Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

Páginas

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Proposta de Dissertação

Redija uma dissertação a tinta, desenvolvendo um tema comum aos textos abaixo.

Obs.: O texto deve ter título e estabelecer relação entre o que é apresentado nos textos da coletânea.

Texto II

As reproduções de nós mesmos nos celulares e câmeras digitais - os chamados selfies - parecem querer nos iludir de uma só coisa: somos brilhantes, bonitos e perfeitos. Exatamente por isso é que nos reproduzimos incessantemente nas redes sociais, como se estivéssemos em plena função de trabalho, já que nos divulgar parece ser o ponto principal do momento empobrecedor em que vivemos, no qual as experiências humanas estão limitadas a nossa própria imagem em nosso esplendor.

Egon Vieira, antropólogo

Texto III

Não vejo como negativas as estratégias de autopromoção, pois embutido naquilo que parece ser mero exercício de vaidade pode estar a consciência de que somos capazes de ter elevada autoestima e sentimento de pertencimento a um grupo que, por exemplo, curte nossas fotos nas redes sociais. Negativos são atos de vandalismo, negativo é o preconceito, a exclusão social. Deveríamos estar mais preocupados em não atacar o outro. Enquanto o mal da civilização for tirar fotos de nós mesmos e nos exibir, a humanidade estará a salvo.

Joana Cruso de Alencar, psicóloga

Texto IV

O que a Fotografia reproduz ao infinito só ocorreu uma vez: ela repete mecanicamente o que nunca mais poderá repetir-se existencialmente. [...] Seja o que for o que ela dê a ver e qualquer que seja a maneira, uma foto é sempre invisível: não é ela que vemos.

Roland Barthes, filósofo

Temas de redação – Mackenzie – Vestibular 2015 – 2º semestre

Redija uma dissertação a tinta, desenvolvendo um tema comum aos textos abaixo.

Obs.: O texto deve ter título e estabelecer relação entre o que é apresentado nos textos da coletânea.

Texto I

O número de ações trabalhistas ajuizadas por empregados domésticos no Estado de São Paulo cresceu 24,8% no ano passado, em comparação com 2013. Entre os 30 motivos identificados nas demandas judiciais movidas por empregados domésticos, as principais queixas são o reconhecimento de vínculo empregatício, pagamento de verbas rescisórias e pagamento de benefícios como vale-transporte e horas extras.

Adaptado da Folha de S.Paulo, texto de Gilmara Santos, 10/3/2015

Texto II

A trabalhadora doméstica é um problema - qualquer mulher é subjugada no ambiente doméstico, seja pela total responsabilidade com as cansativas e improdutivas atividades do lar, seja pela delegação dessa tarefa a outra mulher, que sob ela e com ela participa da divisão injusta do trabalho patriarcal. Mas nas casas, o que está em cena são questões graves: raça, classe social e gênero. Muitas feministas pertencem à classe social que se utiliza de outra. Porém, as duas participam de uma história de aviltamento. Tanto a dona de casa quanto a empregada participam de um processo histórico de rebaixamento à condição de mulher como escrava do lar.

Márcia Tiburi

Texto III


Texto IV

Essa PEC [Proposta de Emenda à Constituição] das empregadas precisa ser muito discutida; como foi mal concebida, assim será difícil de ser cumprida, e aí todos vão perder. A intenção de dar as melhores condições à profissional faz com que seja quase impossível que o empregador tenha meios de cumprir com as novas leis; afinal, quem vai pagar esse salário é uma pessoa física, não uma empresa.

Danuza Leão

Vestibular Fuvest 2004
Redação
Nos três textos abaixo, manifestam-se diferentes concepções do tempo; o autor de cada um deles expõe uma determinada relação com a passagem do tempo. Leia-os com atenção:
Texto I
Mais do que nunca a história é atualmente revista ou inventada por gente que não deseja o passado real, mas somente um passado que sirva a seus objetivos (...) Os negócios da humanidade são hoje conduzidos especialmente por tecnocratas, resolvedores de problemas, para quem a história é quase irrelevante; por isso, ela passou a ser mais importante para nosso entendimento do mundo do que anteriormente.
(Eric Hobsbawm, Tempos interessantes: uma vida no século XX)
Texto II
O que existe é o dia-a-dia. Ninguém vai me dizer que o que aconteceu no passado tem alguma coisa a ver com o presente, muito menos com o futuro. Tudo é hoje, tudo é já. Quem não se liga na velocidade moderna, quem não acompanha as mudanças, as descobertas, as conquistas de cada dia, fica parado no tempo, não entende nada do que está acontecendo.
(Herberto Linhares, depoimento)
Texto III
Não se afobe, não,
Que nada é pra já,
O amor não tem pressa,
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário,
Na posta-restante,
Milênios, milênios
 
