Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Poesia e Interpretação

Pois é
Falaram tanto que desta vez
A morena foi embora
Disseram que era maioral
E eu é que não quis acreditar
Endeusaram a morena tanto tanto
Que ela resolveu me abandonar
A maldade dessa gente é uma arte
Tanto fizeram que houve a separação.
Mulher a gente encontra em toda parte
Mas não se encontra a mulher
Que a gente tem no coração.                                            (CD Leva meu samba. Som Livre- autor: Ataulfo Alves)

1) Como você sabe, a voz que fala nos versos de um poema ou de uma canção é o eu lírico. Nessa canção, o eu lírico se sente vítima do diz-que-mediz de alguém.
a) O que devem ter dito à morena?
b) Levante hipóteses: O que devem ter falado à morena sobre o eu lírico?
c) Que expressão, empregada na 2ª estrofe, revela a opinião do eu lírico de que sua separação foi resultado do mau-caratismo de alguém?

Realidade
Existe, sim,menina,
Tudo: disco-voador,
Oitavo sentido, utopia,
Pedra filosofal,
Feng Shui, astrologia,
Cromoterapia, bobagens
Que surgem do nada.
Mas existirá
Coração em cada corpo?
Sim, não, n.d.a?                                      (Ulisses Tavares. Diário de uma paixão. São Paulo: Geração Editorial, 2005)
2)No início do poema, o eu lírico afirma que existe tudo. Essa afirmação, no contexto, expressa certeza ou dúvida? Justifique sua resposta com palavras do texto.
3)No final do poema, o eu lírico pergunta: “existirá coração em cada corpo?”.A palavra coração foi empregada com qual sentido?
4)Conclua: Qual é a condição emocional do eu lírico?
5)No  último verso, o eu lírico enumera três opções: sim, não, n.d.a.. O que significa a expressão n.d.a.? Em que contexto ela costume ser empregada?

INSCRIÇÃO PARA UMA LAREIRA
A vida é um incêndio: nela
dançamos, salamandras mágicas
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!
Cantemos a canção da vida,
na própria luz consumida...
( Mário Quintana. Esconderijos do tempo. São Paulo: Globo.)
Glossário:
Salamandra: tipo de anfíbio que, segundo uma lenda antiga, pode atravessar o fogo sem se queimar.
Toro: tronco de árvore cortada
6)Na primeira estrofe do poema, Mário Quintana usa uma metáfora para definir a vida.
a)Qual é essa metáfora?
7)Proponha outra metáfora para conceituar a vida e explique como criou essa metáfora.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Poesia e Prosa - diferença e exercício prático

Texto I -   A FLORESTA DO CONTRÁRIO
     Todas as florestas existem antes dos homens. Elas estão lá e então o homem chega, vai destruindo, derruba as árvores, começa a construir prédios, casas, tudo com muito tijolo e concreto. E poluição também. Mas esta floresta aconteceu o contrário. O que havia antes era uma cidade dos homens, dessas bem poluídas, feia, suja, meio neurótica. Então as árvores foram chegando, ocupando novamente o espaço, conseguiram expulsar toda aquela sujeira e se instalaram no lugar. É o que poderia se chamar de vingança da natureza, foi assim que terminou o seu relato, o amigo beija-flor. Por isso ele estava tão feliz, beijocando todas as flores, aliás, um colibri bem assanhado, passava flor por ali, ele já sapecava um beijão. Agora o Nan havia entendido por que uma ou outra árvore tinha parede por dentro, e ele achou bem melhor assim. Algumas árvores chegaram a engolir casas inteiras. Era um lugar muito bonito, gostoso de se ficar. Só que o Nan não podia, precisava partir sem demora. Foi se despedir do colibri, mas ele já estava namorando apertado uma outra florzinha, era melhor não atrapalhar.
                                                                     (Fragmento do livro “Em busca do tesouro de Magritte.)

