Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

Páginas

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

COMENTARIO SOBRE SUSAN BOYLE






Acredito que as palavras que meu pai usou na rádio a referir-se a Susan Boyle e ao que somos, nos diz muito de nossas posturas.
Sempre avaliem o que fazem e dizem. Talvez muitas vezes somos hipócritas em nossas ações e tantas outras vezes "JULGAMOS O LIVRO PELA CAPA".





segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Almofada Ponto Fofoca

Para uma almofada de aproximadamente 45 cm, precisaremos de 1 mt de tecido Oxford. Acerte o corte de tecido e marque as bordas do seguinte modo: no lado que tiver 90 cm deverá ser 6 cm., o outro lado deverá ter 8 cm. O intervalo em todo o tecido deverá ser de 4 cm. Depois de marcado é hora de desfiar, formando os quadradinhos, que serão costurados, como mostra o passo a passo abaixo:































quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Maravilhosa na arte do amor


Sério! Tem coisas que se contar ninguém acredita. No entanto, a situação foi tão inusitada e como dizer, infeliz, que é impossível não escrevê-la.
Nesses meus dias de caos financeiro e profissional encontrei uma forma de aliviar meu corpo do stress. Saio para andar de bicicleta todos os dias, sem hora certa.
Essa semana peguei minha magrela rosinha e fui passear. Logo que sai de casa, encontrei um senhor muito distinto, embora humilde, mais ou menos nos seus 60 anos também de bicicleta que me cutucou no braço. A cena no mínimo foi engraçada.
Olhei e cumprimentei amistosamente. Nossa relação nunca foi além de um alô e tchau. Todavia, fui abordada com essa fala: Fiquei sabendo que você é maravilhosa na arte do amor.
Na hora fiquei tão chocada com as palavras e sem acreditar no que estava ouvindo. Isso que não sou puritana. Olhei o indivíduo e falei um sonoro: Quê?
Ele repetiu e incrédula, perplexa vi que ele estava acreditando fielmente em suas palavras e o pior, não estava nem bêbado.
Olhei e respondi: Obrigada. Depois a gente se fala.
Imaginem, se obrigada é resposta que se dê?
O susto foi tão grande que “me caiu os butiás dos bolsos moro abaixo”
Mais tarde contei para minha filha e suas amigas a história, elas deram muitas risadas. Brincaram que agora era só montar um clube da noite como o da “tia Carmem”, famoso em Porto Alegre. Claro, todas elas brincando do ridículo acontecimento.
Obviamente, ainda não entendi o que se passou na cabeça daquele senhor.
Fiquei pensando o que lhe fez dizer essas coisas e não encontrei resposta plausível para tal.
Se eu tivesse dinheiro até poderia ser um “dama da noite”. Se eu tivesse um namorado, caso ou alguém nesses 18 meses na pequena cidade em que moro, também seria possível.
Contudo, não tenho emprego, dinheiro, nem alguém. Estou só a muito tempo.
O que será que aconteceu?
Não sei se terei a resposta até porque dificilmente eu o abordarei com a questão mas fica o registro da poderosa, maravilhosa. Adriana na arte do amor.



terça-feira, 10 de novembro de 2009

Alguns dados sobre o Brasil

Retirei de sites relacionados nos próprios textos.
Em nenhum desses parágrafos fui autora.

Dados sobre as desigualdades raciais no Brasil

O Brasil é o maior país do mundo em população afro descendente, fora do continente africano.
O Brasil foi o último país a abolir a escravidão negra.
Foi também o país que mais importou africanos para serem escravizados: 4 milhões.
“Foram mais de 79 milhões de homens, mulheres, crianças. Formam a segunda maior população negra do mundo — atrás apenas da Nigéria. Representam 46% dos brasileiros. Transbordam nas áreas pobres. São quase invisíveis no topo da pirâmide social. E enfrentam uma desvantagem quase monótona nos indicadores socioeconômicos: do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) à taxa de analfabetismo; do desemprego ao salário médio; das condições adequadas de saneamento ao acesso doméstico à internet.” (Flávia Oliveira, IETS, O Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade).