No ar...
E que sabe, então,
O Rio será
Alguma cidade submersa.
Os escafandristas virão
 
Explorar sua casa,
Seu quarto, suas coisas,
Sua alma, desvãos...
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas, palavras,
Fragmentos de cartas, poemas,
 
Mentiras, retratos,
Vestígios de estranha civilização.
Não se afobe, não,
Que nada é pra já,
Amores serão sempre amáveis.
Futuros amantes quiçá
Se amarão, sem saber,
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você.
(Chico Buarque, "Futuros amantes")
Redija uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, na qual você apontará, sucintamente, as diferentes concepções do tempo, presentes nos três textos, e argumentará em favor da concepção do tempo com a qual você mais se identifica.
Redação n5 - “O tempo de cada um, cada um a seu tempo”.

Talvez uma das maiores conquistas da humanidade em sua evolução das cavernas à sociedade moderna seja o conceito de tempo. Com a idéia de passagem do tempo, está a idéia de evolução, de mudança, de expectativas que virão, de lembranças do que já veio. A concepção de tempo nos diferencia dos demais elementos da natureza – animais, vegetais, seres inanimados em geral, todos estes vivem em um cotidiano atemporal, perene, interrompido apenas com a morte (para os seres vivos) e a destruição. O homem consciente do tempo é consciente de sua mortalidade, de sua condição efêmera e talvez por isso busque a cada momento modificar o mundo que o rodeia e interagir com seus componentes. Talvez seja o próprio tempo que nos faz verdadeiramente humanos.
Por ser o tempo um conceito humano, tantos existe, quanto os seres que o concebem. Para uns, o tempo é história, aprendizado com as experiências passadas, referencial para nossa compreensão do mundo; o tempo de Hobsmann, crítico analítico, manancial de conhecimento. Para outros, o tempo é o instante, é presente, efêmero, é agora, sem maiores divagações; o tempo de Heriberto, fugaz e irreversível. Alguns, por fim, vêem o tempo com olhos contemplativos, num amanhã sem pressa, por ser inevitável. Tudo chegará um dia, como o amor da canção de Chico Buarque. Nada é para já, e certas coisas serão o que são, não importa em que época. Certas coisas desafiam o próprio tempo.
A verdade talvez resida nos versos do músico. O tempo, surgido para dar um sentido à existência humana, acabou por escravizá-la. O homem moderno é refém do tempo, seja ele passado ou presente. Sem perder tais tempos de vista, poderia ser mais interessante voltar os olhos para o futuro, aguardar sua chegada com calma, dele desfrutar quando tornar-se presente e dele recordar-se quando virar passado. Seria um resgate à serenidade das eras atemporais, sem descuidar do progresso e da necessidade de mudar que a idéia de tempo traz ao homem.
Não se afobe não, que nada é pra já”.


Dissertação é um texto que se caracteriza pela exposição, defesa de uma idéia que será analisada e discutida a partir de um ponto de vista. Para tal defesa o autor do texto dissertativo trabalha com argumentos, com fatos, com dados, os quais utiliza para reforçar ou justificar o desenvolvimento de suas idéias.
redação dissertativa, devemos distinguir os dois tipos de dissertação existentes: a dissertação expositiva e a dissertação argumentativa.

