Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

Páginas

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006




Os desenhos da Disneylândia na Globo não sei porque não aparecem mais. O próprio Walt Disney falava no início dos desenhos sobre suas criações.


quarta-feira, 29 de novembro de 2006




O desenho dos Os Herculóides era um em que eles tinham a tarefa de proteger o planeta. Ah, eles eram mutantes.



sábado, 28 de outubro de 2006

JAMBO E RUIVAO




O desenho do Jambo e Ruivão era um que Jambo, um cão e Ruivão, um gato viviam historias cheias de aventuras. Cada vez que começava um novo desenho, tinha um narrador que contava rapidamente a ultima estória.


Goela do Inferno




Bah, outro dia, conversando com minha mãe, começamos recordar a minha infância.

Falamos algumas coisas pra minhas sobrinhas de 9 e 5 anos. Elas riam sem acreditar muito de como eram as coisas sem jogos no celular, DVDs e computadores.

Fiz elas ouvirem uma estória de meu tempo gravada em fita K7, acharam engraçada a fita e ficaram quietinhas ouvindo a estória da “Goela do Inferno”. Aliás, uma das minhas estórias prediletas.

Então, cá está no blog as lembranças de uma infância muito bem vivida.

Vou começar pela “Goela do Inferno”.

Será que alguém lembra dos gigantes jogando CAXANGA e os anões desesperados para saírem da Goela?

E, a princesinha Miosótis com aquela voz doce e meiga? Ela era linda na minha imaginação de menina.

Você conhece ilusionistas? Então começamos por aqui.




Existem grandes ilusionistas no mundo.
Pessoas capazes de fazer com que as nossas mentes transformem o imaginário em real, e o real em imaginário. Bela profissão. Temos que aprender com eles que o que parece as vezes não é.
Há também aquelas pessoas que pensam ser a sua interpretação, de uma suposta imagem ou situação, a resposta correta, definitiva. No entanto, o mundo tem infinitas interpretações e conceituações, diferentes daquelas que pensamos serem as verdadeiras.
Uma simples vela é capaz de iluminar uma casa sem luz; transforma-se em uma oferenda num culto religioso; é um fogo incendiário ao cair em cima de uma cama; um objeto que pode exalar perfumes inebriantes a um ambiente de amor. Se colocada em uma maquete, poderá virar um poste de luz.
Um casal de relacionamento aberto pode ser visto como dois sem vergonhas sem respeito algum, que se envolvem com qualquer um sem regras. No entanto, na intimidade da relação, esse casal pode ter tido vários pactos para que esse relacionamento fosse aberto sem jamais trair um ao outro.
Um homem machista na sua casa, impondo regras a sua prole e esposa, pode ser alguém que quando chega a noite, diz que vai ir ao futebol. Todavia, sai de casa a procura da amante para lhe introduzir um “brinquedinho” e mandar que ele rebole.
Outro homem travestido, ao ver um amigo ou amiga em apuros num assalto, estica a perna em um golpe de kung Fu, colocando fim na situação.
Uma pessoa, dita como mente aberta, discuti os direitos dizendo que igualdade é para todos. Entretanto, não suporta o “negão da casa do lado”. Deve haver igualdade na diferença. Esse ponto ele esquece.
Nos dias de hoje, alguns ainda acreditam que toda a mulher divorciada, ou é mal amada, ou está pronta “pra dar pra qualquer um” ou roubar o homem da amiga.
Sendo pejorativa em todas as situações que cito aqui, para que todos vejam a onde quero chegar.
Todo o “aidético” deve ser mantido distante porque vai contaminar toda a família e amigos.
Todo o drogado é bandido.
Todo o alcoólatra é pilantra e vive no cabaré.
Toda a puta não precisa de respeito porque só sabe abrir as pernas.

Aqui, chego, caro leitor. 

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

URSO DO CABELO DURO




Outro desenho que lembro é o Urso do cabelo duro. Era uma turma de ursos que moravam em um Zoológico e aprontavam todas pela cidade mesmo com a perseguição dos zeladores Sr. Pivi e Botch. Deste desenho tem uma coisa cruel de outras crianças comigo. Rsrsrs
Na época deste desenho com meus 9 anos, alguém teve a infeliz idéia de cortar meu cabelo bem curtinho, como de um menino. Só que meu cabelo é cacheado, então, ficou cheio de molinhas e as crianças riam de mim, me chamando de urso do cabelo duro. Que meses horríveis.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

O tapa





Abre a porta com dificuldade do prédio onde está indo morar.

Os pacotes da mudança estão em seus braços. Estão quase caindo. Já não tem as roupas alinhadas de seu trabalho de executiva, e sim, amarrotadas pelas caixas de mudança.

Seu corpo cansado tenta manter o pique necessário para arrumar toda aquela bagunça. Quando então, de repente, um rapaz alto jovem ao sair do prédio pega os pacotes de seus braços. Parece que toda carga do dia pesado se vai embora. A energia de seus 33 anos é demonstrada no brilho de seus olhos ao vê-lo.