Pobreza
“Em todo o mundo... Minorias étnicas continuam a ser desproporcionalmente pobres, desproporcionalmente afetadas pelo desemprego e desproporcionalmente menos escolarizadas que os grupos dominantes. Estão sub-representadas nas estruturas políticas e super-representadas nas prisões. Têm menos acesso a serviços de saúde de qualidade e, conseqüentemente, menor expectativa de vida. Estas, e outras formas de injustiça racial, são a cruel realidade do nosso tempo, mas não precisam ser inevitáveis no nosso futuro.” Kofi Annan, Secretário Geral da ONU. Março 2001
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revelam que dos 22 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza extrema ou indigência, 70% são negros. Entre os 53 milhões de pobres do país, 63% são negros
“A se considerar apenas o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos brancos, o Brasil se colocaria entre os países de bom desenvolvimento humano (46º lugar, numa lista de 173 nações). Mas, ao se considerar somente o IDH dos negros, o País despencaria para o 105º lugar. O IDH leva em consideração uma série de variáveis como escolaridade, acesso à saúde e renda. Neste último quesito, o vão que separa os dois grupos é de cerca de 40%. Enquanto a renda per capita média dos negros era de R$ 162,84 em 2000, a dos brancos atingia R$ 406,77.” (reportagem OESP 16/02/03)
Trabalho e renda
Segundo dados de 2001 sobre a população ocupada de 25 anos ou mais de idade, 41,1% das pessoas brancas que trabalhavam ocupavam empregos formais [empregados(as) com carteira assinada ou funcionários(as)]. No entanto, esse era o caso de apenas 33,1% dos afrodescendentes. Dos empregados sem carteira assinada, 12,3% são de empregados brancos, contra 17,3% de empregados afrodescendentes. Finalmente, notamos que os empregadores brancos totalizavam 7,1% enquanto os afrodescendentes, apenas, 2,8%.
Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Justiça revelam que o rendimento médio dos homens brancos é de 6,3 salários mínimos, da mulher branca é de 3,6 SM, do homem negro é de 2.9 SM e da mulher negra 1,7 SM. Ou seja, as mulheres ganham em média metade do que ganham os homens, sendo que as mulheres negras ganham quatro vezes menos que os homens brancos. O emprego doméstico continua sendo a principal fonte de ocupação feminina, sendo que 56% dessa categoria são mulheres negras, no entanto, apenas 1/3 tem seus direitos trabalhistas assegurados. De uma forma geral, as mulheres negras têm um maior índice de desemprego. Em 2000, na região metropolitana de São Paulo, a taxa de desemprego dos homens era de 15%, a das mulheres brancas alcançava 18,9%, enquanto a das mulheres negras chegava a 25,1%.

Mulher negra
“A discussão das desigualdades que atingem as mulheres negras no Brasil comumente aponta para a presença de uma tríplice discriminação: por ser mulher, negra e pobre. Se por um lado esse esquema de análise torna mais fácil a compreensão de três poderosos fatores determinantes da violência estrutural que nos atinge, por outro requer a compreensão de que a mulher negra, enquanto ser indivisível, vivencia simultaneamente graus extremos de violência decorrente do sexismo, do racismo e dos preconceitos de classe social, em um bloco monolítico e tantas vezes pesado demais.” (Jurema Werneck - A vulnerabilidade http://www.redesaude.org.br/jornal/html/body_jr23-jurema.html )
“No caso das mulheres negras, a discriminação é dupla, de gênero e de raça. Muitas são submetidas a trabalhos precários, de baixa remuneração, violência e abuso sexual, além do abandono que as obriga a assumirem sozinhas o sustento de suas famílias.“ (Pres. Luiz Inácio Lula da Silva – discurso de posse da SEPPIR, Secretaria Especial de Políticas para a Igualdade Racial).
As mulheres negras brasileiras estão entre os contingentes de maior pobreza e indigência do país. Possuem uma menor escolaridade, com uma taxa de analfabetismo 3 vezes maior que as mulheres brancas, além de uma menor expectativa de vida. São trabalhadoras informais sem acesso à previdência, residentes em ambientes insalubres e responsáveis pelo cuidado e sustento do grupo familiar. Por sua vez, doenças que atingem mais as mulheres negras brasileiras, como hipertensão arterial ou anemia falciforme, não são objeto de nenhuma política específica de atendimento, levando ao agravamento da saúde dessa população.
As mulheres negras estão, em sua maioria, em postos de trabalho mais vulneráveis e precários (52,5%), ao lado de 37% das mulheres não-negras. Por outro lado, apenas 4,3% das trabalhadoras negras ocupam postos de direção, gerência ou planejamento, ao lado de 12,8% das mulheres ocupadas não-negras.
As famílias chefiadas por mulheres correspondem a cerca de um terço das famílias brasileiras. Nesse universo, as mulheres afro-brasileiras encabeçam 60% do total das famílias sem rendimento ou com rendimento mensal inferior a um salário mínimo. Já entre as famílias que recebem três ou mais salários mínimos, a participação das chefiadas por mulheres afro-brasileiras cai para 29%.
Empresas
Do discurso à prática, ainda há muito a ser feito pelas empresas que se dizem socialmente responsáveis. Essa é a conclusão de uma pesquisa feita pelo IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas).
O estudo mostra que, entre 2000 e 2002, o percentual de empregados pretos e pardos aumentou de 8,5% para 13,7%, enquanto o de mulheres passou de 28% para 30,1%. No entanto, negros, pardos e mulheres ainda são minoria em cargos de chefia. São apenas 4,3% de pretos e pardos e 16,4% de mulheres nesses postos.
A comparação foi feita analisando 561 balanços sociais publicados por 231 empresas nesse período. A maioria das empresas é de grande e médio porte.
Em 2002, um estudo do Instituto Ethos de Responsabilidade Social mostrou que, em 94% das empresas pesquisadas, os cargos de diretoria eram ocupados por brancos. (reportagem OESP 22/02/03)
Os empreendedores negros representam 22% do total de empregadores brasileiros (contra 76% de empresários brancos), segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) feito em 1999 pelo economista Marcelo Neri e pelo estatístico Alexandre Pinto.

