Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

Páginas

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

JOSIE E AS GATINHAS





O desenho de Josie e as gatinhas era de um grupo de garotas que se metiam em aventuras contra vilões. Alguns anos atrás esse desenho se tornou um belo longa. Bah, uma delas, a Melody, era muito burrinha. Elas, também, tinham um gato chamado Sebastian que era muito “arteiro”.


terça-feira, 12 de agosto de 2008

Recordando anos 80 em meus apetrechos



No verão sempre eu dava um jeito de pegar um pedaço de madeira, pregos e linhas coloridas para fazer uma pulseirinhas de linha. Aliás minha filha a um tempo atrás andou comprando uma por aí. Agora se for lembrar de roupas da minha infância e adolescência, eu posso dizer que tive e usei coisas que hoje seriam muito estranhas. Vou citar algumas, mas antes preciso registrar um ação que foi vital para minhas pernas serem retas hoje, embora, fosse horroroso ter de usar. Tu não imaginas o que eram as tais botas ortopédicas. Eram pesadas na cor preta e branca. As crianças com problemas de “pé chato”, pernas tortas precisavam usar por muitos anos interruptos. Eu usei uma. Foi feita por meu avô que era um hiper super sapateiro quem as fez pra mim. Tirando o fato de meu avô ter conforme a receita do médico ortopedista e que eu sempre fui apaixonada por tudo que se referi a ele, de resto, é só horror as tais botas. Elas eram feias pra caramba. Não só as minhas botas ortopédicas mas todas as que existiam na época. As meninas da minha escolinha usavam sapatinhos lindos que eu sonhava todos os dias com o momento de poder ter um nos meus pés. Talvez seja por isso que hoje em dia, detesto qualquer sapato com um estilo mais masculino, por mais confortáveis que possam parecer. Simplesmente, sou apaixonada por saltos altos, cores e delicados designs. Agora sim, lá vai algumas recordações de roupas que usei nos anos 80 e uma lista de outras coisinhas:
Saia Balonê - minha mãe fez uma lindas em rosa choc e verde limão com renda nas pontinhas.
Calça Semi-Bag – era uma delicia usar, só que tu parecia ter uns 10kg a mais. rsrsrs;
Sandália de plástico com meia soquete prateada; - esses são do tempo da novela da globo Dancing Days, onde a Sônia Braga era a atriz principal.
Calça Deandê – a gente ficava fantástica dentro de uma. Eram listadinhas de preto com branco ou marinho com branco. Tudo colado ao corpo em um cotton de primeira qualidade. A gente passava e tanto os meninos quanto as meninas, babavam. As meninas porque queriam igual e os meninos...
Saruel – é um tipo de calça saia que é moda nos dias de hoje mas eu tinha um lindo branco com uma abertura dos lados, da metade das coxas até início da canela. Ele dava um movimento super bonito quando andávamos.
Calça e jaqueta de tactel – bah, essa era uma mão na roda. Eu tive um conjunto cinza muito legal que agasalhava um monte no inverno. Ele existiu por muitos anos até que foi se exterminando pois eu gostava de usar ele para patinar no inverno. Mesmo não sendo a roupa adequada a patinação.
Melissinha sabor Coca-Cola – eu amava cheirá-la. Hummm delicia.
Botas da Xuxa – Ganhei do meu pai 3 pares no lançamento dos primeiros modelos. Eram lindas, umas com tirinhas de amarrar por cima das botas e outras de babadinhos. Tinha cinza, bege e preta
Roupas estilo New Wave, eram roupas coloridas, verde limão, abóbora, roxas, com muitos quadriculados e nós nas blusas – não lembro quem me deu, se pai ou mãe mas adorei o verão da moda new wave. Tive blusas e calças muito interessantes nas suas modelagens e cores. Um bom exemplo do estilo que eram essas roupas era esse da Madonna, aliás que eu era fã.
Camisas Rato de Praia da OP – essa era linda para usar de mini saia jeans e tênis Nyke.
Calças da OP com bolsos na lateral – complementada com a camiseta
Blusão de lã da Korrigan – esse lembro que o pai me levou até a korrigan pra comprarmos junto com uma calça jeans muito legal, luvas, cachecol e gorro porque naquela noite eu iria para o show do Canta Brasil no Beira Rio e seria uma daquelas noites de inverno rigorosamente frias.
Mochila emborrachada Company – lutei pra conseguir convencer que “precisava de uma”. Consegui.
Blusinhas da Pichuli – era uma marca de Caxias do Sul – RGS que eu amava usar. Eram blusas, vestidos (aliás sou louca por vestidos) que simplesmente tinham um bom gosto inquestionável.
Batbut, uma sandália de couro- tu não vai acreditar mas eu usei essa sandália comprada na Gang com uma camiseta escrito “James Carter permite maconha” com o desenho dela e tudo mais na camiseta. Quem via até que eu parecia com aquela camiseta, jeans e sandália, uma rippie anos 70. Só que eu sempre tive amigos maluquinhos mas nunca curti esse tipo de “praia brega, vulgo, maconha”
Tênis Nyke de todas as cores – eu amava meus Nikes;
Tênis All Star – bah, esses o pessoal usa até hoje. Eu tinha um creme, um amarelo, um vermelho pra combinar com minhas camisas e suspensórios. Sério, suspensórios. Eu adorava usar uns muito diferentes customizados com minhas minissaias jeans.
Conga, Bamba e kichute,amarrar por baixo da sola ou em volta do tornozelo junto com os uniformes Adidas para Educação Física que tinham listras na lateral e eram azul marinho, eu usei por volta de 9/10 anos de idade. Sinceramente eu gostava.