Dissertação expositiva – como o próprio nome já sugere, é um tipo de texto em que se expõem as idéias ou pontos de vista. O objetivo é fazer com que o leitor os considere coerentes e não fazê-lo concordar com eles.
Dissertação argumentativa – esse é o tipo de dissertação mais comum e conhecida por todos. Nela o intuito é convencer o leitor, persuadi-lo a concordar com a ideia ou ponto de vista exposto. Isso se faz por meio de várias maneiras de argumentação, utilizando-se de dados, estatísticas, provas, opiniões relevantes, etc.
Organiza-se, geralmente, em três partes:
 Introdução - onde você explicita o assunto a ser discutido, com a apresentação de uma idéia ou de um ponto de vista que pretende defender.
 Desenvolvimento ou argumentação - em que irá desenvolver seu ponto de vista. Para isso, deve argumentar, fornecer dados, trabalhar exemplos, se necessário.
 Conclusão - em que dará um fecho coerente com o desenvolvimento e com os argumentos apresentados. Em geral, a conclusão é uma retomada da idéia apresentada na introdução, agora com mais ênfase, de forma mais conclusiva, onde não deve aparecer nenhuma idéia nova, uma vez que você está fechando o texto.
 O texto dissertativo argumentativo destina-se ao chamado "leitor universal", ou seja, a qualquer pessoa que tenha acesso a ele. Devem ser textos abrangendo conceitos amplos, genéricos, evitando particularizar situações. As construções mais adequadas, procurando evitar-se a 1 pessoa do singular, seriam:
                "Notamos que grande parte dos brasileiros..."
                "Observa-se que uma parcela da população..."
  1. Em relação à estrutura, o texto dissertativo-argumentativo possui uma estrutura própria, sendo dividido em:
TEMA
POSICIONAMENTO
ARGUMENTAÇÃO
CONCLUSÃO
  1. Essa estrutura DEVE e PRECISA ser obedecida, sem inverter a ordem, sendo assim:
  • o TEMA e o POSICIONAMENTO devem aparecer já no primeiro parágrafo;
  • a ARGUMENTAÇÃO, que faz parte do desenvolvimento do texto, deve estar nos próximos parágrafos, que podem ser 2 ou 3, sendo um parágrafo para cada argumento;
  • a CONCLUSÃO, por fim, faz parte do último parágrafo.
  1. TEMA: é o assunto sobre o qual o aluno irá dissertar, deve ser citado de forma resumida, para situar o avaliador a respeito do que será abordado no texto;
  2. POSICIONAMENTO: no texto dissertativo-argumentativo o autor precisa se posicionar quanto à situação-problema, a opinião do autor – contrária ou a favor – deve ser exposta de forma clara já no início do texto;
  3. ARGUMENTAÇÃO: a partir do posicionamento do autor, serão agora expostos argumentos que o fundamentem para convencer o leitor a concordar com o seu posicionamento, o texto dissertativo-argumentativo difere do texto dissertativo justamente por isso, através da argumentação o autor precisa convencer o avaliador;
  4. CONCLUSÃO: para finalizar o texto, o autor deve dar a ele um tom conclusivo, dar um fechamento para as ideias expostas e retomar a ideia inicial – primeiro parágrafo – para isso, o autor pode comparar o primeiro e o último parágrafo verificando se não há ideias conflitantes e se há coerência entre os dois.
Por onde começar?
  1. Informe-se sobre o assunto, pesquise na internet mesmo, leia notícias e artigos de jornalistas renomados a respeito do assunto;
  2. Comece se posicionando, escolha um posicionamento que facilite a argumentação, mesmo o texto sendo de sua autoria, ele não precisa apresentar ideias e opiniões pessoais;
  3.  Busque argumentos de outros, utilize ideias e opiniões de outras pessoas para a argumentação, não há nenhum problema nisso, desde que sejam opiniões de especialistas, de profissionais renomados;
  4. Cite a fonte dessas informações, mesmo que sejam retiradas de sites e busque sites confiáveis;
  5. Apresente mais de um argumento, o ideal é que sejam apresentados 2 ou 3 argumentos, é no desenvolvimento que o autor vai mostrar que conhece/domina o tema;
  6. Conclua o seu texto com algum conectivo ou expressão que indique conclusão (“Dessa forma”, “Assim”, “Pode-se concluir”, “Então”, etc.);
  7. O texto não pode, de maneira nenhuma ser escrito de maneira subjetiva, não se deve usar marcas de pessoalidade como pronomes ou verbos em primeira pessoa;
  8. Respeite as margens do texto e o número máximo de linhas;
  9. Escreva o texto de forma legível, em caso de erro, apenas risque com um traço simples a palavra, o trecho ou o sinal gráfico e escreva o respectivo substituto;
  10. Seja claro e objetivo, sem fazer rodeios, indo direto ao assunto, evitando parágrafos muito longos, se for preciso, releia o parágrafo e retire informações desnecessárias.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Treinando ortografia e pontuação

Pontue o texto abaixo: "PARA QUEM É O PRESENTE?"

