas conversas com Deus em qualquer lugar que sinta necessidade.

Alimentos: Tirando leite, todos bem vindos.

Bebidas: Todos os tipos de sucos e álcool não são de meu agrado.

Vestes significativos: calças jeans, sapatos de salto e anéis.

Sobrenome da família Tavares – português
Pimentel - espanhol

Um adjetivo qualitativo para esse nome:
Tavares – Guerreiros
Pimentel - Audaciosos

Um evento: Natal em família

Um tempo: Hoje

Um espaço religioso: Cemitério






sábado, 19 de julho de 2014

Uma questão de leitura

A maioria de nós ainda anda presa à idéia de que saber ler é estar alfabetizado para juntar letras a sons, oralizando o escrito. No entanto, podemos ler uma frase inteira na própria língua materna e não entender o seu sentido. No primeiro caso, é costumamos dizer que deixamos de ser analfabetos; no segundo, atestamos que nos mantemos analfabetos funcionais. Como diz o poeta Mário Quintana, “analfabeta não é a pessoa que não sabe ler, mas a que sabendo, NÃO lê.”

E que diferença faz? Toda. Ler, na verdade, é interpretar não só a palavra, mas o mundo, como o demonstrou Paulo Freire, porque tudo é texto à nossa volta e em nós, todas as práticas de vida, todas as linguagens, do verbo ao gesto, do corpo à imagem: tudo precisa fazer sentido e somos responsáveis pelos que damos às coisas e aos outros. E se lemos pouco ou nada, temos um vocabulário estreito, o que torna nosso pensamento estreito, e traz distorções graves à vida social e pessoal. Quantos mal-entendidos não são gerados de nossos equívocos de interpretação – interação nossa com a linguagem, onde penetramos o mundo surdo das palavras, como disse em verso, Carlos Drummond de Andrade.

Mais que isto, o filósofo austríaco L. Wittgenstein disse que o tamanho do mundo de cada um corresponde ao tamanho da sua linguagem. Quem não pode expressar um sentimento, um pensamento, a bem da verdade, não o possui, porque preso dentro de nós eles não nos permitem estabelecer o laço que nos torna humanos, o laço da alteridade, o encontro com o outro – personagem de ficção ou de carne e osso – no qual nossa vida se espelha e se reflete... Quanta coisa acontece enquanto lemos e nem o percebemos! Porque lemos também tudo e antes mesmo da escrita. Já vimos uma criança suja de lama da água da chuva, entrar em casa pé ante pé, esgueirando-se para o chuveiro, antes que a mãe o veja? Ele “lê“ a situação com sua experiência e a consciência de que é capaz. Lemos mesmo quando analfabetos e ágrafos. Lemos o tempo para nos vestir, lemos a estrada para conduzir.

Mas estar no mundo contemporâneo exige muita leitura, porque mesmo a esperteza, por falta de leitura, acaba caindo no laço. Ler implica muitas coisas: se ultrapassamos pelo acostamento, se construímos casa em lugares de risco, se jogamos lixo fora das caixas coletoras, não somos leitores mesmo! Se autorizamos licenças indevidas, se vendemos produtos com data vencida, se queremos “levar vantagem em tudo”, mais que corruptos e corruptores, não somos leitores. A leitura é uma exigência da qualidade de vida, quer dizer, de convívio, de trocas condicionadas à retribuição de direitos e deveres comuns. A leitura é condição de cidadania.
Mas não aprendemos a ser leitores apenas nos livros escolares, e às vezes, nem neles. A condição de leitor é um longo e permanente exercício que começa na sala de aula com uma série de informações que nos deveriam ajudar a estar no mundo e avança para um mundo que não vivenciamos, um mundo de possibilidades, que se oferece pela ficção, que convoca os sentimentos e a inteligência, que nos comove e descortina horizontes, para muito que possamos ser no mundo; ser pessoas com um nome verdadeiramente próprio. A literatura, o cinema, o teatro, a música rasgam nossos horizontes e mesmo sem nunca viajarmos, podemos percorrer tempos e espaços do passado e mesmo do futuro. E isto nada disto tem sua origem na mídia que aliena e induz ao consumismo como status social. Ganhamos sabedoria.

Depois do desastre ecológico de 2011, a população da serra ficou muito vulnerável, pois, a leitura das chuvas desde então, é interpretada como ameaça. Se tivéssemos lido no Guarani, de José de Alencar, a enchente do Paquequer, aqui em nosso Estado, teríamos recordado a sensação e a dimensão das forças da natureza, quando elas se desatam. As autoridades discursaram, prometeram publicamente muitas realizações e o resultado é pífio: estamos lendo o vazio, a irresponsabilidade, como lemos as atitudes de oportunistas, saqueadores que abusaram da dor alheia naquele momento.

Contudo, havia gente de carne e osso que sobreviveu ao cataclismo, que perdeu tudo e ficou com a memória das pessoas queridas, das coisas vividas, de uma foto amassada aqui, de uma blusa rasgada ali, de um quadro que estava na parede, da bicicleta retorcida na margem da avalanche: ficou com suas histórias. Falar delas pode ajudar a tratar do sofrimento, recuperar seu valor, garantir uma reflexão que ajude certas coisas a não se repetirem. Pouca gente recebeu cuidados desta ordem, pois a urgência era enterrar os mortos, alojar desabrigados e esquecê-los.
Queremos lembrar para curar-nos de tanta dor e, a leitura de literatura pode ajudar muito; lendo nos identificamos, liberamos sentimentos, achamos as expressões, recordamos nossas próprias histórias; podemos inclusive, escrevê-las, guardá-las, não para ocultá-las, como disse Antonio Cícero, mas para colocá-las à mostra, exibi-las, para que não se percam.