Relógio Champion para meninas que trocavam as pulseiras. Eu tinha uma coleção de pulseirinhas de todas as cores possíveis para complementar a carteira emborrachada OP e as camisetas da OP.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

RESENHAS DO LIVRO A DIVERSIDADE CULTURAL

  1. A cultura como forma de ver o mundo, viver a vida e olhar o “outro”.


Resenhas do livro “A diversidade cultural como prática na educação” de Fátima e Silva de Freitas, Ed IBPEX, Curitiba, 2011, abordam temas polêmicos e necessários à reflexão da docência. E, no primeiro capítulo, trata a cultura como a forma que o homem se relaciona socialmente. Afirma que o modo como preparamos os alimentos, nos vestimos e os hábitos são as formas como nos apropriamos dos costumes e hábitos dos nossos antepassados.
Diz que a cultura de um povo cria seus códigos de conduta, é preservada pelas próprias pessoas, mas sofre também as críticas de gerações jovens que a consideram ultrapassada, como o contato social sofre constantes modificações por influência do meio em que estão inseridos. A autora cita exemplos de costumes de um indiano, de um cigano e uma árabe e sua relação social. Deste modo explana as diferenças nos códigos de conduta, falando também que o meio pode alterar hábitos e costumes, todavia a essência cultural continua na alma de cada um.
A autora sugere uma autoavaliação de nossa cultura. E, também uma reflexão sobre a existência do preconceito de um povo “não ter cultura”.
Já houve a crença de cultura superior e inferior que no pensamento evolucionista poderia ser verificado na sociedade. Atualmente, sabe-se que através de métodos próprios as ciências humanas realizam uma análise cultural da sociedade e como o evolucionismo aconteceu.
O evolucionismo social tem como base de estudos as relações sociais e de diferentes povos. Servindo de base para justificar a dominação de um povo sobre outro. Ex. guerras, genocídios, colonizações.
A diversidade cultural está em foco, mas se faz necessário questionar se a sociedade está preparada para aceitá-la. Segundo a autora, o sentido que damos a vida e a forma como nos relacionamos esta diretamente ligada à cultura. Não há necessidade de procuramos a diversidade cultural longe das fronteiras da escola, pois está nas salas de aula. Ela não deve ser confundida com a desigualdade que se refere à diferença pejorativa de um ser inferior ou superior a outro.
Os educadores não devem ser envolvidos pela omissão, medo ou comodismo. Devem ficar alertas às vivencias nos espaços educacionais para que a desigualdade não seja confundida com a diversidade. Enfim, a cultura é vital e diversificada sendo partilhada por todos os homens tornando-se semelhante a todos e diferente por ter suas particularidades em cada homem.