Dona Sara saíra de viagem. Sua ausência duraria aproximadamente dois meses, pois visitaria na Itália seus parentes, os quais não viam há 20 anos. Mas antes de viajar, dona Sara deixou um presente. Não disse para quem era, mas, no pacote havia um cartãozinho em que ela havia escrito quem era o destinatário do presente.
Após a partida, reuniram-se o filho, a nora, os netos e Renata, sua melhor amiga, para ler o cartão e saber de quem era esse pacote enorme e tentador.
O filho leu a mensagem, e era evidente que sua mãe havia deixado o presente para ele. Todos iam saindo preocupados, quando Renata gritou:
- Um momento! Eu sabia que Sara não ia fazer isso comigo, afinal, sou sua melhor amiga.
E acrescentou com um sorriso de triunfo:
- Escutem isto.
Então leu o cartão em voz alta, e ninguém pode duvidar: o presente era para ela.
A esta altura dos acontecimentos, todos quiseram ler o cartão e viram que os dois não estavam mentindo. Vamos ver se você descobre o mistério.
O cartão era este:
1) Pontue o bilhete de modo que o presente vá para o filho:
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA

SARA
2) Pontue o texto como Renata imaginou :
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA

SARA
3) Coloque os pontos como o neto imaginou :
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA

SARA


4) Pontue de modo que o presente vá para a neta :
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA

SARA

5) Coloque os pontos como a nora leu :
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA

SARA

Querem saber como terminou esta história ?
Como não puderam chegar a um acordo, tiveram que esperar que a vovó voltasse, para saber quem era o afortunado. Por sorte, ela estava arrependida de haver deixado só um presente e trouxe mais quatro surpresas. Desta forma, ninguém ficou de mãos vazias e todos ficaram contentes. E assim, a história do presente chegou ao fim.


Exercício ortográfico:
Descubra os erros da anedota abaixo, grife-os e depois faça as alterações necessárias reescrevendo o texto.

Dona zélia chama os filios Emília, Túlio e Julinho, o cacula.
- Queridos, vocês precizam colaborar mas na arrumação da casa. Tenho encontrado toalhas molhada em cima da cama, moxilas jogadas no sofá... Se todos da famílha fizerem um pouquinho, o resultado vai ser uma casa arrumada.
Vejamos agumas coisinhas que vocês podem fazer: sapatos e sandálhas devem ser guardados na sapateira.
- tudo bem – falou Emília.
- Essas pilhas de revistinhas espalhadas por toda a casa é bom guardar na estante.
- Deixa que eu guardo – disse Túlio.
O pó da mobília...
Julinho, que só tem trez anos, interrompe, querendo tanbém participar:
- O pó da mobília eu tiro. E quardo onde mãe?
Dona Zélia, Emília e Túlio caiem na gargalhada.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Interpretação de texto

O médico-fantasma
Esta história tem sido contada de pai para filho na cidade de Belém do Pará. Tudo começou numa noite de lua cheia de um sábado de verão. Dois garotos conversavam sentados na varanda da casa de um deles.
- Você acredita em fantasma?- perguntou o mais novo.
- Eu não!- disse o outro.
- Acredita sim!- insistiu o mais novo.
- Pode apostar que não - replicou o outro.
- Tudo bem. Aposto minha bola de futebol que você não tem coragem de entrar no cemitério à noite.
- Ah, é?- disse o garoto que fora desafiado. - Pois então vamos já para o cemitério, que vou provar minha coragem.
Assim, os dois garotos foram até a rua do cemitério. O portão estava fechado. O silêncio era profundo. Estava tão escuro... Eles começaram a sentir medo.
Para ganhar a aposta, era preciso atravessar a rua e bater a mão no portão do cemitério. O garoto que tinha topado o desafio correu. Parou na frente do portão e começou a fazer caretas para o amigo. Depois se encostou no portão e tentou bater a mão nele. Foi quando percebeu que a camiseta estava presa.
- Socorro! Alguém me ajude!- ele gritou, desmaiando em seguida.
Nisso, apareceu um velhinho vindo do fundo do cemitério, abriu o portão e chamou o outro menino.
- Seu amigo prendeu a manga da camisa no portão e desmaiou de medo. Coitadinho pensou que algum fantasma o estivesse segurando.
O garoto reparou que o velhinho era muito magro, quase transparente.
- Obrigado. Como é que o senhor se chama?
- Eu sou o médico daqui. Vou acordar seu amigo.
O velhinho passou a mão na cabeça do menino desmaiado e ele despertou no mesmo instante.
- Vão para casa meus filhos- ele disse. - Já passou da hora de dormir.
No dia seguinte, os meninos foram procurar o velhinho para agradecer-lhe a ajuda. Mas não o encontraram, nem no cemitério, nem em lugar nenhum.E foi assim que ambos perderam o medo de fantasma,quando perceberam que nem todos os seres misteriosos fazem o mal. Pelo contrário, podem até ajudar. Como aquele médico, que nunca mais apareceu.