Olá vizinha. Posso ajudar? – Soam como música aos seus ouvidos encantados pela beleza dele.
Obrigada. – É só o que ela conseguiu dizer embora tenha tido vontade de dizer: nossa, claro, e como, quer entrar também? Mas não diz. Um simples obrigado é o suficiente. Até porque ele se adianta e diz que virá uma horinha tomar um vinho com ela.

Atiradíssimo e muito atraente com aquele corpão de quase 1.90, olhos azuis como céu e pele morena cuia.
Uiiiiiii, pra eu descrever é difícil sem babar antes.
Sabe aqueles deuses saídos de algum filme romântico com tudo e mais um pouco simbolizando a perfeição? É assim esse homem. Perfeito no perfume, na voz, no corpo.

Ela nem dorme direito pensando no vizinho e se um dia realmente vão ou não se encontrar.

Como ela não é o tipo de mulher que um homem jogue fora, mas também não tem o estereotipo de rainha da beleza ou a idade de uma, fica na dúvida do reencontro. Nem imagina que possam ir alem de um Oi.
Assim, termina a mulher de fazer mais uma mudança em sua vida. Todavia, com perspectivas de muitas coisas boas nesse novo endereço, ao menos no sentido que verá um espécime masculino lindo a desfilar pelo condomínio.


No decorrer dos dias, caixas se abrem e roupas pulam para o guarda roupa até que alguém bate a porta.

A noite já estava alta.

O vizinho é quem esta do outro lado com duas taças e uma garrafa de vinho nas mãos.

Ela fica pensando se é verdade ou alucinação sua. No entanto a campainha toca insistentemente. Não, não é uma peça de sua imaginação.

Ela abre, e simplesmente, como se conhecessem há muito, se beijam e bebem o inebriante tinto até embriagados fazerem-se amar no tapete da sala por entre sons românticos. As taças que se cruzam na volúpia de prazer desses corpos.


O tempo transcorre em noites e dias de amor.
Como nada é eterno, por infeliz atitude, incompatibilidade de algo ainda não experimentado, um dos encontros do casal é marcado. Ele lhe dá um tapa na bunda.

Ela ensandecida lhe rebate no rosto. Coloca-o pra fora do apto e o encanto de romance quebra-se pra nunca mais voltar.




sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Alguém comum



Acorda de manhã e mais um dia ela pensa.

O sol entra pela janela e os raios atingem seu rosto. As cortinas já não estão mais neste quarto. Ela esfrega os olhos, puxa o edredom ao rosto e tenta continuar a dormir.

Não adianta. Despertador toca.

Não dá mais tempo pra esfregar o rosto nos lençóis, espreguiçar-se. Tem que levantar e ponto final.

Mais um dia qualquer na vida de uma pessoa qualquer.

O jeito é acordar dentro do chuveiro. Pronto.

Lá está ela com a água correndo no corpo. Não se importa com nada além de si durante 15 minutos. Agora é ir à batalha.

Sai de casa algum tempo depois usando o velho jeans, uma sandália e uma blusa mais ou menos nova para procurar trabalho.

Aqui está uma brasileira comum, de tempos em tempos procurando trabalho, sem formação específica nem idade para os programas de governo lhe ajudarem em uma colocação profissional. E assim, ela leva a vida, de empresa à empresa, sem formação e função das mais variadas.

A vida da brasileira comum é assim mesmo. Procura um emprego, arruma, trabalha, e muda novamente. Uns dizem, o importante é não ficar parado e estar ganhando sempre. Será? Até quando?

Ela já não sabe mais onde ir ou a quem entregar aqueles malditos curriculos que não saem das gavetas das empresas.

Aqui já começa o desespero da criatura. Quem sabe tentar uma vaga como meretriz? Loucura! Como se isso fosse fácil? Vocês sabiam que tem de ter perfil pra isso também? Não é pra qualquer uma.

Alguém parou pra pensar na profissão que estas pessoas exercem? Uns assombram em piadinhas do tipo "vida dura". A verdade que é sim. São pessoas que obviamente são obrigadas a se sujeitar a clientes dos mais sórdidos e indesejáveis possíveis para cumprirem com suas obrigações profissionais. Claro, não sejamos inocentes em pensar que estas não gostam do que fazem. Certamente há quem goste como em qualquer profissão. No entanto, muitas não vêem alternativas para suas vidas.

Mas voltando a nossa desempregada, ela já pensou em todas as possibilidade mas não desistiu ainda de encontrar um trabalho digno em algum lugar.


A noite ela volta para casa com suas pernas inchadas, seus pés doendo e seu corpo já padecendo os efeitos do tempo.  