1.1 ATIVIDADE DO CAPÍTULO UM - O que você faria se estivesse em sala de aula e, nesse momento, uma aluna ou aluno adentrasse o recinto trajando uma indumentária completamente diferente às nossas vestes ocidentais e a turma caísse na gargalhada ou fizesse comentários maldosos? Pense quais atitudes poderiam ser tomadas. Poderíamos sofisticar cada vez mais o leque de possibilidades dos seus “problemas” com a diversidade. Será que são mesmo “problemas”? Acredite, são situações muito possíveis para a época em que vivemos. Comente sobre o assunto e encontre uma solução para o “problema” de acordo com o que você aprendeu no capítulo 1.

Eu aproveitaria o momento para contextualizar a cultura do aluno com o restante do grupo, usando como “warm up”, início, para mostrar a diversidade do mundo em que vivemos a adequação de uma indumentária da cultura ou religião a que se propõe contextualizar na sala de aula. Assim mostrar que somos todos iguais em um universo de seres diferentes.
Os comentários e gargalhadas serviriam como exemplo inadequado de conduta social.
Não considero inicialmente um problema, pois na construção do educando como ser social é na escola que este desenvolve suas relações humanas.











  1. A etnicidade, o relativismo cultural e a escola.

Uma das formas de rebater a noção de cultura foi o desenvolvimento da ideia de que cada cultura possui uma lógica interna própria e explica-se e reproduz-se a partir dos parâmetros dela mesma. Também podemos chamar a esse movimento de Relativismo.” (FREITAS, Fatima e Silva, 2011, p.37)

O Segundo capítulo do livro tem como foco a etnicidade, o relativismo cultural e a escola. Sendo assim, o conceito de relativismo cultural diz não existir superioridade de uma cultura sobre a outra, pois os valores de cada uma só podem ser comparados com uso de parâmetros dela para ela. O relativismo auxiliou a construção do conceito de cultura no sentido de mostrar a importância de compreensão de alteridade dos costumes e hábitos do outro.
Aprender a lidar com o diferente de nós é difícil e exige uma construção constante de valores anti-etnocentricos. Alias, etnocentrismo vem de ethnos que se refere a povo e centrismo de centro, ou seja, o povo é o centro, é o que interessa é o grupo a que se pertence. Para alguns defensores do Etnocentrismo, ele é detentor da verdade. Mas penso que ele traz consigo o desrespeito a quem não está inserido ao nosso meio. Me faz lembrar do tempo que o mundo era conduzido pelos nazistas, fascistas, KKK, e o próprio eurocentrismo nas suas colônias eram extremamente agressivos em suas conquistas.
Desde a Idade Média, passando pelo Renascimento, Revolução Industrial e início do séc. XX tínhamos um mundo onde às leis humanas, leis divinas, a cultura, a economia estavam corretas se de acordo com os padrões europeus. Qualquer coisa diferente era passível de repreensão. No entanto, o etnocentrismo antecede ao eurocentrismo. Difere-se por não ditar normas externas ao grupo, e sim, conservar seus sentimentos e posições sociais no próprio grupo. Acreditando e legitimando seus costumes e pensamentos. Acredita ser exótico o que lhe é alheio ao seu grupo. O grupo étnico constrói sua identidade cultural a partir da alteridade.
Tudo que nos é diferente, num primeiro momento, nos traz estranheza. No decorrer do conhecer-se, essa opinião pode ir sendo alterada, dependendo da postura que se tem diante do novo. A alteridade é exatamente isso, estranheza ao que é diferente. Um bom exemplo de alteridade está no filme “Os escritores da Liberdade”, quando uma professora se depara em sala de aula com jovens de vários guetos, tribos, grupos que acreditam serem os seus iguais superiores a qualquer outro que lhe é diferente, como também, o etnocentrismo que no filme pode ser visto nas atitudes diferenciadas dos indivíduos em seus grupos e de como são vistos aqueles que estão fora de seus grupos.
A autora diz que não se pode simplesmente acreditar que somos de um determinado grupo de um momento para outro e que a origem biológica precisa ser considerada. Penso ser necessário também considerar a avaliação dos valores culturais que nos acompanham durante gerações assim como a comunicação intergeracional, modo como nos comunicamos dentro e fora do grupo. E, por fim, mas não menos importante a identificação de um individuo como pertencente a um grupo pelo próprio grupo. Resumidamente, não basta querer ser de um grupo étnico, não basta “imitar” costumes ou falar da mesma forma, é necessário que os critérios acima estejam presentes na vida da pessoa sendo reconhecida pelo grupo, estabelecendo a identidade cultural do homem. Fala a autora que o individuo pode ter mais de uma identidade cultural no decorrer da vida a partir do momento que transitamos às vezes de um grupo ao outro.
O povo brasileiro com seus hábitos, costumes, trejeitos mostra sua identidade cultural, o identificando como um grupo. Dentro do Brasil e mesmo dentro das regiões podemos identificar inúmeros grupos, mostrando a etnicidade de nosso povo que obviamente precisa ser constantemente trabalhada para que não seja desrespeitada por uns e outros.

