Miscelâneas do Eu

Expressar as ideais, registrar os pensamentos, sonhos, devaneios num pequeno e simplório blog desta escritora amadora que vos fala são as formas que encontrei para registrar a existência neste mundo.

Não cabe a mim julgar certo ou errado e sim, escrever o que sinto sobre o que me cerca.

A única coisa que não abro mão é do amor pelos seres humanos e incompreensão diante da capacidade de alguns serem cruéis com sua própria espécie.

Nana Pimentel

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sábado, 11 de agosto de 2007

Desejo Realizado





Saiu do médico onde esta fazendo o velho check-up, quando quase em frente a clínica, um carro vermelho, destes moderninhos, para. O homem que está dirigindo lhe chama. Como não tem o hábito de olhar, se não a chamarem pelo nome, resolve não dar importância. No entanto, ele diz seu nome. É um conhecido. Cá pra nós, é muito sensual.
Ela lhe cumprimenta. Ele pergunta pra onde ela vai que a levará. Já cansada de andar, resolve aceitar a carona. Ao descer do carro, ele lhe pergunta se pode pegar seu telefone, ela dá.
Dias passam até que ele lhe telefona. Pergunta se podem se ver. Ela dá uma desculpa qualquer. Tempos depois, andando pela rua se vêem. Logo em seguida, ele lhe telefona. Pergunta se então é possível se encontrarem. Mais uma vez, é agraciado com outra resposta nada favorável. No entanto, a cabo do destino, eles se encontram no escritório dela. Ela o ajudará com seus documentos.
Estão conversando no sofá, frente a frente, quase de forma inocente se não fosse a pulsação visivelmente mais acelerada em ambos, quando este ousado homem lhe beija.
Foi o mais delicioso beijo dos últimos tempos. Um longo e agradável beijo, desses que seu coração dispara e o corpo amolece. As mãos másculas percorrem seu corpo. Seus lábios mordem levemente sua nuca descendo até seus seios. Ela lhe beija passando vagarosamente a língua em seu tórax até que... São interrompidos com alguém que chega. Mal conseguem disfarçar o desejo de seus olhos. Ele vai embora.
Passado um tempo, ela está cuidando de seus afazeres domésticos quando uma motinho, dessas que alguém de estatura grande desaparece em cima, chega à frente de sua casa. Ela o vê e sorri da cena engraçada daquele homem imenso numa vespa.
Ele entra e sem palavras, sem pedidos ou insinuações, se beijam e despem as vestes na sala. Tudo como se a muito não se vissem e tivessem anos de convivência.
Amam se ali, depois se amam na cama. Sente ser a mulher mais bela e desejada do mundo.
Beija e toma o que ela lhe oferece até levá-la a loucura. Ela devolve o prazer desse seu amor. Deitam se. Gozam o prazer de deuses na loucura do amor.
Assim, durante algum tempo, sem compromissos, sem cobranças, sem futuro ou passado, apenas seres do presente sublime de amor unem seus corpos.
Todavia, um dia, por algum motivo, sem causa aparente, mas necessidade da vida, cada um toma seu rumo com seus pares.
Esses momentos ficam em suas memórias como realizados desejos secretos de amor.


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