Saúde
A situação de desigualmente vivida pelos afrodescendentes no setor da saúde reflete a desigualdade verificada no plano socioeconômico.
Os índices de mortalidade infantil revelam que para cada mil crianças nascidas vivas 37,3 brancas e 62,3 negras morrem, antes de completarem um ano. O índice de mortalidade para crianças menores de 5 anos confirma a assustadora diferença, a mortalidade é 66,5% maior entre as crianças negras (45,7 crianças brancas mortas e 76,1 crianças negras para cada mil nascidas vivas).
A anestesia no parto não é dada a mais de 12% das mulheres afro-brasileiras, enquanto apenas 6% das mulheres brancas não têm acesso a esse serviço.
A expectativa de vida dos negros brasileiros é seis anos inferior à dos brancos, eles têm 50% a mais de chance de morrer de Aids ou de causas externas (acidentes e violência) e uma renda familiar média equivalente a apenas 42% da renda de famílias brancas. A expectativa de vida dos negros ao nascer, por exemplo, é de 68 anos, em comparação com 74 para os brancos. De acordo com um levantamento, em 2000, a taxa de mortalidade por AIDS no país foi de 11 por 100 mil para as mulheres brancas e 21 por 100 mil para as negras. Entre os homens, os índices são de 22,77 por 100 mil para os brancos e 41,75 por 100 mil para os negros.

Violência

Se observarmos o Brasil por composição das causas da mortalidade da população branca do sexo masculino, entre 15 e 25 anos, 78% do total de mortes nessa faixa etária são causadas por fatores externos, sendo que desses, 38,1% são homicídios. Para os pretos esse percentual está também em torno dos 78%. Porém, a taxa de homicídio entre os brancos é de 38,1%; para os negros, 52,6%. Na Região Sudeste, dos jovens brancos que morrem, entre 15 e 25 anos, 45% são por homicídios, entre os negros, o percentual sobe para 61%.
Na pesquisa "Discriminação Racial e Preconceito de Cor no Brasil", a Fundação Perseu Abramo revela que 51% dos negros declararam já ter sofrido discriminação por parte da polícia. Entre pessoas que se declararam da cor branca, esse número cai para 15%. A Fundação avaliou, com 5003 entrevistas, a discriminação racial e o preconceito de cor nos quesitos institucionais: polícia, escola, trabalho, saúde e lazer. O índice de discriminação por parte da polícia é o maior de todos.
Em São Paulo, Sérgio Adorno, pesquisador do Núcleo de Violência da USP, demonstrou que o viés racial está presente nas decisões da Justiça paulista. Analisando casos de roubo rigorosamente idênticos, Adorno constatou que negros eram condenados em 68,8% dos casos e brancos em apenas 59,4% dos casos.
Túlio Kahn, pesquisador do Ilanud – Instituto Latino-americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente, lembra que a taxa de encarceramento por cem mil habitantes, em São Paulo, é de 76,8 para brancos e 280,5 para negros. No Rio de Janeiro, também, os negros estão sobre-representados na população prisional, pois constituem 40% da população do estado e 60% da população encarcerada. (www.cesec.ucam.edu.br/artigos/Midia_body_JL31.htm - 9k)