PRIETO, Heloisa. Lá vem história outra vez - Contos do folclore mundial. São Paulo: Companhia das letrinhas, 1997.

1) Qual é o título do texto? E qual é o tema?
2) Quantos e quais são os personagens do texto?
4) Quem é o autor do texto?
5) Quantos parágrafos tem o texto?
6) Se algum amigo seu te desafiasse assim como no texto, você aceitaria?

7) Reescreva o ultimo parágrafo do texto, criando um final diferente. (8 linhas)

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

sábado, 21 de outubro de 2017

Busca Ao Tesouro - Monteiro Lobato


1ª CENA
Dona Benta: Bom dia! (ou Boa tarde). Gosto muito de contar histórias para as crianças. Hoje estou aqui para contar mais uma história muito interessante a vocês. É a história de um tesouro escondido. Um tesouro muito valioso. Todos que tinham alguns problemas e tocassem naquele tesouro, os problemas desapareciam. A nossa história começa quando Pedrinho sonha numa noite de luar.
Pedrinho: (Deitado em sua caminha, luar ao fundo, a boneca Emília entra)
Emília: Pedrinho, acorda. Você tem uma grande missão a realizar.
Pedrinho: O quê? (acordando) Quem está falando?
Emília: Sou eu, a boneca Emília. Não me conhece mais não? Sou a boneca de Narizinho.
Pedrinho: Boneca Emília? Mas bonecas não falam. Deve ser um sonho. Vou voltar a dormir. (deita-se)
Emília: Será que eu vou ter que beliscar o seu bumbum?
Pedrinho: Acho bom, pra eu ter certeza que não é um sonho.
Emília: (Se aproxima e belisca o seu bumbum) 
Pedrinho: Ai, doeu sabia! 
Emília: Você não pediu?
Pedrinho: Pedi, mas não precisava exagerar.
Emília: E então, está preparado?
Pedrinho: Preparado pra quê?
Emília: Preparado para encontrar um grande tesouro.
Pedrinho: Tesouro? Que tesouro?
Emília: O que você vai procurar.
Pedrinho: Mas é necessário que eu vá mesmo? Por que eu?
Emília: Porque você foi o escolhido. 
Pedrinho: Essa história não está me cheirando bem. Mas se é para o bem de todos, diga aos seus superiores que eu vou.
2ª CENA
Dona Benta: Pedrinho, então, juntou as suas coisas de viagem, colocou em uma maletinha e saiu estrada a fora, em busca daquele tal tesouro. Mas quando ele estava no meio do caminho, descobriu que não tinha pego as pistas, e imaginou...
Pedrinho: Caramba, mas pra que lado eu vou? Pra lá ou para cá? Estou perdido. E agora! O que faço? 
Visconde: (entrando) Bom dia Pedrinho? Pra onde você está indo?
Pedrinho: Não sei. Acho que me perdi. Eu tinha que encontrar um grande tesouro, mas não me deram as pistas.
Visconde: Que tesouro é esse?
Pedrinho: Não sei te informar, só sei que é um grande tesouro.
Visconde: Posso ir com você?
Pedrinho: Eu acho que pode.
Visconde: Então vamos por ali. Acho que sei o caminho. (sai na frente)
Pedrinho: Mas como que ele sabe o caminho? (sai também)
3ª CENA
Dona Benta: Mas eis que naquela estrada uma vilã muito ruim resolve aparecer para atrapalhar tudo. Porque ela tinha muito interesse naquele tesouro. Era a bruxa Cuca.
Cuca: Então quer dizer que esses dois estão indo procurar um grande tesouro. Pois fiquem sabendo que eu também estou procurando esse tesouro. Ele é muito valioso. É mágico. E como eu já sei fazer algumas mágicas, com ele vou fazer muito mais, e serei a Dona do Sítio do Pica-pau amarelo. Mas sozinha acho que não vou conseguir, preciso de um aliado. (aparece o Saci) Acho que já encontrei alguém.
Saci: Bom dia Cuca? O que está fazendo por aqui?
Cuca: Procurando um grande tesouro. Um super tesouro. Um baita de um tesouro. Será que você não podia me ajudar, não? 
Saci: Ajudar? Eu? Será que eu devo em crianças?
Cuca: Repartirei a metade com você, está bem?
Saci: A metade? Um grande tesouro? Quem sabe assim com esse grande tesouro eu não consigo melhorar a minha aparência... Então eu vou.
(Fonte: http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=725&cat=Infantil&vinda=S )