2.1 ATIVIDADE DO CAPÍTULO DOIS - Um dos temas abordados no capítulo 2 foi sobre a identidade cultural. Considerando que você agora já conhece um pouco sobre esse assunto, responda ao que segue: E a identidade cultural, como se situa nesse emaranhado de possibilidades de vivermos a diversidade, exercitarmos alteridade e, ainda, encontrarmo-nos como sujeitos portadores de identidade(s)? De que forma nossas subjetividades se cruzam e se intercalam com nossas práticas diárias?

A identidade cultural é estabelecida, tanto a diversidade quanto a alteridade apresentam-se através de nossas visões de mundo, concepções, posturas diante da diversidade e diante dos grupos em que estamos inseridos. Cabe a cada um verificar a postura mais adequada a ter diante da diversidade e se posicionar diante do outro conforme aquilo que acredita.
  1. Educação e diversidade de gênero, cidadania e direitos humanos.


Neste capítulo, a autora aborda a questão dos Direitos Humanos e diversidade de forma objetiva. Temas que estão em pauta nos últimos tempos nos veículos de comunicação de forma séria e mesmo fútil.
Uma parte da sociedade e movimentos sociais que acreditam na seriedade da questão tenta conscientizar da importância da igualdade entre gêneros. E, no que se refere à mulher, existe a luta por respeito como ser humano e igualdade ao homem sendo travada há muitos anos.
Penso que o desrespeito e preconceitos devem ser combatidos constantemente em todas as esferas sociais, e mesmo em alguns casos ostensivamente, o que talvez infrinja alguns artigos dos Direitos Humanos parecendo ser uma incoerência de minhas convicções.
A autora fala na Declaração de Direitos Humanos de 1948 como sendo muito atual. O que concordo, pois seus artigos ainda não estão 100%, estabelecidos nas atitudes das Nações, porque constantemente sabe-se de infrações cometidas ao desconsiderar os direitos lá expostos. Essas infrações trazem a minha memória dois filmes: Hotel Ruanda com direção de Terry George, no ano de 2004, citado pela autora deste livro como uma sugestão sobre os temas abordados. E, Tiros em Ruanda com direção de Michael Caton-Jones, no ano de 2005. Os filmes abordam visões diferentes de dois grupos que lutam por poder em um mesmo país. Acredito que talvez tenha sido o maior genocídio da história. Por que quase um milhão de pessoas foram mortas. Nessa verídica guerra travada por 100 dias e iniciada em 6 de abril de 1994 em Ruanda com a indiferença da ONU para com os nativos. Essas duas etnias com identidades culturais semelhantes lutando pelo poder desmedido, mostram a aplicabilidade do real etnocentrismo. O filme tem cenas de total crueldade com gestantes, velhos, crianças mortas por ser de um grupo ou de outro. As carteiras de registro do povo identificavam suas etnias e por este registro não eram poupadas por seus rivais. Os filmes abordam a mesma temática, violência e desrespeito ao diferente. Mas, cada um dando uma visão deste momento, ou na perspectiva dos Tutsis ou dos Hutus.
Acredito ser este um exemplo muito próximo de nossos tempos para uma reflexão sobre nossas posturas diante do outro.
Em termos de aceitação ou não do feminino ou masculino cabe refletir também. Assim como os estereótipos do feminino ser delicado e o masculino rude mostrando uma identidade deturpada da realidade social. Ou ainda, conceitos de gênero que por sua condição sofrem com o desrespeito. Estas reflexos precisam ser feitas pelo educador pois o receio de trabalhar temas polêmicos de forma coerente e eficaz dentro das escolas se faz necessária. Sendo que, a diversidade de gênero precisa ser vivencia de forma natural. A estranheza passada por escolhas ditas como femininas para um grupo de meninos e vice-versa não pode acontecer.
Muitas vezes os educadores ficam com dúvidas em relação a melhor atitude a ser tomada numa classe em que tem alunos homossexuais ou famílias homoafetivas e isso não pode ser um empecilho para o tema ser considerado com naturalidade dentro da sala de aula.
Enfim, as diferenças de gênero estão presentes na sociedade durante toda história humana e necessitam de uma aplicabilidade a aceitação maior para que se possa dizer que a sociedade realmente esta em evolução.