Educação
Em 2001, as taxas de analfabetismo para pessoas de 15 anos ou mais de idade, ainda eram duas vezes mais elevadas para os afrodescendentes (18%) do que para os brancos (8%). Mesmo no Nordeste, região que possui as taxas mais altas do país, o analfabetismo ainda era mais expressivo entre os afrodescendentes (26%) do que entre os brancos (19%). No Sudeste, onde são encontradas as menores taxas do Brasil, os afrodescendentes (11,5%) também apresentam uma taxa significativamente superior a dos brancos (5,4%). (Desigualdade Racial: Indicadores Socioeconômicos – Brasil, 1991-2001 - Sônia Tiê Shicasho (Org.), IPEA, Brasília, 2002).
No ensino fundamental, os pretos e pardos representam 53,2% do total de alunos, e os brancos são 46,4%. Já na pós-graduação, o índice de participação de afrodescendentes é de 17,6%, enquanto os brancos somam 81,5% do total. (Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2002 tabulados pelo INEP – Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - http://www.inep.gov.br/informativo/informativo66.htm)
Considerando o caso dos chamados analfabetos funcionais, ou seja, adultos com menos de quatro anos de estudo, nos dados relativos ao ano de 1999, observa-se que 26,4% dos brancos se enquadram nessa categoria, contra 46,9% dos afrodescendentes. “Portanto, em 1999, temos um diferencial de mais de 20 pontos percentuais entre negros e brancos, e quase a metade da população negra com mais de 25 anos pode ser considerada analfabeta funcional”.(Ricardo Henriques, 2000:31)
“De um total aproximado de 1.050 diplomatas brasileiros em ação, só uma parcela de 0,7% não é branca.” (OESP 06/02/03)

Apartheid digital
O Mapa da Exclusão Digital de 2001 revela: entre os brasileiros que têm computador, 79,77% são brancos, 15,32% são pardos e 2,42%, pretos, o que significa que, para cada preto/pardo com acesso à informatização, existem 3,5 brancos.
“A chance de um branco ter acesso a computador é muito maior. Considerando condições iguais de renda e anos de estudo – ou seja, pessoas que são iguais em tudo, menos na raça –, a possibilidade de um branco ter acesso à internet é 167% maior”, afirmou Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da FGV/RJ. Para ele, essa diferença justifica a criação de programas de inclusão digital específicos, voltados para afrodescendentes. (Revista Veja 09/04/03)

Questões que pautam a discussão do racismo no Brasil

Racismo à brasileira: o racismo cordial
Pesquisa de opinião realizada pela Fundação Perseu Abramo revela que 87% dos brasileiros reconhecem que há racismo no Brasil. Curiosamente, 96% não se assumem como racistas. Assim, chegamos a um dos pontos-chave da nossa Campanha: existe racismo sem racistas?
”Nós estamos aqui para tratar de problemas com os quais ninguém gosta de ser identificado: preconceito racial, discriminação, intolerância, racismo. Tem gente até que acredita que eles não existem no Brasil. Ou pensa que, quando ocorrem, prejudicam apenas algumas minorias. A realidade é bem diferente: esses males, aparentemente invisíveis, causam muito sofrimento entre nós... Essa situação injusta e cruel é produto da nossa História – da escravidão que durou quatro séculos no Brasil, deixando marcas profundas em nosso convívio social –, mas é também resultado da ausência de políticas públicas voltadas para superá-la.” (Pres. Luiz Inácio Lula da Silva, discurso de posse da SEPPIR, março de 2003).
“O mito da democracia racial foi forjado nos anos 30. Favoreceu a industrialização e a modernização das estruturas sociais do país, mas tornou-se poderoso instrumento de preservação do baixo perfil do papel ocupado por negros e negras...” (Marcelo Paixão, O Globo)
“Derrubamos o mito da Democracia Racial. Tentaram substituir, então, esse mito pelo Racismo Cordial, no entanto, o amadurecimento político do movimento negro venceu! Não há hoje mais como afirmar que não existe racismo, ou ainda de que a convivência entre brancos e negros é pacífica, diante dos dados da exclusão.” (Neide Fonseca, advogada, presidenta do INSPIR, Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial; artigo na edição de maio/2002 da revista Eparrei).

É possível definir quem é negro no Brasil?