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Crase - conceito e exercícios

Crase

Em gramática, dá-se o nome de CRASE à junção de duas vogais iguais. A forma mais comum de crase é a fusão entre a preposição "a" e o artigo definido feminino "a". Lembrem-se, alunos, de que crase não é o nome do acento. O acento indicador da ocorrência de crase chama-se ACENTO GRAVE..

Regras da crase

Ocorre crase

- Fusão entre a preposição "a" e o artigo definido "a"

Assisti à peça dos meus amigos de infância.

- Fusão entre a preposição "a" e os pronomes demonstrativos "aquele", "aquela" e "aquilo"


- Indicação de horas

às 13h, à uma hora, às 12h.

- Expressões adverbiais femininas

às vezes, às pampas, à vontade, à revelia, à tarde, à noite, à primeira vista, às avessas, às escondidas, às escuras, às pressas, às tontas, à direita, à esquerda, à toa, à francesa, à beça, etc.

- Expressões prepositivas e conjuntivas femininas

à medida que, à proporção que, às custas de, à custa de, à procura de, à maneira de, à moda de, à espera de, à exceção de, etc.


Não ocorre crase

- Antes de verbos

- Antes de nomes masculinos

Exceção: caso haja as expressões "à moda de" ou "à maneira de",  implícitas ou não na oração.

Fez um gol à Romário.

- Antes de pronomes em geral

- Antes de numerais em geral

- Antes de palavras no plural que não requeira o artigo definido "as"

Uso opcional do acento grave indicador de crase

- Com a preposição até

- Pronome possessivo feminino - minha, sua, vossa,


Regras para nomes de lugares

A regra mais básica consiste na pergunta: Voltei de ou  voltei da. Caso a resposta seja "voltei da", significa que a localidade referida requer o artigo definido feminino "a", logo haverá a ocorrência de crase.

Vou a Alemanha. Voltei DA Alemanha.
Ocorre crase: Vou À Alemanha.

Vou a Argentina. Voltei DA Argentina.
Ocorre crase: Vou À Argentina.

Vou a Portugal. Voltei DE Portugal.
Não ocorre crase: VOU A PORTUGAL.

Vou a Marrocos. Voltei DE Marrocos.
Não ocorre crase: VOU A MARROCOS.

Nomes de cidades

Geralmente, nomes de cidades não admitem o artigo definido feminino "a", portanto não haverá a ocorrência de crase.

Vou a Porto Alegre. Voltei de Porto Alegre.

No entanto, caso haja alguma especificação em relação à cidade, haverá a ocorrência de crase.

Vou à maravilhosa Porto Alegre. Voltei da maravilhosa Porto Alegre.
Vou à Paris dos grandes museus. Voltei da Paris dos grandes museus.

Regra geral

Uma das formas mais precisas para se verificar a ocorrência de crase consiste em substituir a palavra feminina da expressão por uma masculina. Caso a palavra masculino requeira o artigo definido masculino "o", o termo feminino requererá o artigo definido feminino "a", resultando na obrigatoriedade do acento grave indicador de crase.

Exemplos:

Cheguei cedo a escola.

Cheguei cedo ao colégio.

Logo,

Cheguei cedo à escola.

Ela se dirigiu a sala de estar.
Ela se dirigiu ao salão de jogos.

Logo,
Ela se dirigiu à sala de estar.