Texto II - CIMENTO ARMADO

Batem estacas no terreno morto.
No terreno morto surge vida nova.
As goiabeiras do velho parque
E os roseirais, abandonados,
Serão cortados
E derrubados.
Um prédio novo de dez andares,
Frio e cinzento,
Terá seu corpo de cimento armado
Enraizado no velho parque
De goiabeiras
De roseirais.

Batem estacas no terreno morto.
Século vinte...
Vida de aço...
Cimento armado!
Batem estacas
No prédio novo de dez andares,
Terraços tristes
Pássaros presos,
Rosas suspensas
Flores da vida,
Rosas de dor

INTERPRETAÇÃO DO TEXTO
 Assinale a opção correta.
1) Os autores dos dois textos falam sobre o mesmo assunto. O assunto abordado nos dois textos é:
(     ) A devastação e destruição da natureza causada pelo homem.
(     ) A preservação dos recursos naturais.
(     ) Nenhuma das alternativas anteriores.

2) Apesar de abordarem o mesmo assunto, os resultados são diferentes em cada texto, porque:
(   ) no primeiro texto a natureza saiu vitoriosa ao recuperar seu espaço outrora perdido, enquanto no segundo texto os pássaros e as rosas sofrem a consequência da construção de mais um prédio de dez andares.
(   ) no segundo texto a natureza saiu vitoriosa ao recuperar seu espaço outrora perdido, enquanto no primeiro texto os pássaros e as rosas sofrem a consequência da construção de mais um prédio de dez andares.

3) Para “expulsar toda aquela sujeira” e se instalarem no seu lugar, as árvores tiveram que lutar. A parte do texto que confirma o fato de certas árvores conservarem os sinais de sua luta é :
(       ) “ Todas as florestas existem antes dos homens.”
(    ) “ Algumas árvores chegaram a engolir casas inteiras, por isso uma ou outra árvore tinha parede por dentro.”

4) No texto II o poeta fala do prédio como se ele fosse uma pessoa em :
(     ) ” Um prédio de dez andares.”
(     ) “ Terá seu corpo de cimento armado.”

5) O poeta se refere a pássaros presos, terraços tristes, porque :
(     ) os terraços são pintados de preto e cinza.
(   ) os terraços ocuparam o espaço da vegetação, a alegria dos animais e com o agravante de que nas cidades, as pessoas costumam prender os pássaros em gaiolas.

6) Escreva certo ou errado de acordo com os textos:
a) No texto II o autor utiliza a palavra “enraizado” como se o prédio fosse uma árvore.
(                                         )
b) As goiabeiras e os roseiras foram conservadas após a construção do novo prédio.
(                                         )
c) No texto I a história é fato real, enquanto que no texto II é imaginário, pois jamais destruiriam a natureza para construir um prédio. (                                           )
d) No texto I, ao tomar a cidade e devolver a vida aos seres da floresta, as árvores consideraram uma vingança da natureza. (                                         )
e)Os pássaros do Texto II eram tão felizes quanto os pássaros do texto I.
(                                            )

7- Identifique:
a- Texto poético: _______________________________________________________
b- Texto em prosa:______________________________________________________

8-  Diga qual o tipo de narrador do texto 1.
9- No texto 1, como são descritas as cidades? Essa descrição é objetiva ou subjetiva?
10- No texto 2, como é descrito:
a- o terreno ___________________________________________________________
b- o parque____________________________________________________________
c- o prédio_____________________________________________________________
d- os terraços__________________________________________________________
e- os pássaros_________________________________________________________
f- as rosas_____________________________________________________________