“O Brasil é um país mestiço. A mestiçagem resulta da mistura genética entre diferentes grupos populacionais catalogados como raciais. A mestiçagem também possui elementos culturais. Afrodescendente é, ao pé da letra, o reconhecimento da descendência africana, mestiça ou não. Considerando o contexto da mestiçagem, ser negro possui vários significados. Em nosso país ser negro é uma escolha de identidade, a da ancestralidade africana. Então ser negro é, essencialmente, um posicionamento político.
Para fins de estudos demográficos, a classificação racial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é a oficial do Brasil, que adota como critério básico que a coleta do dado se baseie na auto-classificação. Isto é, a pessoa escolhe, num rol de cinco itens (branco, preto, pardo, amarelo e indígena) em qual ela se aloca. Como toda classificação racial é arbitrária, a do IBGE não foge à regra. Portanto, possui limitações. Sabendo-se que raça não é uma categoria biológica, todas as classificações raciais possuem limitações. Todavia a do IBGE é um padrão que coleta dados nacionalmente e sua utilidade está centrada, sobretudo, na unidade da coleta das informações, o que permite um padrão de comparação nacional oficial.
Para a demografia, população negra é o somatório de preto mais pardo. Relembrando que preto é cor e negro é raça, e não é nenhum bicho-de-sete-cabeças, mas não há cor negra, como falam tanto. Há cor preta. É simplérrimo, mas a maioria das pessoas, especialmente pesquisadores(as), insiste em dizer que não entende! Freud explica. Grosso modo, raça deveria ser um conceito biológico, porém não é; e etnia um conceito cultural, que também não é, pois a delimitação de grupos étnicos parte de uma suposta alocação deles no guarda-chuva dos grupos populacionais raciais!
... O conceito de raça é uma convenção arbitrária, enquadra-se como uma categoria descritiva da antropologia, baseada nas características aparentes das pessoas.” (Fátima Oliveira. Identidade racial/étnica. Publicado em O TEMPO, BH, MG e republicada em Afirma
www.afirma.inf.br/htm/politica/especial_20_de_novembro_03.htm)
“Todo este debate sobre as cotas e quem é negro é apenas uma distração que mascara questões mais sérias que não têm sido tratadas. (...) Qualquer porteiro sabe quem é negro e deve ser mandado para a entrada de serviço, assim como qualquer policial sabe quem é negro e deve ser parado na rua e ordenado a mostrar a identidade.” (Zulu Araújo, diretor da Fundação Palmares; The New York Times 05/04/03)
“Está provado que não há diferenças biológicas entre os seres humanos. É na cultura, na vida em sociedade, que surgem as diferenciações.” (Rosana Heringer, do Centro de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Cândido Mendes/RJ; OESP 16/02/03)
“A autodeclaração é a única forma possível. A questão é como o indivíduo se percebe e não como o outro o percebe. Do contrário, haveria um viés discriminatório.” (Nilcéa Freire, ex-reitora da UERJ; Globo 23/02/03)

