Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

Mostrando postagens com marcador Alemão Batata. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Alemão Batata. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

PROJETO DE VALORIZAÇÃO DA CULTURA DOS IMIGRANTES ALEMÃES AOS MOLDES DO “ALEMÃO BATATA” E ADAPTAÇÃO DE TEXTOS A OUTROS GÊNEROS TEXTUAIS



Pensando na valorização e resgate da cultura alemã, foi desenvolvidas reescritas dos textos do livro Alemão Batata, do escritor Eduardo Kauer. Através da adaptação dos textos a novos gêneros possibilitou-se a inserção do aluno nas histórias de seus antepassados. Além de incentivar a cultura dos imigrantes de nossa região, levando o conhecimento dos mais variados tipos de arte, música, dança, gastronomia e teatro.
No desenvolvimento deste projeto, cumpri-se com um dos princípios da educação de criar pessoas com capacidade de argumentar fazendo coisas novas, capazes de transformar o mundo que estão inseridas.
Jean Piaget, Vigotsky, Anísio Teixeira, Montessori, Paulo Freire e tantos outros educadores concordam que ensinar não é só construir conhecimentos, nem repetir o que já foi feito. Ensinar é possibilitar novas construções de mundo com capacidade de gerir sua própria vida.
Na atividade de leitura e escrita, o professor, independente da area de atuação, possibilita ao aluno novos caminhos e compreensão de seu universo. E, no que tange a valorização e resgate cultural, o livro trabalhado em sala, cumpri com seu papel brilhantemente.
Pensando na Escola da Ponte, no fazer crianças/adolescentes autônomos, participativos e convivendo com ideias diferentes de mundo, foi sugerido o envolvimento de todas as turmas, a prática do confronto de ideias e liberdade de criação para possibilitar um consenso quanto ao gênero textual a ser produzido e tipo de apresentação.
Na parte teórica que envolvia os textos, foi focada na gramática reflexiva para que os alunos compreendessem o porquê de determinadas colocações gramaticais.



PROFESSORA ORIENTADORA

Adriana Tavares Pimentel



Adaptações em vídeos dos textos do "Alemão Batata"

Dote em ovelhas

Pensando na Imigração Alemã e nos descendentes Gaúchos

Poesias dos alunos no concurso "Poesia em Movimento" realizado em setembro de 2014 em Montenegro.



Gaúcho-alemão


Violeta

O gaúcho-alemão gosta de churrasco.
Vive com seu cavalo com casco.
Na Alemanha, joga dado. 
No Brasil, ele joga carteado.
O gaúcho come cuca, chucrute, pão 
que a alemoa faz à mão. 
No Kerb bem-vindo seja 
com carne de porco e muita cerveja 
Ele é de Montenegro, terra de tradição 

com bergamota montenegrina e muita canção.



O alemão


Magno


Tinha um alemão
que imaginavam um imigrante bem fortão
Diziam que se um trem viesse, ele parava com a mão.
Na verdade, ele gostava de comer bolacha com batata
e ficava bem triste quando alguma caia no chão.
Um dia, o trem passava e o alemão olhava.
Sempre esperto não ficava muito perto.
Porque sabia que fortão não era.
Tinha certeza que se o trem o batesse seria fatal
perdiria a vida com um golpe mortal.
O alemão iria a final
de sua vida de um imaginador bem legal
para a terra do pé. Isso sim, era real.




O alemão e a alemã
Nina

A alemã toma chimarrão,
o gaúcho come costelão.
Ao servir o café, cuca e pão,
entre os imigrantes estava o alemão
que adora jogar um bolão.

Alemão planta batata e bergamota.
Gosta tanto disso que pra vai pra roça
a pé ou de carroça.
Mas pra pegar a bergamota

sempre tem que estar de bota.




Tradição

Snake Yes

Aqui, no Sul, temos muita tradição.
Temos cavalos, churrascos, chimarrão
e gaúcho tocando boiada com perfeição.
Montenegro tem gaúcho e alemão.
O alemão gosta de cuca, chucrute e chimia.
Seu passado foi difícil sua vó dizia.
Trabalham e vivem na roça,
para tirá-los de lá, não há quem possa.
Vão para o boteco se divertir,
para descansar, beber e também, curtir.