Foi o que procurou fazer o projeto Serra Viva da Secretaria de Cultura do Estado, através da Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio que, com 60 jovens da região, em processo de formação de leitores, visitou as famílias de Córrego D’Antas, de Vieira e do Vale do Cuiabá, no eixo mais catastrófico das águas, e conversou, gravou histórias, fez fotos e vídeos, recuperou a memória dos antepassados, sua própria vida, exorcizou aquela noite e começou a ganhar voz para ter vez na demanda por uma recuperação física e material de suas áreas. Demandar responsabilidade cívica.

Não foi possível contar com um apoio mínimo que fosse para os meninos dos três municípios do projeto, terem pelo menos passe livre com a camiseta do projeto para circular; nem com prefeituras que, mesmo dispondo de renúncia de capital de outras fontes, se dispusessem a garantir meia dúzia de micro-gravadores; nem de empresários que colaborassem para se reunir e preparar os meninos em suas dependências; nem ajuda para erguer um chalé da memória nestas regiões onde muita verba desapareceu em outros fins. Para realizar a festa de balanço do queria ser um piloto desta ação de cultura e memória, foi preciso contar com o Sesc e com a PUC-Rio. Por lá, às dez da manhã deste sábado, uma exposição e depoimentos de quem viveu o projeto e conta em poder prosseguir com as leituras de casa em casa, nas comunidades, que espera bibliotecas e centros de memória e não apenas shoppings. É pela leitura, (com livros e leitores), que os homens se tornam humanos, como profetizava Lobato.

Eliana Yunes

terça-feira, 15 de julho de 2014

Leitura correta é ginástica para o cérebro

Anna Fedorova
Muitas pessoas pensam que simplesmente lendo livros elas se desenvolvem. Mas isto está longe de ser assim. A leitura sem sistema sobrecarrega o cérebro de informação, não lhe permitindo assimilar. Como é correto ler, ser beneficiado, se aperfeiçoar e desenvolver o intelecto?
Saber ler realmente influi fortemente sobre a reação do cérebro. Em primeiro lugar, torna mas complexa a organização da zona visual do córtex cerebral. Em segundo lugar, na pessoa que sabe ler, praticamente toda a rede de neurônios, que responde pela assimilação da linguagem oral no hemisfério esquerdo, é ativada também com a ajuda de texto impresso.
Mas acontece que a leitura tradicional tem falhas: falta de atenção e de programa flexível de leitura, quando todos os textos são lidos com a mesma lentidão, movimentos de retorno dos olhos para o que já foi lido, e, naturalmente, o "inimigo número 1" - falar para si o texto lido. Como resultado, a informação não é memorizada e escapa o sentido do que está escrito.
Diariamente o homem moderno tem de ler dezenas de páginas de textos - não apenas literatura de ficção, mas também informações no trabalho, imprensa, correspondência de trabalho e pessoal. Por isso a leitura correta, antes de mais nada, subentende a assimilação eficiente da informação. Diferentes técnicas de leitura dinâmica ensinam não apenas a ler rapidamente, como muitos pensam, partindo do nome, antes de mais nada a entender o conteúdo do texto e assimilá-lo com utilidade para si.
Para alcançar tal assimilação eficiente, é preciso treinar. Como? Lendo. Mas com certo método. Em primeiro lugar, fazendo exercícios sistemáticos de ampliação do campo de visão, eliminando a pronúncia das palavras, e aplicando o arranque da essência dos algoritmos da leitura. E não esquecendo que isto não é diversão, mas o caminho complexo de reestruturação do trabalho do cérebro.
Pode-se treinar tanto em textos ficcionais conhecidos (pela forma, pelo conteúdo, pelo autor), como em artigos informativos, de jornais ou científicos. O importante é o desejo de haurir várias ideias. Antes da leitura é necessário ter uma idéia de que informação você quer extrair do texto, tentar adivinhar o conteúdo da página. É muito importante a disposição, pois se você se prepara para notar a aspereza do texto, como resultado notará justamente ela. Mas se se prepara para obtenção de um fato, você o receberá.
O próximo passo importante é aprender a ler em silêncio, não pronunciando com a boca ou em pensamento o texto. Esta capacidade desvia a atenção e reduz consideravelmente a velocidade. Aqui é importante se controlar: se seus lábios se mexem - aperte com um palito de dente ou lápis. É mais difícil controlar a pronúncia em pensamento. Um dos métodos é ler e bater o ritmo com a mão, por exemplo.
A habilidade em se concentrar no problema é um dos componentes do trabalho intelectual bem-sucedido. Existe um exercício simples, que pode ajudar - é a leitura das palavras ao contrário, mas não em voz alta e sim em pensamento. Lendo a palavra de trás para frente é preciso inicialmente imaginá-la por letras e depois ler. Se nesse momento a consciência casualmente se distraiu com algo alheio, é preciso fazer o exercício novamente. Ao mesmo tempo é treinada também a atenção. Para não perder tempo em vão, pode-se realizar este jogo-exercício no transporte público.
Com frequência comparam o método de leitura dinâmica com o esporte, só que aqui se desenvolvem não os músculos mas o cérebro. Pesquisas provaram que os que dominam a leitura dinâmica têm mais velocidade dos processos nervosos, reflexos mais rápidos. Por isso não temam aprender a leitura dinâmica - isto é útil.
transcrito de http://portuguese.ruvr.ru/2013_08_04/leitura-correta-e-ginastica-para-o-cerebro-0916/ 

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