A pobreza é o problema?
“O racismo, ao contrário do que muita gente alardeia, não é o mesmo que miséria ou pobreza. Discriminação, preconceito e opressão de classe são diferentes de discriminação, preconceito e opressão de gênero ou de raça/etnia. Cada uma possui dinâmicas de surgimento e de operacionalidade que lhes são peculiares, logo nenhuma se funde, ou se confunde, com a outra, embora possam ser reforçadas quando se abatem sobre a mesma pessoa. Cada uma exige políticas específicas adequadas. Urge que o governo entenda, por sensibilidade ou por dever de ofício, que políticas universalistas são insuficientes para abolir o racismo.” (Fátima Oliveira, médica e secretária executiva da Rede Feminista de Saúde, O Tempo, BH, MG, 19/03/03)
“Não podemos esquecer que no país a pobreza tem cor. Ela é negra. E se sobrepõe à cor um predomínio regional, que é nordestino. Sem enfrentar a pobreza da população afrodescendente não alcançaríamos resultados. Só com políticas universais é muito difícil reduzir desigualdades.” (Ricardo Henriques, economista e ex-secretário-executivo do Ministério da Assistência e Promoção Social, segundo o qual existe no país um consenso de que a “desigualdade é natural”; entrevista à FSP 27/01/03)
“As estatísticas mostram que pretos e pardos estão próximos entre si na perversidade do quadro social brasileiro e distante dos brancos. E não há pobre branco? Há, mas eles são em menor número e, por alguma razão, os brancos pobres são mais atingidos pelas políticas universalistas de inclusão. Ricardo Henriques mostra, em seu livro sobre o assunto, que entre os 20% mais pobres do país há mais meninas negras fora da escola do que meninas brancas.” (colunista Miriam Leitão; GLO 22/12/02)
''A pobreza no Brasil é um problema grave, mas sozinha não explica a exclusão social do país. O racismo, a questão de gênero e as diferenças regionais são fatores determinantes desta situação...'' (Sílvio Kaloustian, oficial de projetos do Unicef. Correio Braziliense, seção Brasil, 26/06/03)
“Vamos continuar achando e admitindo que a mulher negra e o homem negro são bons para dançar, são bons para jogar futebol, são bons para disputar as Olimpíadas, mas que para outras atividades: gerente de banco tem que ser branco, dentista, médico têm que ser branco, advogado tem que ser branco, chefe em repartição pública tem que ser branco. Até dentro das fábricas, e está aqui um negro saído de dentro da fábrica, o companheiro Vicentinho, sabe que se, numa empresa, houver dois trabalhadores para serem escolhido para um deles ser chefe, se houver um negro e um branco, pode ficar certo de que o branco será escolhido para ser o chefe daquela fábrica.” (Pres. Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso de posse da SEPPIR, março de 2003).
Lutar contra o racismo não é praticar o racismo ao contrário?
Ser negro e ser branco não são dois lados da mesma moeda. A injustiça gerada pelo racismo significa que a inversão das posições não é possível, a não ser em um exercício retórico, acintosamente experimental. O que muitas vezes se chama de ‘racismo ao contrário’ é uma explicitação de um padrão: o racismo é destacado porque de repente o negro reivindica ser a norma, em um dia-a-dia em que os brancos estão acostumados a prerrogativas especiais. O que ofende é a explicitação dessa situação. Ignoramos ou esquecemos de pronunciar, em geral, a frase que vem primeiro, quando se protesta reivindicações negras: ‘Tudo bem que a sociedade é racista, mas isso é racismo ao contrário.’ Lutar contra o racismo implica em aplicar medidas que efetivamente diminuem o privilégio de ser branco, ao igualar as condições do ‘jogo’ social.

QUANDO O POLICIAL PODE REVISTAR O CIDADÃO?
É comum a Polícia Militar ou Civil, com o objetivo de combater a violência e proporcionar mais segurança à população, principalmente nas grandes capitais brasileiras, fazer blitz pelas ruas, procurando drogas, suspeitos, irregularidades com documentos de carros etc. Mais comum ainda, em particular nos bairros da periferia, é o policial bater nas portas das casas para revistá-las e aos seus moradores. Mas, como a população deve se comportar ao ser abordada por um policial, tanto na rua, como em sua casa?
“O poder da polícia autoriza o policial a fazer a vistoria em automóveis e a revista pessoal, sendo que esta não poderá ser íntima, a não ser na delegacia e guardando respeito à privacidade, intimidade e moralidade do revistado, ou seja, uma mulher não poderá ser revistada por homem, e não se exigirá que se dispa em público”, afirma o advogado Ricardo Azevedo Leitão, mestre em direito constitucional e professor de MBA em Administração e Negócios da ESPM.
Segundo o constitucionalista, se durante a solicitação de revista, pessoal ou em carro, o policial abusar do seu poder impondo a sua autoridade através de gritos, humilhações moral ou física, o revistado deverá denunciar o seu comportamento à Corregedoria. “Se o policial abusar do seu poder e invadir ou revistar a casa, o cidadão deverá apresentar reclamação contra o policial também na Corregedoria, bastando apenas anotar a delegacia (no caso de policial civil) e o nome do oficial. Se for policial militar, deve-se anotar o nome do batalhão, que deve estar visível na farda, e o nome de guerra do mesmo”, comenta Azevedo Leitão.
“O policial não poderá invadir uma residência sem mandado de busca e apreensão”, comenta Leitão. E complementa: “As exceções ficam por conta de delito em flagrante, ou seja, se forem ouvidos gritos de uma pessoa que está sendo espancada, então o policial pode entrar, ou em caso de emergência, para o salvamento de vítimas”. O professor ressalta que se esses dois fatos não estiverem ocorrendo, o policial só poderá entrar na casa do cidadão com um mandado em mãos, devidamente assinado por um Juiz, onde estará o propósito da averiguação.
Silvia Helena Martins -silvia.martins@mundonegro.com.br http://www.mundonegro.com.br/noticias/index.php?noticiaID=228

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

HISTÓRIA DO CAFÉ

A LENDA DO CAFÉ

Não há evidência real sobre a descoberta do café, mas há muitas lendas que relatam sua possível origem.