3.1 ATIVIDADE DO CAPÍTULO TRÊS - No início do capítulo 3, você leu o trecho do Decreto Presidencial nº 7.037/2009 – especificamente o objetivo V: Garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero - O que você pensou? Comente a sua resposta.

Acredito que o ser humano não se difere em sua capacidade cognitiva ou conduta moral por orientação sexual ou seu gênero, sendo irrelevante no que tange suas relações sociais. No entanto, em uma sociedade culturalmente diversificada se faz necessário que os direitos de todos os indivíduos sejam preservados, garantindo ao menos juridicamente o livre arbítrio de ser o que se é.







  1. O multiculturalismo, interculturalidade e educação escolar.

O quarto capítulo frisa a necessidade de garantir o direito de igualdade sendo diferente. Fala que a dignidade dos seres humanos deve ser protegida, garantindo a diversidade, isto é, deve ser compreendida e trabalhada para termos igualdade na diferença. Harmonia das diferentes culturas que necessitam ser vivenciadas constantemente no ato de ensino e aprendizagem. Entretanto, não é uma tarefa simples. Afinal, a própria escola é formada por docentes de culturas distintas.
A escola tem de fazer com que os discentes se apropriem do respeito a diversidade. Além disso, no que tange a educação no Brasil, os PCNs salientam que deve ser abordado o tema em salas de aula. “(...) O multiculturalismo não se opõe a monoculturalismo” diz a autora na p.83. Mas, o monoculturalismo se opõe a ele, pois na educação monocultural não há preocupação pela diversidade, não é focada em atingir a todos. E tem o diferente passível de dominação sendo inferior e reforçando a desigualdade. O monoculturalismo desconsidera os alunos de classes supostamente inferiores. Eles sofrem discriminações e são chacota. Também, apresenta a invisibilidade social, desconsideração ao diferente.
No filme “Entre os Muros da Escola” a invisibilidade social é na escola e fora. Conta a historia de um professor com uma turma de alunos imigrantes tentando levá-los a percepção da existência das diferenças e que elas não são superiores. Mostra os problemas sociais de seus países de origem, capitalistas ou não.
A autora também aborda a sociedade na perspectiva capitalista, geradora de exclusões e até mesmo provocando mudanças de populações inteiras à procura de melhores oportunidades. Não acredito ser o capitalismo o problema único da exclusão, e sim, as pessoas que veem o mundo como meio de enriquecimento a qualquer preço. Na sociedade socialista poderíamos correr o risco de sermos todos tão iguais ao ponto da invisibilidade social ser presente. No entanto, preciso concordar que o capitalismo cria necessidades nas pessoas de irem atrás de melhorias sociais através de muitas formas, e obviamente, as mudanças de moradia estão inclusas.
Entendo que a multiculturalidade após a globalização passou a ser mais presente no cotidiano de todos. E, como diz o livro, esse cenário traz à tona a questão das diferenças. Com isso temos mudanças comportamentais necessárias à adequação de um novo tempo.
Nesse capítulo, o relativismo é novamente abordado com muita propriedade tendo em vista que se mudanças comportamentais são necessárias com a globalização, corre-se o risco de a própria cultura de um povo ser destruída por outra. Então cabe o bom senso, definir o que se faz necessário relativizar ou não. Como cita a autora, “nem tudo se relativiza”.
Outro ponto abordado refere-se ao intercultural. Conforme a autora, (2011, p. 93) “Para a interculturalidade, não basta saber identificar as diferenças, são necessárias a interação e a troca entre as partes”.
As interações humanas dentro do ambiente escolar não podem e não devem passar despercebidas. Determinar que a educação deva ser intercultural é considerarmos a nação brasileira e seus colonizadores, é quebrar padrões preestabelecidos. Visto que a interculturalidade está em um universo multicultural da educação e a interação entre todos traz o crescimento precisa-se valorizar as origens genéticas como meio de ensinar que somos todos iguais, embora, tenhamos culturas diferentes.