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Vida




Dizer que viver é ruim, mentira. Entretanto, falar que tudo é belo, é hipocrisia.
Todos os momentos são únicos, surpreendentes, mesmo aqueles que acreditamos saber seu desfecho.
Quando penso nas vira-voltas de todo o ser humano, acredito que o sentido de nossas vidas simplesmente manifesta-se na ação do existir. Nada além do fato de a alma e o corpo estarem manifestando-se. Sendo assim, não há romantismo ou hipóteses na existência que sustente esta frase: “somos a vida e a vida somos”.
Os dissabores, realizações mostram apenas o que pode ser melhor ou pior para nós mesmos. Independente de crença, vida pós morte. Por isso, faça o melhor hoje pois amanhã você será pó.
Muitas transformações na existência são registradas em nossos corpos e mentes. Processos vividos com lágrimas, risos, dores, orgasmos, amores, ódios, entre tantos outros sentimentos que invadem a vida de cada um.
Mudanças sociais e financeiras são intensas, de Cinderela a Gata Borralheira e vice-versa. No meu caso, acredito estar vivendo a primeira. Fazer o quê? Viver!
Acho que Exupery sabia ao dizer essa frase que iria além das fronteiras das relações humanas, “és eternamente responsáveis por aquilo que cativas” porque somos responsáveis sim, pelo que levamos de nossas ações e consequentemente, a vida que temos.
Nesta situação me enquadro com as satisfações pessoais e penúrias.

Nem questiono o sopro divino da existência aqui. Não seria possível levar em consideração o fato da fragilidade de nosso corpo e mente diante da morte e vida. Hoje, vivos e segundos após mortos.

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Mundo



Mundo cheio de tudo.
Insatisfeito na diferença,
satisfeito nos seus ideais.

Mundo de pessoas que olham para si
e dizem olhar pelo outro.
Não aceitam que o outro seja diferente
no seu jeito de viver.
Julgam o que acreditam certo,
esquecendo-se que é impossível julgar
sem ser colocado no outro lado da balança também.


segunda-feira, 15 de maio de 2006

Nossas Máscaras


Todos temos máscaras e através delas que nos deixamos conhecer.
Nem sempre é possível tirá-las como gostaríamos.
São essas máscaras a nossa proteção contra nós mesmos e os outros.


terça-feira, 25 de abril de 2006

Os valores




Os valores que muitas vez são levados em conta ao conhecer alguém são deturpados.
Acredito que o ser humano deve se conhecer em sua essência para vir a se apaixonar.
O que somos por fora não vale muita coisa.

por fora bela viola por dentro pão bolorento” (dito popular)

segunda-feira, 6 de março de 2006

O conhecer


Quando olhamos alguém, só vemos a máscara do belo ou feio.
Com o passar do tempo, com a convivência,
talvez, possamos ver um pouco mais da

verdadeira essência do outro.

sábado, 18 de fevereiro de 2006

Resenha do artigo “Os limites da semântica e da pragmática”





No artigo “Os limites da semântica e da pragmática” de Aline Soler Parras são abordadas as questões da semântica e pragmática. A autora diz que os limites destas baseiam-se nas teorias de linguistas como Austin, Ducrot e Grice.
Segundo o artigo, Ducrot recebe influencia do ambiente.
Cita Ilari e Geraldi que falam da importância da dêixis que se apresentam no ato da fala. Frisa que as palavras modificam seu sentido.
O artigo refere se aos critérios do uso da língua que Austin tenta definir.
A autora diz que Austin formula uma distinção entre constativo e performativos.
A autora aborda as teorias linguísticas e fala que os linguistas definem e compartilham regras. Diz que o ato ilocucionário que pode ser contativo e performativo.
[...]Ao ato de produzir sons, emitir palavras que pertençam a um sistema gramatical e que possuam sentido e referência, Austin chama de ato locucionário. O ato perlocucionário é o efeito produzido pelo que se disse, que pode, muitas vezes, não atingir o feito esperado. O ilocucionário, ao contrário, é convencional,[...]”
Cita neste artigo exemplos de ato ilocucionário.
Critica o trabalho de Austin por restringir-se a estrutura e quando refere-se a Paul Grice, frisa o fato deste considerar o sujeito. Faz uma abordagem da teoria de Grice e das regras necessárias a linguagem que chama de máximas conversacionais, reunidas sob o Princípio da Cooperação. Então, a partir disto estabelece os critérios conversacionais. Mostra que o ouvinte ao escutar um enunciado, procura um sentido e tenta deduzir o sentido do que foi dito pelo locutor.
Já, segundo o artigo, para Ducrot, a língua é representada subjetivamente e este, constrói procedimentos da semântica. Diz também que, Ducrot é influenciado por Bakhtin, Austin e Grice. Portanto, a enunciação é a atividade de linguagem exercida por aquele que fala no momento em que fala. No entanto, com o passar do tempo, Ducrot descentraliza o sujeito.
O artigo de Parra cita as várias distinções entre as cadeias enunciativas feitas por Ducrot e levanta a questão do pressuposto na construção dos discursos. Diz que “o posto e o pressuposto são as ferramentas utilizadas pelos locutores para resgatar os referentes comuns entre os interlocutores”.
Diz que o ato de falar é o modo de haver coesão do discurso. Então, os enunciados e frase têm sentido. No entanto, para que ocorra algum elemento semântico precisam ser considerados.
A autora conclui que as definições linguísticas consideram aspectos sociais, políticos e ideológicos. Refere-se a Ducrot como quem mais se aproximou da análise do discurso e este, como defensor da construção da linguagem a partir do sujeito.




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