Uma das mais aceitas e divulgadas é a do pastor Kaldi, que viveu na Absínia, hoje Etiópia, há cerca de mil anos. Ela conta que Kaldi, observando suas cabras, notou que elas ficavam alegres e saltitantes e que esta energia extra se evidenciava sempre que mastigavam os frutos de coloração amarelo-avermelhada dos arbustos existentes em alguns campos de pastoreio.

O pastor notou que as frutas eram fonte de alegria e motivação, e somente com a ajuda delas o rebanho conseguia caminhar por vários quilômetros por subidas infindáveis.
Kaldi comentou sobre o comportamento dos animais a um monge da região, que decidiu experimentar o poder dos frutos. O monge apanhou um pouco das frutas e levou consigo até o monastério. Ele começou a utilizar os frutos na forma de infusão, percebendo que a bebida o ajudava a resistir ao sono enquanto orava ou em suas longas horas de leitura do breviário. Esta descoberta se espalhou rapidamente entre os monastérios, criando uma demanda pela bebida. As evidências mostram que o café foi cultivado pela primeira vez em monastérios islâmicos no Yemen.


OS PRIMEIROS CULTIVOS DE CAFÉ

A planta de café é originária da Etiópia, centro da África, onde ainda hoje faz parte da vegetação natural. Foi a Arábia a responsável pela propagação da cultura do café. O nome café não é originário da Kaffa, local de origem da planta, e sim da palavra árabe qahwa, que significa vinho. Por esse motivo, o café era conhecido como "vinho da Arábia" quando chegou à Europa no século XIV.

Os manuscritos mais antigos mencionando a cultura do café datam de 575 no Yêmen, onde, consumido como fruto in natura, passa a ser cultivado. Somente no século XVI, na Pérsia, os primeiros grãos de café foram torrados para se transformar na bebida que hoje conhecemos.

Degustação de café na Etópia

O café tornou-se de grande importância para os Árabes, que tinham completo controle sobre o cultivo e preparação da bebida. Na época, o café era um produto guardado a sete chaves pelos árabes. Era proibido que estrangeiros se aproximassem das plantações, e os árabes protegiam as mudas com a própria vida. A semente de café fora do pergaminho não brota, portanto, somente nessas condições as sementes podiam deixar o país.

OS PRIMEIROS CULTIVOS DE CAFÉ

A planta de café é originária da Etiópia, centro da África, onde ainda hoje faz parte da vegetação natural. Foi a Arábia a responsável pela propagação da cultura do café. O nome café não é originário da Kaffa, local de origem da planta, e sim da palavra árabe qahwa, que significa vinho. Por esse motivo, o café era conhecido como "vinho da Arábia" quando chegou à Europa no século XIV.

Os manuscritos mais antigos mencionando a cultura do café datam de 575 no Yêmen, onde, consumido como fruto in natura, passa a ser cultivado. Somente no século XVI, na Pérsia, os primeiros grãos de café foram torrados para se transformar na bebida que hoje conhecemos.

A partir de 1615 o café começou a ser saboreado no Continente Europeu, trazido por viajantes em suas frequentes viagens ao oriente. Até o século XVII, somente os árabes produziam café. Alemães, franceses e italianos procuravam desesperadamente uma maneira de desenvolver o plantio em suas colônias.

Mas foram os holandeses que conseguiram as primeiras mudas e as cultivaram nas estufas do jardim botânico de Amsterdã, fato que tornou a bebida uma das mais consumidas no velho continente, passando a fazer parte definitiva dos hábitos dos europeus.

Muda de café cultivada no Jardim Botânico de Amsterdã

A partir destas plantas, os holandeses iniciaram em 1699, plantios experimentais em Java. Essa experiência de sucesso trouxe lucro, encorajando outros países a tentar o mesmo. A Europa maravilhava-se com o cafeeiro como planta decorativa, enquanto os holandeses ampliavam o cultivo para Sumatra, e os franceses, presenteados com um pé de café pelo burgomestre de Amsterdã, iniciavam testes nas ilhas de Sandwich e Bourbon.