4.1 ATIVIDADE DO CAPÍTULO QUATRO - O projeto de uma sociedade igualitária passa, necessariamente, pela busca de solução para esta equação: Como dar voz, visibilidade e espaço de poder para grupos historicamente excluídos do exercício da cidadania?

Penso ser uma construção constante de ações para a valorização da sociedade como todo e tendo o excluído inserido pelo que é em suas atitudes na sociedade. E, acredito ser irrelevante para essa inserção o sexo, cor, ou gênero de uma pessoa.








Considerações Finais


O objetivo do livro foi levar ao conhecimento do docente quais os parâmetros que norteiam as ações e elaborações das decisões políticas da vida social. Mostra os temas apresentados como fundamentais para a construção de relações sociais de respeito e igualitárias. E, possibilidade de relações humanas mais generosas, sem medo do novo e do desconhecido.
O projeto e os objetivos nesta UTA de Fundamentos Pedagógicos estavam coerentes à formação docente. E, no que tange este portfólio cabe registrar que trouxe muita reflexão sobre os caminhos a serem percorridos como educadora.
Acredito que as relações acontecem a partir do diferente. A diferença é necessária para a construção humana e precisa do diferente pra continuar sua disputa de conquistas. Todavia, me questiono se realmente sabemos disso. Porque se sabemos, deveríamos procurar menos guerra e mais tranquilidade no cotidiano.
Uma lástima a diversidade ser calcada em leis, sendo que deveria ser aplicada naturalmente pelos homens. Pois as pessoas convivem com suas diferenças e produzem dentro da sociedade independente de suas pigmentações ou gênero. No entanto a discriminação persiste velada ou não. O negro é o escurinho, mas a pigmentação não diferencia ninguém na capacidade de produção. A escolha sexual é incompreensível para muitos, mas pior ainda, não é respeitada porque trata como problema e não uma opção em ser o que se é. O tipo físico é critério de exclusão nas vagas de trabalho, embora o intelecto de uma pessoa não esteja no físico.
Discriminar alguém por possuir diferenças é negar os Direitos Humanos, é desconsiderar a Constituição Federal de 1988. A igualdade pressupõe direitos. Juridicamente há igualdade, entretanto, deve haver igualdade de oportunidades, respeito às diferenças. Nosso papel como futuros educadores é de preservar a diversidade cultural, respeitá-la e não rejeitá-la ou teme-la..
É na escola que teremos a oportunidade de mudar preconceitos, levar a interculturalidade a ser apropriada pelos alunos e até mesmo por colegas de docência. Enfim, a sociedade só cresce se consegue respeitar sua cultura e suas diferenças, e cabe aos professores realizarem o desafio de conscientização da diversidade cultural.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS


BRASIL, Secretária de Educação Fundamental. Parâmetro Curriculares Nacionais Português - Brasília, 1998.

ENTRE os muros da escola. Direção: Laurent Cantet. Produção: Caroline. Benjo e Carole Scotta. Paris: Imovision,, 2008. 128 min.

ESCRITORES da liberdade. Direção: Richard La Gravense. Produção Paramount Pictures. EUA: Paramount Pictures Brasil, 2007. 123 min.

FREITAS, Fátima e Silva de. A diversidade cultural como prática na educação. IBPEX. Curitiba. 2011.

HOTEL Ruanda. Direção: Terry George. Produção: Grupo FUTSYS. Reino Unido e África do Sul. 2004. 121 min.

LUCK, Heloísa. Pedagogia interdisciplinar fundamentos teórico metodológico. Petrópolis RJ: Vozes, 1994.

TIROS em Ruanda. Direção: Michael Caton Jones produção BBC Films. Inglaterra e Alemanha, 2005. 115 min.


UNESCO, Declaração universal sobre a diversidade cultural, 2002.

Volte sempre!

Volte sempre!

Pesquisar este blog

Minha estante de livros!