Trabalho no campo

Zica

O alemão acorda cedo
e vai pra roça sem medo.
Sem preocupação, ele toma seu chimarrão.
Seguindo a tradição, calça suas botas e vai cuidar da plantação.
Cavalo, o bicho bom, ajuda a tocar a boiada parada na estrada.
O dia vai acabando e para casa ele vai cansado caminhando.
A patroa está esperando
e a cerveja com moderação vai tomando.
Hoje, o dia foi puxado mas não ficou chateado.
Aqui, vivi feliz por que foi isso que sempre quis.


O fazendeiro alemão

Tom



Um fazendeiro carneou um boi
mas não sei como foi
só sei que fez uma linguiça
para mandar aos parentes na Suiça.
Ele é um alemão
e faz um bom chimarrão.
O homem foi numa roça
e colocou limão na carroça.
Ele gosta de jogar bolão lá no Cafundó,
foi o que disse a minha avó.




Alemão

Lobão

A copa do mundo foi vista com muito churrasco e chimarrão,
pena que não demos o grito de campeão.
Nas semifinais, nós perdemos de goleada,
parecia que estávamos sendo esmagados por uma boiada.
Não posso nem pensar em alemão,
porque destruíram a chance de sermos campeão.
Montenegro ficou parado,
olhando o Brasil sendo massacrado.
Quatro anos vão passar voando.
E, vamos com o Brasil gritar que o campeão está voltando!



Alemão

Alemão




O gaúcho acorda cedo, e logo faz o chimarrão,
mas o que não pode faltar é o saboroso pão.
Não pode se esquecer do alemão
que na copa bateu um bolão.
Montenegro é uma cidade muito complicada,
como torcer para o Brasil se tem muito alemão com afilharada.
Eu garanto que vi alemão batata e não era na mata.
Foi depois daquele dia que parecia boiada e ganharam de goleada.
E, foi no Cafundó,
eu disse a Aninha: Que dó! Que dó!



O alemão

Cloé

O alemão anda de trem
e depois vai além.
Ele gosta da prenda
que tá sempre na tenda.
Ela cozinha batata
e ele mata barata.
Ele bebi cerveja
e ela arruma a mesa.
Ela faz cuca
e ele a beija na nuca.


Alemão

Mano

Onde eu moro tem muito alemão.
Todo o final de semana sentam no sol pra tomar chimarrão.
Bom, há duas coisas que não pode faltar:
Gaúcho a trovar e a roda de chimarrão,
sempre com muita emoção.
Do alemão gaúcho não tem como não gostar.
Boa gente este homem que veio de longe agradar
e aqui ficou pra morar.
É aqui no Cafundó, muitos descendentes deles estão,
é só prestar a atenção.




Alemão

Xeka

Um dia um alemão me deu um tundão
porque o boi me deu um oi.
O brabo que não entendi no que ofendi.
Não sei nem o que ele usa para jogar bocha
até acho que é galocha.
Depois vi lá no Cafundó
coisa de geada que me deu dó.
Eram as bergamotas que estavam mortas.
Agora a história é outra, deixa pra lá o carrasco
porque eu quero mesmo é comer churrasco.




Minha avó

Leão

Minha avó tem 60 anos.
Ela só mexe com panos.
Um dia, um dos canos da cozinha estourou
e ela se molhou.
Morava perto do Parque Centenário
ela chamou o hidráulico, um solitário.
Ele contou que viu uma boiada
junto com um velhinho contando piada
era próximo de uma escola
no campo que os alunos jogavam bola.

O Alemão

Desenhista

O meu amigão é um Alemão.
Ele come bergamota, trabalha na roça,
e depois, vai jogar bocha.
Em casa, ferve uma linguiça com pão,
enquanto prepara o chimarrão.
Ele foi prô Caí plantar batata mas não deu,
porque tudo apodreceu.
Ele voltou de bicicleta e conheceu a prenda Felizberta.
Casou e construiu uma casa
afinal, prá que criar asa?


