Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Entrevista que eu dei para uma acadêmica

QUEM É VOCÊ?

Adriana Tavares Pimentel, 51 anos, com formação pós graduada. Tecnóloga em Processos Gerenciais, Pedagoga, professora de Língua Portuguesa, especialista em Educação em EAD, Orientação Educacional, Supervisão e Gestão Escolar. 

Leciona na rede particular desde 2013 e anteriormente, lecionava na rede estadual do RS.

Nos anos 2000, ainda em formação na época, já trabalhava como educadora voluntária em alguns lugares na cidade de Porto Alegre. Suas atividades eram focadas em atividades de Hora do Conto.

Outra atividade exercida é em editora própria e escritora. 

Possui algumas publicações de livretos: conto infantil, conto filosófico focado no adolescente e adulto, poesias, contos e crônicas para adultos.

 

1 Qual o papel do docente na formação do sujeito?

 A formação do sujeito se dá em parte com o docente sendo um mediador em suas reflexões e descobertas. O papel do docente é auxiliar na construção do sujeito e ser construído também. Não é unilateral. No momento que ele conduz o docente, também é conduzido na sua formação.

 

 2 Quais são as principais reflexões acerca do aluno que um professor não pode nunca esquecer?

 Acredito que o professor jamais deve esquecer que ele também é um aluno; o seu educando deve ser respeitado em suas divergências de opinião e orientado na construção da expressão de suas ideias. Penso que deve ser respeitado o tempo de desenvolvimento da aprendizagem de cada um, assim como o limite que pode estar se apresentando nessa construção, mas nunca deixar de estimular que ele ultrapasse até mesmo o que acredita não conseguir mais. Sempre levar ao aluno a acreditar que seu potencial é elevado e que ele pode se superar. Ser empático durante todo o processo e não pensar que todos os alunos são iguais. O respeito às diferenças devem sempre prevalecer.

Friso que o professor como alguém que professa conhecimento é ultrapassado em minha visão. No entanto, o conhecimento formador de sua área deve ser valorizado. Através dele conseguimos o conduzir as reflexões e construções de nossos educandos. Assim como, ver o aluno em sua significação primária como ser sem luz, também não condiz com a realidade. O aluno jamais será sem luz. Já possui luz própria que fortalece na medida que novas ideias e desenvolvimentos surgem. Todos somos alunos o tempo todo.

 

 

 

3 Quais os pensadores lhe ajudam a compreender a condição dos sujeitos da Educação?

 

Wallon é um pensador importante em minhas concepções como educadora. Suas ideias quanto à importância da afetividade no desenvolvimento humano traz de modo inquestionável o homem como ser social e capaz de transpor sua capacidade ao sentir um afeto positivo e regredir se essa afetividade for negativa.

Paulo Freire, no que tange a construção do conhecimento entrelaçada a interação, assim como o comportamento do homem.

Emília Ferrero, expressa que a construção do conhecimento tem etapas de avanço e recuo, as quais são vitais para essa aprendizagem.

Em suma, estes três são admirados por mim e sempre aprendo muito com o que leio deles. Há outros que gosto muito como Vygotsky e Piaget.  

A construção de um indivíduo não é estagnada. Portanto, o tempo todo há o que aprender, reaprender, refletir e até mesmo desconstruir. Crescer implica estar consciente que é inacabado durante toda a trajetória de nossas vidas.

 

 

4 Como acontecem as relações interpessoais em sua sala da aula?

 

Dentro da minha sala de aula, especificamente, na disciplina de língua portuguesa, as relações interpessoais são gradativamente construídas durante o ano. Um local onde construímos juntos as regras de convivência e procuramos escutar uns aos outros e discutir situações pertinentes que nos levem a reflexões e crescimento.

Nos momentos de conflitos, normalmente, procuramos levantar os porquês de eles terem surgido e encaminhar para uma solução antes de qualquer outro procedimento.

O fato desta disciplina possibilitar a expressão escrita e verbal traz vantagens diante deste desenvolvimento educacional e social.


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