Com as experiências holandesa e francesa, o cultivo de café foi levado para outras colônias européias. O crescente mercado consumidor europeu propiciou a expansão do plantio de café em países africanos e a sua chegada ao Novo Mundo. Pelas mãos dos colonizadores europeus, o café chegou ao Suriname, São Domingos, Cuba, Porto Rico e Guianas. Foi por meio das Guianas que chegou ao norte do Brasil. Desta maneira, o segredo dos árabes se espalhou por todos os cantos do mundo...

Você pode ler mais nesta fonte: ABIC
http://www.abic.com.br/scafe_historia.html

terça-feira, 3 de novembro de 2009

As propagandas inesquecíveis e algumas músicas do “meu tempo”

Falando nas propagandas da minha época de menina, eu lembro de algumas e situações que as envolvem.

A música da propaganda das Duchas Corona:

Apanho o sabonete,
Pego uma canção,
E vou cantando sorridente,
Duchas Corona,
Um banho de alegria,
Um mundo de água quente !!!
lembro que mudamos a letra e cantávamos mas agora não lembro como era.



Tinha a propaganda da Rexona: "Com Rexona sempre cabe mais um ! "

Do Denorex: … Caspa, eu ??? (Denorex, que parece remédio, mas não é !)


Xampu Colorama: "Você se lembra da minha voz ? Continua a mesma, mas os meus cabelos... , quanta diferença !"


Das vitaminas para crianças tais como: Biotônico Fontoura


Nas propagandas, a propaganda do cotonete era bem legal. Ele era azul do Cotonete Johnsons que ficava se enxugando e dançando !
Cotonetes Johnson & Johnson - "Banheira"- 1978


E dos Calçados Ortopé com o Ferrugem, um menino ruivinho, com uma música assim:
"Ortopé, Ortopé, tão bonitinho ,
Use Ortopé pra proteger o seu pezinho,
Tênis e botinhas,
sandálias, sapatinhos,
Ortopé, Ortopé, tão bonitinho !"

Tinha também a propaganda das Casas Pernambucanas. Essa eu não esqueci da música que era assim:
Toc, toc, toc;
Quem Bate ? - É o Friooooo....
Não adianta bater, eu não deixo você entrar,
As Casas Pernambucanas,
É que vão aquecer o meu lar !
Vou comprar flanelas;
Lãs e cobertores eu vou comprar;
Nas Casas Pernambucanas;
e não vou sentir o inverno passar !



Outras músicas bem divertida eram dos programas Plunct Plact Zummmm,





Balão Mágico,



e a Arca de Noé


e do grupo Menudo cantando Não se reprima...Essas músicas eu e minhas primas decorávamos, ensaiávamos e apresentávamos pra vó Eva e pro meu falecido vô Antenor. Com paciência eles assistiam até o fim a apresentação.


O Eduardo Dusek cantando Troque seu cachorro por uma criança pobre...


era muito bom; e cantávamos bastante assim como A Menina Veneno do Ritchie,


RPM;



e as músicas da Blitz que não cansávamos de ouvir e cantar "Voce não soube me amar.."


E, claro a dos meus discos das Patotinhas. Elas dançavam de patins e cantavam. E, eu obviamente, imitava cada gesto.

Gengibira, é uma soda caseira de gengibre.

Quarta-feira, 15 de Abril de 2009
Spritzbier


- refrigerante caseiro alemão


*** depois de pronta a bebida tem de ser mantida fria!




ingredientes:

- 1,5 kg de açúcar cristal

- 10 litros de água filtrada, ou mineral

- 100 g de raiz de gengibre fresco

- 1 c.s. de Quilaya

- 1 c.c. de fermento biológico seco





Material

- Garrafas com tampa rosca (de preferência de vidro)

- Uma panela grande,com tampa.

- Coador

- Funil

- Copo medidor





Na panela, junte 3 litros de água, a quiláia, o gengibre cortado em rodelas.

Deixe ferver e cozinhe em fogo baixo por cerca de 1 hora e meia.

Desligue e adicione o açúcar, mexendo bem.

Espere o líquido amornar e junte o fermento.

Cubra com uma toalha e deixar descansar por 48 horas (ou até 72 horas, em clima mais frio).

Coe e adicione o restante da água, até completar os 10 litros.

Engarrafe a bebida (não encher totalmente, deixar uns três dedos vazio) e deixe fora da geladeira por cerca de 48 horas (ou mais tempo, se a temperatura ambiente for baixa).

Para testar se a bebida está pronta abra uma garrafa e observe se está espumante.

Levar à geladeira.

Volte sempre!

Volte sempre!

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