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Poesia

Poesiaé um gênero literário caracterizado pela composição em versos estruturados de forma harmoniosa. É uma manifestação de beleza e estética retratada pelo poeta em forma de palavras.
No sentido figurado, poesia é tudo aquilo que comove, que sensibiliza e desperta sentimentos. É qualquer forma de arte que inspira e encanta, que é sublime e bela.
Existem determinados elementos formais que caracterizam um texto poético - como por exemplo, o ritmo, os versos e as estrofes - e que definem a métrica de uma poesia.
A métrica de um poema consiste na utilização de recursos literários específicos que distinguem o estilo de um poeta.
Os versos livres não seguem nenhuma métrica. O autor tem liberdade para definir o seu próprio ritmo e criar as suas próprias normas. Esse tipo de poesia é também designada por poesia moderna, na qual se destacam elementos do modernismo.
A poesia em prosa também dá autonomia ao autor para compor um texto poético não constituído por versos (desde que haja harmonia, ritmo e a componente emotiva inspirada pela poesia).
Ao longo dos séculos, a poesia tem sido usada como forma de expressar os mais variados sentimentos, como o amor, amizade, tristeza, saudade, etc. Alguns dos poetas mais famosos da língua portuguesa são: Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Luís de Camões, Vinicius de Moraes, etc.
Versosignifica em Latim “versus, a, um” que significa “voltado, virado”. A palavra “verso” designa o lado contrário, a página oposta à da frente ou a face interior das folhas das plantas.
Em um poema, o verso corresponde a cada uma das linhas que o constituem. É o elemento que define a poesia, por oposição à prosa. Um conjunto de versos com sentido completo chama-se “estrofe”.
Os versos dão ritmo, melodia e métrica a uma poesia. Eles podem ser medidos através de técnicas de metrificação e classificados quanto ao número de sílabas métricas (ou sílabas poéticas). As sílabas métricas são diferentes das sílabas gramaticais.
Em português, a tonicidade das palavras determina o número de sílabas métricas. A contagem dos sons dos versos vai até a última sílaba tônica de cada verso. Exemplo de versos de 7 sílabas (heptassílabo ou Redondilha maior):
Na/que/la/ nu/vem/ na/que/la
Man/do/-te/ meu/ pen/sa/men/to
Que/ Deu/s se o/cu/pe/ do/ ven/to
(Poema do Amor Perfeito - Cecília Meireles)
Os versos tradicionais (regulares) podem variar entre 1 a 12 ou mais sílabas métricas, obtendo a classificação seguinte: monossílabo (uma sílaba), dissílabo (duas sílabas), ..., dodecassílabo (12 sílabas, também chamados de Versos Alexandrinos).
Os versos com mais de 12 sílabas são designados "Versos Bárbaros".
Versos livres (irregulares) são aqueles que não possuem o mesmo número de sílabas no poema, que não seguem uma restrição métrica.

Agora, faça NO CADERNO uma poesia com 10 versos, ou seja, 10 linhas. Deve ter 3 estrofes: 1ª estrofe de 3 linhas, 2ª estrofe 4 linhas e 3ª estrofe 3 linhas.
A primeira linha precisa rimar com a terceira linha nas 1ª e 3ª estrofe.
A segunda e a quarta linha devem rimar na 2ª estrofe.

ALGUMAS RIMAS DE ALGUMAS PALAVRAS – Auxiliares na construção de sua tarefa. Use SE QUISER!

SAUDADE
Liberdade
Sanidade
Prosperidade
Racionalidade
Ociosidade
Complexidade
Oportunidade

ALEGRIA
Euforia
Sabedoria
Teoria
Simetria

RECADO
acabado
acabrunhado
acastanhado
adequado
alternado
amanteigado
amarelado
amargurado

RETRATO
anonimato
aparato
artesanato
assassinato
barato
beato
boato
campeonato
candidato
chato

MÃO
abelhão
abolição
absolvição
adaptação
adesão

MOMENTO
acrescento
alimento
conhecimento
argumento
atento
aumento

AMOR
Temor
Sabor
Calor
Ardor
Frescor
Impor

SENTIDO
Agradecido
Falido
Comprido
Resolvido

Amortecido

Redação - Poesia

  1. Pense em algo que te seja muito importante, como uma pessoa da família, um amigo ou amiga muito especial. Coloque todo o sentimento possível nas tuas palavras. Se tu rimares, tudo bem, mas se não acontecer e ainda assim apresentar teus sentimentos perfeito. Não copie de seus colegas. Dê título e escreva um poema apenas usando as linhas abaixo.



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(título)

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