Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

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quarta-feira, 5 de outubro de 2005

Resenha de A casa tomada - Júlio Cotazar


O conto a “Casa Tomada” é uma crítica política realizada por Júlio Cotázar escrita em 1946 e publicada em 1947, no livro Bestiário. Sua abordagem é sutil e inteligente.
Júlio Florêncio Cotázar é um dos maiores mitos da literatura moderna. Nasceu na Bélgica, em 1914. Aos nove anos escreveu seu primeiro livro mas a família desconfiou da autoria. Em 1984, morre devido a complicações da leucemia, é enterrado na França.
A sua literatura fez sucesso com Jogo de Amarelinhas, um dos maiores clássicos do século 20.
O autor criticava o governo de Perón, tomando-o como opressor, repressivo e a todo tipo de ditadura latino americanas.
Em a Casa tomada conta a história de dois irmãos (Irene e o narrador) moravam em uma casa na cidade de Buenos Aires.
A casa era grande (poderiam morar mais de 8 pessoas tranquilamente), antiga e nela haviam muitas recordações dos seus antepassados.
Os irmãos moravam sozinhos e tinham mais ou menos 40 anos. Nunca casaram e se bastavam assim. Também, não trabalhavam porque possuíam renda dos campos.
Irene era uma mulher comum que passava os dias tricotando e desfazendo seu tricô.
O irmão passava lendo literatura francesa e aos sábados, ia ao centro comprar lãs para a irmã e olhar as livrarias, embora houvessem dificuldades para encontrar livros franceses porque não chegavam a Argentina desde 1939.
No living da casa havia uma porta que ao ser fechada separava a casa da parte mais afastada, dando a impressão de ser um apartamento.
Um dia, à noite, ouviram sons vindos da parte mais afastada da casa, então, trancaram a porta que ia para esta ala. Parte da casa havia sido tomada.
Nos primeiros dias foi difícil para eles porque deixaram muitas coisas no lado tomado, no entanto habituaram-se. A limpeza que antes era demorada, tornou-se rápida. Pois, Buenos Aires é uma cidade limpa por causa dos habitantes porque a poeira no ar da cidade. Irene passou a ter mais tempo livre para tricotar e o irmão continuou desorientado pela falta de seus livros.
Com o passar dos dias, falavam alto no banheiro, na cozinha, e Irene, chagava a cantar. Do quarto em que dormia o irmão, ele ouvia os sons da casa e a voz de Irene falando enquanto dormia.
Certo dia, o irmão escutou sons na parte da casa onde moravam. Percebendo que está parte da casa também havia sido tomada, pegou o braço da irmã e saiu com ela para fora da casa, fechando a porta com a chave e jogando-a em um bueiro, pois assim, ninguém poderia roubar a casa
Para mim, concordo com a autora no que se refere que a linguística não pode deter-se só a estruturas da linguagem, pois considerando a língua viva é necessário ir além. Precisa-se considerar o universo que permeia a língua. O sujeito precisa ser considerado junto com o meio em que está inserido. Mas quanto a análise do discurso ainda é cedo para me posicionar devido ao conhecimento ínfimo que possuo hoje.

BIBLIOGRAFIA
PARRA, Aline Soler. OS LIMITES DA SEMÂNTICA E DA PRAGMÁTICA. http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/l00003.htm. Acessado em: 08/11/2006.



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