Meu tio comprou a casa de praia
Meu tio comprou o apartamento na praia


01) Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de crase é facultativo?

a) Minhas ideias são semelhantes às ideias dele.
 
b) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz
 
c) Dei um presente à Mariana.
 
d) Fizemos alusão à mesma teoria.
 
e) Cortou o cabelo à Gal Costa.
02) "O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que acontece ao seu redor".

a) à - a - aquilo
 
b) a - a - àquilo
 
c) a - à - àquilo
 
d) à - à - aquilo
 
e) à - à - àquilo
03) "A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, ___ duas quadras da Avenida Central".

a) à - há
 
b) a - à
 
c) a - há
 
d) à - a
 
e) à - à
04) "O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, radicado ___ tempos em São Paulo, e se exibe diariamente ___ hora do almoço".

a) o - à - a
 
b) ao - há - à
 
c) ao - a - a
 
d) o - há - a
 
e) o - a - a
05) "Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias".

a) à - àqueles - a - há
 
b) a - àqueles - a - há
 
c) a - aqueles - à - a
 
d) à - àqueles - a - a
 
e) a - aqueles - à - há
06) Assinale a frase gramaticalmente correta:

a) O Papa caminhava à passo firme.
 
b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
 
c) Chegou à noite, precisamente as dez horas.
 
d) Esta é a casa à qual me referi ontem, às pressas.
 
e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.
07) O Ministro informou que iria resistir _____ pressões contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição da casa própria.

a) às - àquelas _ à 
b) as - aquelas - a
 
c) às àquelas - a
 
d) às - aquelas - à
 
e) as - àquelas - à
08) A alusão _____ lembranças da casa materna trazia _____ tona uma vivência _____ qual já havia renunciado.

a) às - a - a
 
b) as - à - há
 
c) as - a - à
 
d) às - à - à
 
e) às - a - há
09) _____ Igreja cabe propugnar pelos princípios éticos e morais que devem reger _____ vida das comunidades, enquanto _____ política deve visar ao bem comum.

a) A - à - à
 
b) À - a - a
 
c) À - à - a
 
d) À - à - à
 
e) A - a - a
10) _____ dias não se consegue chegar _____ nenhuma das localidades _____ que os socorros se destinam.

a) Há - à - a
 
b) A - a - a
 
c) À - à - a
 
d) Há - a - a
 
e) À - a - a
11)  Fique _____ vontade; estou _____ seu inteiro dispor para ouvir o que tem _____ dizer.

a) a - à - a
 
b) à - a - a
 
c) à - à - a
 
d) à - à - à
 
e) a - a - a
12) No tocante _____ empresa _____ que nos propusemos _____ dois meses, nada foi possível fazer.

a) àquela - à - à
 
b) aquela - a - a
 
c) àquela - à - há
 
d) aquela - à - à
 
e) àquela - a - há
13) Chegou-se _____ conclusão de que a escola também é importante devido _____ merenda escolar que é distribuída gratuitamente _____ todas as crianças.

a) à - à - à
 
b) a - à - a
 
c) a - à - à
 
d) à - à - a
 
e) à - a - a
14) A tese _____ aderimos não é aquela _____ defendêramos no debate sobre os resultados da pesquisa.


a) a qual - que
 
b) a que - que
 
c) à que - a que
 
d) a que - a que
 
e) a qual a que
15) Em relação _____ mímica, deve-se dizer que ela exerce função paralela _____ da linguagem.

a) a - a
 
b) à - a
c) a - à
 
d) à - àquela
 
e) a - àquela

1.Agradeço ( _ ) Vossa Senhoria ( _ ) oportunidade para manifestar minha opinião ( _ ) respeito.

a) a – a – a;
b) à – à – a;
c) à – a – a;
d) a – à – a;
e) à – a – à.

2. Assinale a frase com erro de regência:

a) o deputado presidiu a reunião até o fim;
b) proibimos os alunos de usar os cadernos para fazer a prova;
c) certificamos nossa família de vossa decisão;
d) paguei os operários no sábado;
e) atendemos ao seu desejo.

3.“Peço __ senhora que estude, uma __ uma, as questões submetidas __ aprovação”:

a) à - a - à;
b) a - a - à;
c) a - à - à;
d) à - à - à;
e) à - à - a

4. Há uma opção em que não se atendeu ao emprego da crase. Indique-a:

a) a cem milhas horárias você encontrará um posto à direita, a meia hora daqui;
b) às brutas entrou porta a dentro;
c) responda à sua senhoria com a consideração a que está acostumado;
d) saiu-se à mãe, esta se parece à avó;
e) dispostas a ouvi-la, postaram-se à porta de sua casa.