Texto premiado do aluno Christofer



Alemão

Alemão

O gaúcho acorda cedo, e logo faz o chimarrão,
mas o que não pode faltar é o saboroso pão.
Não pode se esquecer do alemão
que na copa bateu um bolão.
Montenegro é uma cidade muito complicada,
como torcer para o Brasil se tem muito alemão com afilharada.
Eu garanto que vi alemão batata e não era na mata.
Foi depois daquele dia que parecia boiada e ganharam de goleada.
E, foi no Cafundó,
eu disse a Aninha: Que dó! Que dó!


Texto premiado do aluno Rodrigo Schu



Os parentes

Pink 


Certo dia, parentes vieram da Alemanha
e visitaram a cabanha.
Lá em casa, jogamos um bolão.
Depois decidimos tomar um bom chimarrão.
E claro, não podia faltar o carteado
enquanto o café era preparado.
Foram conhecer Montenegro, só pra arremate
compramos chimia e erva mate.
Então, fomos a um Kerb e aproveitamos até cansar
afinal, nada melhor que dançar.


Texto premiado de Eduarda Maffacioli


Eu

Tãg

Eu fui na escola
e tomei coca cola.
Eu fui na trilha de bergamota
e fiquei de perna torta .
Eu fui no Rio Caí
e vi um peixe por ali.
Eu fui na estação
e vi um baita de um trenzão .
Eu toquei a boiada
comendo goiabada.


A filha do alemão

Kerollin

A filha do alemão não toma cerveja e gosta muito de chimarrão.
O churrasco gostoso é acompanhado de pão.
Ela joga bocha e anda de carroça.
Não tem medo de passar a noite nos trilhos
e nem de ver um andarilho.
Ela quer tomar banho na piscina
que pena da menina.
Chora por uma mentirinha
mas não era sério, falou a vizinha .
Só era uma gincana, disse a prenda Juliana.


Montenegro

Taila
Gosto da minha cidade
Porque é linda e divertida

Gosto da minha vida
da minha terra

Sou gaucha de coração
Não caio em qualquer armação

Tomo chimarrão
Como cuca e pão
E, valorizo a minha cidade do coração
com amor e dedicação.


domingo, 9 de novembro de 2014

Adaptação teatral do texto “Transar dói tanto”

Artur, Gabriel, Maiara, Tiago, Wagner e João Pedro



Durante a idade média, o Senhor Feudal costumava “dormir” a primeira noite com as noivas que moravam nas suas terras .
Terminada a cerimônia o casal se separava.
Tchau muié , te vejo em casa !
Não me espere acordado !
Porém Edgar ficou preocupado :
- Ai meus deus cadê minha noiva que não chega?
Alguns dias depois Edgar foi visitar sua noiva, mas a família da noiva estava pronta para o velório de um parente na roça de sua casa . Lá pela madrugada Catarina chama Edgar .
- Edgar, Edgar, venha aqui !
- Não, não mi-mio não o te-teu pai ta ai !!
- Deixa disso, eles tão dormindo. Vem !
Arrastando-se no chão Edgar estava a procura de sua amada. Quando se aproximava, bateu o joelho na quina da cama .
- Aaaaaai – Soltou aquele grito .
Todos do quarto menos o defunto acordaram com seu grito .
- Ai meu joelho não sabia que transar doí tanto !


Adaptação teatral do texto “Casamentos Mistos”




Carol, Flávia, Samanta, Ester, Eduarda

Caroline, Flávia, Luisa e Carol estavam conversando sobre os alemães depois de uma aula com a prof Mari.
Quando Luisa falou:
- Os colonos viviam isolados no meio do mato. Apenas os homens saiam com mais frequência para atividades econômicas. E, não tinham namoradas por falta de contatos.
Carol lembrando o que seus avós falavam, disse:
- A falta de comunicações também impediam muitos casamentos. Eles não conseguiam namorar brasileiras porque não sabiam falar em português.
Depois que elas conversaram foram para casa falar mais sobre isso com os seus pais. Sabiam que os pais ainda lembravam das histórias contadas pelos avós.
O pai de Carol contou que muitos alemães rompiam seus costumes e tradições para poderem se adaptar. Isso dava muitos problemas. Mas, uma das tradições conservadas por muito tempo foi o casamento entre primos. Disse que era até normal pela facilidade de conhecerem a família.

A mãe de Carol, muito conservadora e cheia de segredos resolveu acabar com a conversa oferecendo um lanche para as meninas. 