5. “Dê ciência ___ todos de que não mais se atenderá___ pedidos que não forem dirigidos ___ diretoria”:

a) a - a - a;
b) a - à - a;
c) a - a - à;
d) à - à - a;
e) à - a - a.

6. Marque a frase em que o “a” deva ser craseado:

a) ele atacou o adversário a tiro;
b) Maria não foi a aula hoje;
c) João fez uma viagem a Mato Grosso;
d) Conversei com a diretoria do colégio sobre esse assunto;
e) o adversário atacou a cacetadas.

7. “ ___ hora prevista, todos se dirigiram ___ sala principal para assistir ___ cerimônia”.

a) a - a - a;
b) a - à - a;
c) à - à - à;
d) há - à - à;
e) há – a – a .

8. Assinale a frase em que o “a” sublinhado deve receber o acento de crase:

a) obedeça as regras de trânsito;
b) encontraram-se face a face;
c) dirijo-me agora a vossa excelência;
d) é uma campanha digna, a cuja disposição me ponho;
e) peço a você que não deponha o candidato.

9.“Para ganhar mais dinheiro, Manoel passou ___entregar compras ___ domicilio ___ segundasfeiras”.

a) a - a - as;
b) a - a - às;
c) a - à - às;
d) à - a - as;
e) à - à - às.

10.Que expressões completariam as lacunas?

“Não me refiro _____ estava sentada, mas sim______ pessoa ______ tu também te referias”.

a) a que - à - que;
b) aquela que - à - que;
c) àquela que - à - à que;
d) à que - a - à que;
e) à que - à - a que.

11. “Foi obrigado ____ embarcar no trem que saia ____onze horas, mas mostrou ____ todos seu descontentamento”.

a) a - as - à;
b) às - as - a;
c) a - às - a;
d) à - às - a;
e) a - às - à.

12. “A disciplina naquela escola podia ser comparada___ dos militares, mas nem por isso permitia tranqüilidade____ professoras”.

a) a - a;
b) à - às;
c) a - as;
d) a - às;
e) a - as.

13. Aponte a frase em que o “a” ou “as” não deve levar sinal indicativo de crase:

a) dirijo-me apressado àquela farmácia;
b) refiro-me àquele rapaz que foi teu colega;
c) àquela hora todos já se tinham recolhido;
d) quero agradecer àquele rapaz as atenções que me dispensou;
e) fui para aquela praça, mas não à encontrei !

14. Na frase: “Tende a satisfazer as exigências do mercado”, substituindo-se “satisfazer” por “satisfação”, tem-se a forma correta:

a) tende à satisfação as exigências do mercado;
b) tende a satisfação as exigências do mercado;
c) tende a satisfação das exigências do mercado;
d) tende a satisfação às exigências do mercado;
e) tende à satisfação das exigências do mercado.

15. “ ______ tarde, diriji-me ______ casa, embora______ hora todos já estivessem ____ dormir”:

a) À - à - àquela - a;
b) A - a - aquela - à;
c) À - a - àquela - a;
d) À - a - aquela - à;
e) À - a - àquela - a.

16. Marque o caso em que não houve erro, quanto a omissão ou presença de crase:

a) veio à toda, quando se pôs a frear, já era tarde;
b) a proposta, à cuja aceitação estamos presos, nem foi estudada;
c) uma à uma, gota à gota, ingeriu todo o conteúdo;
d) perspicácia a toda prova, resposta às pressas, era exigido;
e) a assistência às aulas é de lei.

17. “ainda ____ pouco, eu ____ vi atravessando aquela rua, ali ___ direita”:

a) há – a – à;
b) há – a – a;
c) a – a – a;
d) a – à – à;
e) à – a – a .

18. Assinale a frase em que há o uso errado da crase:

a) quando o navio chegou, ele desceu logo à terra;
b) vou à cidade hoje;
c) vou à reunião contigo;
d) pagou tudo à vendedora;
e) chegou tarde à missa.

19. “Descendo ___ rua ___ noite, o marinheiro viu um homem que vinha ___ pé.

a) à – à – à;
b) a – à – à;
c) a - à - a;
d) à – a – a;
e) a – a – a.

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