Adaptação do texto: Casamentos mistos

Wagner


Num certo dia, um grupo de colonos católicos e evangélicos reunidos na frente do armazém começaram a prosear.
- Você lembra das guerras religiosas que duraram décadas no velho mundo?
- Lembro sim. Após a guerra, o povo alemão se dividiu em etnia e igreja. Mas viviam todos no mesmo país.
- Sabe, compadre, meu pai falava que em algumas vilas e cidades haviam regras de convivência muito particulares.
- É verdade. A maioria dos evangélicos emprestaram o templo para os católicos também.
- No entanto, não quer dizer que eram religiões iguais. Isso não são. Tanto que demorou muito tempo para os evangélicos terem reconhecimento de seus casamentos.
- Bah, compadre a prosa tá boa mas temos que ir. Até depois do missa. Ops. Do culto.

- Inté!

ADAPTAÇÃO DO TEXTO BRUXAS ESQUECIDAS




Artur, Wagner, Mateus, Tiago e Gabriel
8º ano



Desde a sua criação
As vilas e picadas trazem uma maldição.
Começa com os alemães que vieram com pouco luxo ,
e com eles, os indesejáveis bruxos .
Alguns possuíam mau olhado .
Se quisessem algo, deveria de ser doado
Caso contrário estariam amaldiçoados.
Bruxos se transformavam em animais
Corvos , corujas e também, pardais .
Entre eles, tinham os que invejavam Adão
E, em seu chapéu colocaram uma poção.
Ao sair do trabalho seu destino estava traçado,
Ele morreu em frente de sua casa e foi velado .
Levaram-no para o cemitério, onde foi enterrado
Seu corpo na madeira ficou marcado .
Com medo da tal magia
Seus filhos destruíram a porta com muita agonia .


Adaptação do texto: Carnaval na quaresma



Mateus

Era uma vez no interior de Montenegro, nos anos de 1930 dois camaradas conversando, um católico e um evangélico.
_ Você percebeu como o salão Primor tem algo especial?
_ Sim! As danças são especiais.
_ Você foi ao baile?
_ Não! Só vou na terça de carnaval, quando tocará uma bandinha até 23h00.
Todos respeitavam a quaresma aqui.
_ Você já vai para sua casa .
_ Sim. Quero ter o máximo de distância das festas até o carnaval para não ficar de mal com a comunidade .
Os dias se passaram e com eles o Carnaval. Chegando a quarta-feira de cinzas.
_ Você é evangélico ?
_ Não! Porquê?
_ Se você fosse teria que dançar até altas horas.
_ Ufaaaaaaaa! Ainda bem.
Em alguns lugares isso pode ser mal interpretado.
_ Ainda bem que fazemos o possível para não contrariar ninguém .
_ Verdade! Assim, nunca ficaremos de mal.


A vela apagada

                                       Carolina Vogel


       Num belo dia, uma bela família estava bem contente com visita de primos.
      Então, o primo mais novo ficou com medo porque começou a trovoar. Raios e chuva muito forte tomaram conta. O primo Gustavo estava assustado e falou:                                                                                                                                                                                                                          
      -Mamãe, estou com muito medo. Ajuda-me!
       - Filho, não precisa ter medo. O vovô  vai acender uma vela. Não precisa ter medo agora.
        O vô acendeu a vela e o menino então falou:
       - Vovô, se eu por a mão em cima da vela acesa o que vai acontecer comigo?
       - Você se queimará. Vai se machucar e chorar muito.
        - Está bem vovô. Eu não botarei a mão ali nunca, nunquinha!!!
          Na hora de dormir o menino derrubou a vela no chão. A cera da vela respingou em seus pés queimando-os e o menino começou a chorar.
           - Viu só Gustavo o que aconteceu? Eu te avisei para cuidar onde andas.
            - Vovô, da próxima vez cuido onde eu piso.
           Neste dia, o menino aprendeu que não se pode mexer nas coisas dos outros e se deve ter cuidado com aquilo que os adultos dizem ser perigoso.

TEATRO 8 ANO

Adaptação dos textos do livro Alemão Batata

Etapas de assimilação

Transar dói tanto

Volte sempre!

Volte sempre!

Pesquisar este blog

Minha estante de livros!